A verdade

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    Quando eu era criança abandonada pela minha mãe e fui completamente criada pelo meu pai, minha família era ele e o pessoal da tribo, já passei por vários lugares do mundo desde o reino das Fadas, até os duendes. Desde pequena o pessoal da tribo e meu pai me ensinando a como caçar, plantar me cuidar pela Floresta por sermos uma tribo nômade.

Nós nômades somos mestiços julgados por nossa aparência, eu sou metade humana e metade duende, ou seja somos humanos demais para os duendes e duendes demais para os humanos.

Aqui na nossa tribo não são apenas metade duendes e metade humanos também tem metade magos e metade fadas.

A Dona Flora ela é metade Mago e metade humano, ela é uma das chefes aqui da nossa tribo junto com meu pai e a filha dela Zoe é metade Mago e metade duende ,ela é minha melhor amiga desde criança, fomos criadas juntas.

Aqui na nossa tribo caçamos e plantamos para sobreviver de uma semana a outra trocamos de lugar, somente às vezes fomos a lojas dos reinos, pois sempre somos julgados por nossa aparência.

Nossa história não é muito complicada e também não é muito fácil entender, mas se você quiser ver:

-Luna venha! Não sei se seu pai vai aguentar mais!

Eu saí correndo para dentro da tenda de meu pai ele estava muito doente e não conseguia se levantar pela sua idade sabia que ele não iria melhorar.

- Papai, papai !!-Gritei escandalosamente

-Minha filha cuide-se nunca esqueça sua família essa daqui.-Disse fraco apontando para Dona Flora, Zoe, Estupendo e Fuerte.

-Papai não se vá eu preciso de você aqui comigo- Disse chorando.

-Luna eu sempre estarei com você.

Depois que falou isso fechou seus olhos e faleceu.

-Papai, papai!!

-Luna ele se foi. - Disse Dona Flora

Me levantei porque meu pai estava deitado no colchão de sua tenda e foi para fora, tentei ser forte não chorar, mais pelo meu pai eu chorei, Zoe como uma boa amiga ficou do meu lado a noite inteira, chorei tanto que adormece no Colo Dela.

Quando amanheceu fui comer alguma coisa Dona Flora colheu algumas frutas pela floresta e trouxe para nós comermos, ela com uma figura de mãe para mim conversei com ela.

-Luna você está bem querida. - Disse preocupada

-Estou bem só um pouco triste por meu pai. - Falei triste 

-Ainda tem algumas coisas do seu pai na tenda dele, você vai arrumar ou eu posso ir?

-Não pode deixar que eu mesmo vou arrumar.

De lá e fui direto para tenda do meu pai, estava uma bagunça geralmente que tudo arrumado por conta que viajamos de semana e semana, mas como meu pai estava doente, não viajávamos há um mês.

No meio de suas coisas eu encontrei fotos, eram minhas com pai e algumas da tribo, mas uma coisas me chamou com muita atenção, era uma foto de meu pai minha mãe. E eu? Pelas histórias que meu pai contava que ela me abandonou quando era recém-nascida mas na foto eu parecia ter 3 anos de idade.

Fui até a tenda de Dona Flora para perguntar a ela sobre a minha mãe e por que meu pai mentiu para mim sobre minha mãe ter deixado quando eu era recém-nascida.

-Dona Flora, essa daqui na foto é minha mãe?

-Sim Luna, por quê?

-Quem é essa criança, sou eu?

- Sim, mas porquê da pergunta Luna.

-Meu pai disse minha mãe me abandonou quando eu era recém-nascido mas aqui na foto parece que eu tenho 3 anos de idade.

- Bom Luna, sua mãe te abandonou quando você tinha quatro, na verdade.

- Como assim?

-Luna eu tenho que te falar uma coisa sua mãe nunca te abandonou.-Ela falou e pos a mão na boca como se tivesse falado alguma coisa errada.

Fiquei surpresa.

-Eu não sei se eu devo te contar. - Falou baixo.

- Me conta logo. - Disse muito nervosa.

- Bom Luna quando você tinha 4 anos de idade, sua mãe decidiu que queria levar você com ela para o reino dos duendes, seu pai não gostou nada disso, porque ele é humano, e lá ninguém ia aceitar ele e também achou que se levasse você junto a ela, tudo daria ruim, por você ser metade doente e metade humano, seu pai decidiu que se ele pegasse você fugir para bem longe,  sua mãe te esqueceria, e você cresceria bem melhor aqui com nós. - Ela falou rápido.

Na hora fiquei sem reação mas depois a raiva veio.

-Você sabia disso tudo e nunca me contou?

- Luna deixa te explicar, seu pai chegou a mim muito cansado ele disse que iria ficar com a gente se pudesse, ele carregou você por 4 dias para encontrar a gente. Ele fez isso para o seu bem Luna não para o seu mal. - Ela falou chorando

- Mais isso não justifica nada, não justifica ele ter me tirado da minha mãe, não justifica ele mentir sobre ela a minha vida inteira, isso não justifica. - Falei com muita raiva com ela.

Sai de lá batendo os pés, indo para dentro da minha tenda, tudo que eu tinha na minha cabeça de ter um pai que cuidou de mim a minha vida inteira, por minha mãe ter me abandonado, era tudo uma mentira, e que o título de melhor pai do mundo não existe mais, minha família mentiu para mim, a minha vida inteira.

Zoe chegou na minha tenda e me viu caindo às lágrimas. Contei tudo para ela, desde o meu pai ter mentido para mim, até a mãe dela saber de tudo.

-Vai ficar tudo bem Luna isso vai passar e aí vamos mudar novamente.-Falou super calma

Eu olhei para a cara dela e ela agiu como se não ligasse para nada.

- Zoe seja honesta comigo, você já sabia né. - Falei chorando.

-Sim. - Ela disse triste.

Quando ela disse isso levantei e sai correndo pela floresta sem olhar para trás, ouvi gritos com meu nome, mas ignorei, a única coisa que passava na minha cabeça, era que meu pai, Dona Flora e Zoe todos que eu chamava de família mentiu para mim a minha vida inteira estava agindo, como se fosse normal.

Eu corri e corri até que, eu tropecei, bati a cabeça e desmaiei.

Quando eu acordei eu estava em uma carruagem, sendo levada para algum lugar que não sabia para onde, nem quanto tempo estou desacordada e nem quem estava me levando estava com muita cabeça e a única coisa que eu tinha era meu arco.

                                                                                   .

                                                                                   .

Em busca do passadoWhere stories live. Discover now