Eu temo a guilhotina, não a morte;
a forma com que chegará meu fim!
O medo deste término, pra mim,
talvez, sequer para outro ser, importe!Temor, eu tenho, que no instante, enfim,
em que me veja entregue à própria sorte
não mais o meu espírito suporte
o amor que me manteve forte assim!...Meu medo é que a fé morra, vez primeira,
assim que for-me a hora derradeira…
Eu creio que o melhor está por vir…Não temo, pois, a morte repentina,
a dor, toda agonia à guilhotina,
mas o negar a Deus quando partir!@PauloBragaJr
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Paulo Braga Silveira Junior – Junho/2022