6

178 17 1
                                    

Jacob dormiu como um anjo a noite inteira ao passo que eu não consegui pregar o olho durante a noite toda naquele dia. Já passou-se alguns dias e eu ainda não consigo olhar na cara de Andy, à muitas dúvidas aqui. O peso de ter feito o que fiz com o filho dele está sobre os meus ombros, o fato de eu estar sentindo, eu não, talvez ciúmes dele com a própria esposa também tamboreia sobre minha mente e meu ser.

Talvez eu esteja enlouquecendo...

Caminho pelo corredor do colégio em um completo transe, meus pés tocavam o chão, mas minha mente se mantia longe daquelas paredes. Paro em frente à sala do Sr. Clark e bato na porta, o mesmo me permite que eu entre e assim eu faço. Vejo alguns alunos de cabeça baixa fazendo suas provas e caminho até a mesa assim que ele me chama.

— Seu teste, querida. — Ele ponhe o papel sobre a mesa — Parabéns.

Vejo o nove e meia brilhar na ponta da folha e engulo em seco. Aquilo era péssimo...

— Foi a melhor nota das minhas duas turmas, você é minha melhor aluna. — Ele aperta minha bochecha e eu sorrio fraco para o mesmo.

— Obrigada... — Sussuro antes de sair. 

Caminho pelo corredor rapidamente ignorando as lágrimas em meus olhos. Eu não conseguia entender, estou me esforçando tanto nos últimos tempos, mas minhas notas parecem cada vez pior. 

Assim que chego em casa, largo minhas coisas do colégio e vejo minha mãe rindo de algo na sala. Franzo o cenho assim que vejo Zöe centada no sofa e minha mãe no sofa oposto, ambas conversavam e riam como se não fizesse pelo menos seis anos que Zöe coloca os pés nessa casa...

— Ai está ela! — ela sorri se levantando — Vim buscar você.

— Me buscar? — Falo confusa e a mesma assente.

— Por que não me contou sobre a festa? Jake irá? — Minha mãe fala se virando para mim.

Essa droga não passou ainda?

— Eu achei que já houvesse dito.... me desculpa. — Sorrio para a mesma que sorri se virando para Zoe.

— Como eu disse sem problemas dela ir, mas sabe as regras. — Ela se levanta e me olha, suspiro vendo que ela estava mais uma vez arrumada para sair — Não volte tarde é perigoso verem que está só você em casa e seu pai não gosta que jake pose aqui, você sabe.

Ela caminha até mim e beija minha testa.

— Podem ir, deixei dinheiro extra na sua carteira, querida. Agora preciso ir. — ela pega sua bolsa encima da bancada e sai porta à fora rapidamente.

Olho para Zoe e ela sorria para mim com seus olhos amendoados. Suspiro cansada e assinto antes de sairmos.

(***)

Faz tanto tempo que não venho a essa casa que estou aqui à mais de três horas e ainda me sinto incomodada. A festa já começou lá embaixo, eu me arrumei aqui com o restante das outras garotas e apesar de muitos já terem chegado, algumas ainda estão se arrumando no quarto de Zöe. 

Caminho fitando meus saltos e Beberico o restante do Wiscky o sentindo queimar minha garganta. Adentro o quarto ainda com preguiça de descer para a festa e paro assim que a loira sorri para mim através do espelho. Engulo em seco e sorrio de Volta.

— De onde são seus saltos? — Ela pergunta.

— Hm... eu não lembro. — Falo largando meu copo sobre a estante.

— Pode me ajudar com o cabelo? — ela aponta para o babyliss em seus fios loiros — parece que não irá acabar nunca.

Assinto que sim e caminho até a mesma. A porta do banheiro se abre e Natalie sai arrumando seus peitos no vestido preto.

— Ainda não terminou isso?

— Ossos do ofício, pena que demora uma eternidade. — Ela fala revirando seus olhos.

— Também demorei uma eternidade nos meus. — Falo olhando meus cabelos já quase sem cachos.

— Pelo menos fez porque quis e não para agradar homem. — Natalie fala revirando os olhos — Quando vai entender que ele não à quer, Olívia?

— Quem? — Pergunto confusa. Jake à queria sim...

— Bem, ela está tentando chamar a atenção do Christopher e f-... AI! — Olívia pisa no pé de Natália a fazendo parar de falar.

— É ex dela idiota!

— Oh, tudo bem. Eu não ligo, apenas tome cuidado... ele não é o que pensam. — Falo e solto os cabelos dela das minhas mãos — Pronto, terminei.

Falo indo em direção ao meu copo e descendo para o andar de baixo. Vejo as luzes piscando no andar de baixo e desço as escadas vendo o montarel de pessoas que haviam surgido, a festa estava muito bem organizada e agora vejo porque demorou tanto para ser feita.

Troco meu corpo por um cheio e caminho já sentindo minhas pernas um pouco bambas e minha visão irritada pelas luzes coloridas. Estou bebendo desde à hora que cheguei e durante todo processo de vestir uma roupa foram alguns copos de Wiscky que perdi à conta ao certo.

Sinto uma mão na minha cintura e me viro rapidamente encontrando Chris com um sorriso idiota sobre o rosto. Franzo o cenho e me afasto.

— Não me toca!

— Ei calminha aí, você já está bêbada.

— Não é da sua conta que eu saiba! — Falo virando o último gole o mesmo revira os olhos e pega minha mão.

— Vamos conversar? Eu errei, certo, mas todo mundo erra e eu quero consertar isso agora. — Ele fala desenhando circulos na minha mão com o polegar e eu arqueio a sobrancelha.

— Olívia está interessada em você, porque simplesmente não larga do meu pé e vai atrás dela. — Afasto minha mão da dele com força — mas não se engane, o pai dela é policial, se fizer merda como da última vez ele pode acabar com você.

Empurro o copo na direção dele e o mesmo pega como um baque antes que eu saia de perto dele. Caminho pelo local meio grogue pela bebida e sorrio assim que vejo jake o mesmo me olha surpreso e corre até mim, os braços dele circulam a minha cintura e eu o abraço de volta.

— Onde você esteve esse tempo todo? — ele fala no meu ouvido talvez estivesse bêbado — eu fui a sua casa e sua mãe sempre dizia que você estava fora...

Ele murmura e eu apenas me seguro sobre a camisa dele, minhas pernas estavam bambas pela bebida.

Eu preciso me sentar...

— Jake-...

— Podemos dançar?... não, melhor, vamos beber como nos velhos tempos.

— Jake eu-... droga...

Sinto minha visão embasar e minha cabeça pesar, antes que eu sinta meu corpo cair sobre o chão. Os braços grandes e grossos cobertos por uma camisa me seguram com força no ar.

— Está tudo bem, eu estou aqui. — ele sussura sobre o meu ouvido me prendendo em seus braços.

A vida profana de Vicky Where stories live. Discover now