capítulo 10

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kimberly

Já estávamos ali a mais de 2 horas, eu tava ficando louca já

tive que cortar uma blusa velha minha pro pistoni poder colocar no braço da mesma já que o pano que ele tinha colocado estava totalmente encharcado de sangue

minhas mãos estavam trêmulas enquanto eu ainda olhava para ela

- po se acalma mano, vai ter uma crise aí e eu não vou poder nem socorrer tiw

ela fala se aproximando de mim e me olhando com as sobrancelhas pra baixo

respiro fundo e fico em silêncio olhando para ele

a gente ficou se encarando, ambos perdidos em pensamentos

tudo ficou em silêncio, os tiros parou e em seguida ouvimos o radinho tocar

- acabou irmão, tá suave aí?? - ouço uma voz ofegante através da linha

- preciso de um carro grande aqui na entrada do 46, tiro de raspão na dona cida po

ele aperta um negócio lá sem nem esperar a confirmação

nos levantamos e ele a pegou no colo, a levando pra sala.

peguei a chave da casa e conforme ele foi saindo pra fora eu tranquei tudo.

{...}

- como que eu vou pagar esse hospital? pelo amor de deus só o atendimento já vai o salário mínimo todo da cida - falo depois dele falar que iriamos no hospital da pista

um dos mais caros e com os melhores atendimentos

ele negou com a cabeça e não rendeu papo

assim que chegamos eu fui me sentar no banco pra esperar minha tia ser atendida, enquanto ele ia lá no balcão dar a ficha

minha tia estava com a cabeça apoiada no meu corpo e o resto do corpo na cadeira

assim que ele saiu do balcão veio na nossa direção, em seguida a pegou no colo

- mais não tem que esperar ser atendido? - falo confusa

ele nega com um sorrisin e fala pra mim seguir ele

a gente chegou numa sala gigantesca com tudo branco e um médico ali

caramba filhao, nunca vim num hospital particular, tô me sentindo em um filme com isso daqui, moro?

- pode a colocar na maca - falou o médico sentando em sua cadeira e mexendo no computador

- cida duarte pilando, 52 anos, nascida em Leblon, viúva e sem filhos. - fala o médico olhando a fixa da mesma

eu concordo e ele fala

- por que não foram pra emergência? ela tomou um tiro - falou tirando o pano do braço da mesma

- raspão, foi fundo mais não ao ponto de fazer uma cirurgia.

balanço a cabeça concordando com pistoni

- ah sim, vocês podem esperar lá fora?. tem gente que não gosta muito de sangue - falou

eu olhei pro pistoni e ele olhou pra mim esperando uma confirmação

gostei disso.

balanço a cabeça assentindo e fomos até o corredor que não tinha muita gente

- com que dinheiro vamos pagar isso?, ou pior quanto que deu tudo isso? - falo passando a mão na testa

ele não fala nada, apenas me da um papel

Àquela marraWo Geschichten leben. Entdecke jetzt