Capítulo 6 - Esconderijos

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Resolvo voltar para casa para verificar se todos estão bem.
Todos na Vila Happening andam agitados, aflitos e outros, surpreendentemente, parecem calmos diante da situação.

— Não entendo nada dessa gente, estava entrando no palácio para o baile, e logo depois vieram pessoas desesperadas correndo em direção à saída...

— Não saiam meus pais queridos, ajudem a mamãe a organizar a casa para nos escondermos no subsolo... Rápido, rápido!

— não... NÃO MAMÃE!!! PAPAI MORREUU... BUAAAAAA!

Tudo isso era o que escutei enquanto andava pela cidade.

— Venha filho, vamos cuidar do seu joelho ralado...

— Nah, que babaquice! Esse povo é todo doido. Esconder, hum! Esconder que nada!

— Amor! Venha pegar as mercadorias!

— Filho... Oh meu filho! — Minha mãe disse ao me encontrar. — Venha! Ajude a mamãe!

— Meu filho! — Disse meu pai quando me viu entrar — Um amigo nosso que trabalha no castelo disse que ordenaram a eles, assim como para todo o reino, para nos escondermos embaixo de nossas casas.

Bem, é aqui que a arrumação começa...

— Água?

— Ok.

— Roupas?

— Ok.

— A carroça cabe aí querido?

— Pera que eu ainda estou tentando entender essa geringonça...

— Podem ser duas portas aqui no chão, pai, e não uma só. — Digo a ele, abrindo a outra parte para poder passar a carroça por ela. — Aí daria pra colocar a carroça aí dentro e se houver algum problema enquanto estivermos entro desse esconderijo, só jogamos tudo aí dentro e caímos fora.

— Esse é o meu garoto! — Meu pai diz, tentando colocar a carroça cuidadosamente dentro do "buraco" para não quebrar nada.

— Mamãe, você viu o Beetho?

— Aqui Anne, guarde bem esse ursinho, ajude o seu pai e seu irmão a arrumarem as coisas, tá bom?

— Tá.

— Assim vamos mais rápido. — Mamãe conclui.

Saio para recolher umas coisas que deixamos na entrada de casa e observo a movimentação das pessoas.

— Garoto, você poderia nos ajudar? — Me pergunta um dos nossos vizinhos.

— Tudo bem pai? Vai demorar muito para acabar aqui?

— Não Tyler, vá ajudá-los.

Um dos nossos vizinhos, o senhor Agar, nos observa e diz com um ar de ignorância:

— Não entendo toda essa petulância! Toda essa algazarra! Não há nada acontecendo, é apenas vosso governo tentando assustar-nos.

— Ignore ele, irmão. — Eu disse a um garoto que estava ajudando.

Já dentro da "caverna subterrânea" debaixo de nossa casa, não é muito diferente do que a Angel tinha dito.
As paredes são todas de pedra, é um local bem espaçoso, mas não tanto, é menor que o segundo andar de nossa mini construção. Numa parede, não tão longe da entrada, há uma buginganga semelhante a uma balança, só que com apenas um lado, desenhadas da parede, havia círculos de várias cores, verde, amarelo e vermelho. É algo tão elaborado que é meio complicado explicar em palavras, pois, completando o raciocínio, esse apenas um lado da balança tinha uma corda (que parecia uma teia de aranha com relação a textura e... "Grude") que ligava a balança a entrada da caverna subterrânea.

Não sei onde a Angel deve estar nesse momento, mas algo me diz que ela deve estar segura com nossos amigos indígenas...

Protective Princess - AldeiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora