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Terror.

Índia: eu não esperava isso de vocês, de verdade mesmo.

Terror: infelizmente cê perdeu muita coisa da nossa vida e não sabe nem de metade de tudo que já aconteceu entre a gente.

Índia: não tô nem com vontade de saber, tô sem chão depois de tudo isso.

Vi ela subindo as escadas e respirei fundo passando a mão na nuca e vi meu pai vindo olhando pra mim.

Vilão: pelo menos tu assumiu a responsa, não to raciocinando essa parada ainda mais bom saber que eu te criei direito pra assumir teu b.o, mais cê ta ligado que a Anna Luiza não é brinquedo, é a minha filha.

Terror: Luiza vale muito pra mim, você sabe.

Vilão: sei mesmo.

Ele bateu a mão no meu ombro e subiu as escadas também e eu passei a mão na nuca mais uma vez sentindo que daqui a pouco eu infartava.

Anna: obrigada, por me defender.

Terror: defendi o que eu sinto por você.

Ela sorriu fraco vindo pra perto de mim e sentou bem do meu lado.

Anna: mesmo sendo tudo muito difícil, eu também sinto.

Terror: eu sei, sempre soube.

Ela riu e eu sorri vendo que mesmo com a cara toda vermelha e inchada ela era linda pra um caralho.

Terror: e agora?

Anna: agora são 9 meses que eu não faço a mínima ideia do que vai acontecer, minha mãe já deu pra ver que não dá pra contar com o apoio dela.

Terror: não importa cara, nois cresceu sem ela, não é como se fosse a primeira vez que não dá pra contar com ela.

Anna: mais antes ela não tinha como tar presente, agora é escolha dela.

Terror: relaxa Luizinha, fica de boa que a pior parte já passou, mesmo que a reação tenha sido péssima.

Anna: tenho que falar com minha madrinha.

Pensei na Carol e concordei com a cabeça imaginando a reação dela.

Terror: daí ela conta pro tio Fiel e pronto, não vamo precisar fazer nem esforço pra favela inteira ficar sabendo, aquele velho fofoqueiro.

Luiza riu concordando e pegou o celular vendo as mensagens da Yasmin que perguntou como foi a reação.

Anna: vou descer aí, preciso falar com sua mãe e daí a gente conversa.

Ela levantou do sofá enquanto mandava o áudio e eu levantei atrás ajeitando a pt na cintura.

Terror: te levo lá.

Fui saindo atrás dela e depois de deixar ela na casa da madrinha dela fui direto pra uma das biqueira lá de cima e já no portão tava o Farias parado olhando o movimento da rua com o celular na mão.

Farias: achei que nem ia colar pra cá mais, resolveu teu problema?

Balancei a cabeça concordando enquanto descia da moto.

Terror: tinha que resolver de vez logo.

Farias: tinha nem pra onde correr meu irmão mas aí tem problema de fora pra tu agora, aquele velho lá que cê matou, Rodrigo, pai da tia, as foto que você mandou vazar do corpo finalmente chegou na bope e tão ameaçando subir.

Passei a mão na nuca sabendo que uma hora isso ia acontecer, Rodrigo era quem comandava e mesmo sendo uma baita de um filho da puta sabia comandar aquela porra bem pra caralho, ele custava botar a cara nas trocação mais sempre tava ligado nos passos de cada um.

Capeta na terra que eu tive o maior prazer de meter bala.

Terror: quero mais é que venha mesmo, tenho medo desses pau no cu não e se eles querem tentar deixa vir.

Farias: Terror, se liga que agora você vai ser pai maluco, não é só você no bagulho não.

Terror: tô ligado po, jamais vou deixar meu filho crescer sem eu do lado, já basta eu que cresci só sabendo das memórias do meu, nunca vou deixar o meu passar por isso.

Farias ficou quieto e me olhou concordando.

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Lance Criminoso Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ