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(Reescrito )

— Não chora - o homem falou enquanto olhava para a garotinha no chão - eu sei que você não é acostumada, mas não vai doer nada - disse enquanto retirava sua roupa

— Por favor - a garota implorou pela décima vez

Isso apenas o estimulou mais. Ele queria aquilo e mesmo que ela conseguisse escapar, uma hora ou outra ele iria pega-la de novo e concretizaria o que não conseguiu naquela vez

A garota gritou quando se sentiu invadida. A dor profunda em seu corpo parecia que estava correndo sua pele. Como ácido

Todos ouviam os gritos, mas ninguém pensou em ajudar

Quando tudo acabou, estava no chão ensanguentada e sem forças para levantar. Como seu corpo doia. Queria morrer, se sentia suja

Dias se passaram e ainda não havia saido do quarto, achavam até que estava morta. O silêncio testava isso

Decidiu sair. Não daria aquele gostinho a eles, não iria fraquejar de novo e não ira abaixar a cabeça para alguém novamente. Tomaria conta do seu próprio destino e aqueles que tentassem ficar em seu caminho, iriam morrer

Quanso saiu do quarto, podia ver a pele machucada, assim como as marcas de agressão. Tinha o olhar vago e frio, como se nada mais importasse. Apenas em estar viva era o suficiente

Os faria se arrepender de existirem. Iria trazer a eles o real motivo de medo, seria o medo deles e nada poderia para-la

Olhavam para ela com sorrisos debochados, achando graça da falta de consciência da garota, já que ela pensava estar dando medo em alguém. Talvez futuramente ou quem sabe nunca

Seus pais que estavam no bar do cartel a olharam debochado, iriam dizer algo que a faria correr e chorar como sempre fazia, mas dessa vez não, simplesmente ficaram a olhando, como se esperase ela pedir ajuda

— Foi vocês não foi?- suas palavras eram tão frias quanto seu olhar

A olharam e viram que os encarava sem expressão

— Foi sim - disse a mulher de cabelos negros - e faremos pior

A garota a olhou como se estivesse analisando uma presa frágil, esse olhar fez a mulher ficar em alerta. Crianças também podem ser perigosas

— Não mais- disse simplesmente se levantando e indo em direção ao lugar onde dormia

Todos a olharam sair do local. Sentiram que as coisas estavam mudando, que iriam mudar ou que já mudaram. Não dava para saber

Prometeu a si mesma, ser a melhor em tudo. Queria que seu nome desse medo e se não desse, forçaria o medo através deles

A lei do omerta estava valendo agora

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Omerta- é a lei do silêncio

Imbatível- Livro 1- MafiosaWhere stories live. Discover now