CAPÍTULO 1.30: O Estupro (Parte II)

1.5K 466 24
                                    

Na Sala de Monitoramento do Instrutor.
Minutos antes do Nicolas chegar na Esfinge.

O instrutor estava atento em um monitor específico que era a câmera principal do novo laboratório do Éden que ficava em um local desconhecido por todo o sistema de mapas. Em uma câmera era possível captar dois médicos realizando uma cirurgia em um homem. Ele estava com uma parte da mão esquerda decepada. Eles estavam tentando introduzir uma mão biônica. Uma nova tecnologia avançada criada pelos cientistas recrutados da NASA onde o equipamento continha dispositivos até para disparos de balas 12mm. O instrutor possuía tanto reconhecimento e poder sobre as suas ações que outros países entravam em contato com ele para realizar alguns serviços sigilosos. O homem deitado na maca estava desacordado. O instrutor sabia que ele era uma grande oportunidade para uma possível continuação de seu plano. O instrutor olhou para uma outra câmera de segurança que monitorava o trânsito e conseguiu localizar um carro com uma placa familiar. "Laura" ele reconheceu. Ele deduziu que ela e o Nicolas estavam juntos indo em direção a Esfinge. Ele pegou o seu notebook e acessou alguns programas que ninguém jamais tinha visto. Ele digitou algumas informações e ativou alguns comandos. O sistema imediatamente começou a sinalizar com a luz verde alguns pontos. Três acessos destrancados na Esfinge interligados a uma principal.

Na Esfinge.
Faltando apenas 39m56s para a autodestruição.

Laura tinha explicado ao Nicolas que cada experimento inicial continha leitura mental integrado. Ou seja, todo o campo iria reproduzir cenas reais de traumas antigos para poder fortificá-los. Todos eles contêm uma falha, e é nessa falha que a chave se encontra. Ele compreendeu e todos os três, Nicolas, Laura e Messias se separaram um em cada porta principal onde se realizavam os experimentos. Todos os campos eram de alta tecnologia e se comportavam como ambientes reais. Era um galpão enorme sem absolutamente nada. Mas se entrasse uma pessoa naquele campo ela iria presenciar objetos e pessoas. E também poderia sentir o calor do sol, e também sentir a chuva e etc. Mas tudo era virtual criado por uma inteligência artificial. Tudo que parecia ser sólido era um holograma avançando que se aproveitava da ilusão de ótica para intensificar as cenas virtuais tornando-as reais.

O Experimento da Laura.

Laura chegou primeiro na porta do experimento inicial. E próximo da entrada tinha um painel de reconhecimento das digitais. Ela pousou a sua mão direita no painel e o sistema ativou a abertura da porta de metal redonda. Por dentro a escuridão tomava conta daquele lugar desconhecido. Laura começou a sentir um certo receio. Uma coisa que ela não sentia a anos. Ela entrou, e a porta começou a fechar.

A escuridão se intensificou

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

A escuridão se intensificou. E quando Laura piscou os olhos ela percebeu que tudo naquele local tinha mudado. Ela estava em uma casa com um aspecto francês. E pela janela era possível ver bem de longe uma pequena Torre Eiffel. Ela olhou para as cortinas, e para as poltronas, e quando se virou ela levou um susto. O seu pai estava sentado em uma poltrona vermelha com a testa furada de uma bala que o acertou, e pelo rosto estava correndo o seu próprio sangue. Ele estava sorrindo com malícia, e isso causou calafrios em Laura. O seu pai a molestou quando era pequena. A sua mãe não era viva e especulavam de que ela tinha se suicidado, porque o seu pai a batia. A figura paterna para Laura era algo assustador. E aquele lugar estava trazendo à tona os sentimentos de insegurança e impotência. As emoções que ela experimentava toda vez que o seu pai tentava tirar a sua calcinha.

— Isso não é real. — Laura dizia com firmeza para se lembrar que aquilo era só um teste.

A visão era tão convincente, e os hologramas era tão tátil que a mente não conseguia distinguir o que era real e o que era fantasia. A inteligência artificial era tão perfeita que reproduzia de forma virtual todos os medos mais intensos e profundos fazendo a pessoa reviver de fato o maior de seus traumas. O seu pai começou a acariciar o seu órgão genital sorrindo pra ela, e Laura lembrava desta cena quando pequena. E para ela isso era aterrorizante, e aquele campo estava começando a fazer ela acreditar que estava vivendo aquilo outra vez tentando fazê-la surtar. O objetivo do sistema era claro. Se o indivíduo por algum motivo surtasse todo o campo daria início à exclusão, ou seja, eliminar a vida do indivíduo acionando todas as armas escondidas atrás das paredes de metais do galpão, e disparar toda a munição em cima da cobaia.

— Isso não é real. — Ela colocou as mãos na cabeça e fechou os olhos. — Isso não é real.

O pai dela se levantou da poltrona e sumiu, e reapareceu na frente dela. "A Falha" ela pensou. A inteligência artificial deveria reproduzir o pai andando passo por passo até a Laura, mas por alguma razão acelerou o processo o fazendo desaparecer e reaparecer em sua frente. O pai dela continuava acariciando o órgão genital, e Laura entendeu o recado. Ela começou a sentir um nojo incomum mesmo sabendo que aquilo era só um holograma. Laura aproximou a sua mão no órgão genital de seu pai, e uma voz robótica soou em todo aquele galpão.

— Experiência Inicial Concluída.

Todo aquele local desapareceu em questão de segundos. Laura estava no meio do galpão, e a porta de metal redonda começou a reabrir. Ela chegou até o painel do lado de fora e percebeu que tinha agora uma linha verde indicado que uma chave foi ativada. Só faltavam mais duas, e torceu para que Nicolas e o Messias conseguissem finalizar os experimentos vivos.

 Só faltavam mais duas, e torceu para que Nicolas e o Messias conseguissem finalizar os experimentos vivos

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
ÉDENOnde as histórias ganham vida. Descobre agora