Capítulo 2 "Onde Tudo Começou Part.2"

33 5 34
                                    

 Eu acordei bem cedo no dia seguinte, pois estava ansioso e com medo de ir naquele beco novamente. Eu fiz as coisas de sempre para ir para o colégio. Quando eu cheguei no colégio, achei algo muito estranho. Ninguém me chamou de nenhum apelido a manhã toda. Porém, quando fui falar com o Michael, ele me olhou com uma cara estranha e se "esquivando" de mim. O resto da aula foi normal, tirando que a professora de ciências não implicou comigo.

 Quando cheguei em casa, preparei o sal, peguei o isqueiro e uma faca feita de ferro do meu falecido pai. Coloquei tudo isso em uma mochila e já estava pronto, tirando por uma coisa, sair sem minha mãe perceber. Mas antes de pensar no plano, eu peguei meu celular e chamei o Michael no bate-papo do facebook e perguntei o porquê dele ter me olhado com uma cara estranha e me evitado, ele só visualizou e não respondeu... Foi ai que percebi que ele não queria amizade com o cara que vê fantasmas da escola. Então eu joguei meu celular na cama e comecei a elaborar o "plano" para sair sem minha mãe perceber. Foi ai que pensei que eu podia sair mais cedo falando que ia na casa do Michael e que não iria chegar tarde igual a ultima vez.

 Cheguei na cozinha e falei:

-Mãe, eu posso ir na casa do Michael hoje? - Eu falo meio nervoso.

-Não, você vai chegar muito tarde igual a outra vez. - Ela diz me olhando com uma cara de raiva. 

-Prometo que hoje eu vou chegar cedo mãe, por favor deixa eu ir!!! - Eu digo isso implorando.

-Se você não voltar antes das 21:00 você vai ficar de castigo!! - Ela me diz ainda com cara de brava.

-Tá bom mãe, muito obrigado!!! - Eu digo com um pouco de nervosismo e com um sorriso no rosto.

 Eram 19:30 e eu já estava pronto e  estava saindo de casa, mas minha mãe perguntou o que estava na minha mochila. Eu fiquei sem resposta por algum tempo mas então eu disse que ia fazer alguns trabalhos para a escola com ele.

 Já era 20:30 e eu cheguei perto do beco e encontrei uma colega da minha sala, e por acaso, ela era uma das únicas pessoas que não me zoavam. Seu nome era Liza. Ela me viu e me cumprimentou com um sorriso no rosto, o porquê disso eu não sei. 

-Oii, você lembra de mim? - Liza pergunta.

-Oi, lembro sim, Liza não é? - Eu pergunto.

-Sim, eu mesma. O que faz por aqui? - Liza pergunta curiosa.

-Ah... Eu só estava dando uma volta, e você? - Eu falo meio nervoso.

-Eu moro aqui perto. - Liza ri.

-Ah, qu... - Eu estava falando até Liza me cortar.

-Ei, tenho que ir, tchau!!! - Liza sai correndo de repente.

 Confesso que fiquei muito confuso e curioso quando ela saiu correndo de repente, mas eu estava determinado em descobrir quem era aquele espírito então deixei para pensar sobre o que houve com a garota depois.

 Chegou 21:00, o horário que eu deveria estar em casa, e o mesmo horário que vi o espírito. Estava espiando o beco quando de repente vi o fantasma bem no final do beco, onde havia uma curva, por onde eu iria sair no dia do ocorrido.

 Fiquei com muito medo. Mas, antes de tudo eu tirei o sal da mochila, e coloquei nas duas saídas do beco, para que o fantasma não conseguisse sair do beco, já que os espíritos não conseguem passar pelo sal. Até então o espírito não tinha me visto, então me escondi de novo e tirei a faca da mochila, e me preparei para usá-la para repelir o espírito por um tempo. Eu entrei no beco e o fantasma não estava mais lá, foi o que eu pensei até que ele apareceu atrás de mim e me deu um soco que me jogou para longe. Eu fui para cima dele e o acertei com a faca, então ele sumiu de novo. Eu me escondi e esperei ele aparecer. Quando ele apareceu de novo eu vi que ele era familiar, me aproximei dele e vi que ele era.... O meu falecido pai...

 No momento que vi isso eu o acertei mais uma vez e sai correndo. Cheguei em casa 22:00, e minha mãe começou a falar. Eu cortei ela e disse:

-MÃE ISSO É URGENTE. COMO O PAPAI MORREU?!?!?! - Eu disse desesperado.

-Por que você quer saber isso assim de repente?! - Ela diz com uma cara de surpresa.

-SÓ ME RESPONDE!!!! - Eu gritei.

-Filho, ele morreu em um beco pois reagiu a um assalto... - Ela diz com uma imensa tristeza.

-MÃE, ELE FOI CREMADO?!?!? - Eu grito novamente.

-Sim filho, mas por que quer saber isso??? - Ela fala com muita curiosidade.

- Nada mãe, tenho que ir!!! - Digo isso enquanto saio correndo.

-Volte aqui!!!!!! - Ela grita enquanto já estou muito longe.

 Eu corro desesperado pela rua e lembro que a Faca de ferro do meu pai era dele desde que ele era pequeno e era a coisa mais preciosa para ele. E também lembro que quando o corpo de um espírito é cremado, temos que queimar o "objeto" que os "prendem" na Terra. Então fui para uma ferragem que tem perto de casa que fica aberta de noite e pedi para que jogassem a Faca na fornalha para mim. Eles acharam muito estranho mas fizeram esse favor para mim, e vi a faca derreter completamente para depois voltar para casa.

 Cheguei em casa e minha mãe brigou muito comigo e me botou de castigo por 2 meses...

 No dia seguinte, minha mãe me deixou sozinho em casa e saiu de casa as 19:00 e me disse que só iria voltar 23:30. Então quando ela saiu eu esperei meia hora e fui para o beco novamente. Cheguei no beco as 20:00 e esperei até 21:30 para entrar no beco. Quando eu entrei lá e fiquei uma hora lá dentro, esperando para ver se o espírito ainda estaria lá. Eu esperei por uma hora e nada do espírito, então conclui que eu havia "matado" o espírito.

 Fui correndo para casa e voltei antes das 23:30, me deitei e dormi como se nada tivesse acontecido.

 E essa é a história de como "matei" meu primeiro espírito, e de como a minha jornada começou...


Yo Minna!!

Essa é a continuação do primeiro capítulo pois seria muita coisa para um capítulo só.

Espero que tenham gostado!!! ^-^ :D

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Jun 16, 2017 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Os monstros existemWhere stories live. Discover now