E VOCÊ, QUAL O SEU SONHO?

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Acordei mais cedo, fiz minhas atividades e tomei café observando minhas mãos. Hoje é o meu dia preferido da semana, eu amo viajar! Fui até o ponto, esperei meu ônibus de cor azul e cumprimentei o motorista; que geralmente nunca é o mesmo da viajem anterior. -Bom dia! Sentei na janela e vi todas aquelas cidades passando pelo meu corpo em movimento, pensei na quantidade de histórias que eu poderia viver em todas elas e nas pessoas incríveis que poderia conhecer em cada uma daquelas casas coloridas da Br230. Cheguei ao destino! Gente de todo tipo, agitação, sorrisos, cores, carros, prédios, cheiros, gostos, crenças, casos, atos, fatos e tudo que uma cidade grande pode oferecer para um jovem de 19 anos do interior. As pessoas que passam por mim são como palavras, -penso nas histórias divertidas e comoventes que elas poderia me contar em apenas 10 minutos de café. São tantos rostos, tantos sonhos, tantos planos... Que eu queria poder abraçar cada uma e dizer que a dor vem, mas ela passa e no fim fica tudo bem! Fico triste por dar bom dia e ser ignorado, mas entendo que a cidade pode endurecer o coração dos assaltados. Do alto de um prédio, percebo como nos parecemos com as formigas e penso -Nos parecemos mais com os animais do que gostamos de assumir! Após cumprir todas as minhas atividades, fui em direção a lagoa mais calma do Brasil para fugir um pouco do caos urbano dos carros cinzas. A lagoa do Parque Sólon de Lucena em João pessoa – Pb. Andei, andei, andei... Até encontrar um senhor de roupas brancas e chapéu de palha sentado na calçada olhando atentamente para a água. Cabelos grisalhos, barba longa e um rosto já marcada pelo tempo. Ele me olhou e sorriu como se estivesse me esperando de uma longa viagem. Tinha do seu lado uma placa de papelão escrita com tinta azul: "E você, qual o seu sonho?" Me senti como um metal sendo atraído por um imã de Neodímio e quando dei por mim já estava conversando com ele. Falou coisas incríveis em voz alta sobre as pessoas que ali passavam, logo juntou mais gente, contou que era triste ver pessoas seguindo sonhos que não são seus... E sem contexto algum ele me abraçou com carinho e disse: "Seu trabalho é abrir gaiolas, não tenha medo!" me abraçou mais uma vez enquanto eu me perdia no horizonte das suas últimas palavras e se perdeu caminhando em meio à multidão... Pensei -Que velho maluco, não entendi foi nada! E foi assim que eu comecei a escrever sobre a liberdade de sonhar e sobre os medos internos que podem nos paralisar por fora.    

    

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⏰ Last updated: Aug 28, 2021 ⏰

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