Algumas horas passadas e após comer muito, mesmo após o alerta da voz, passo a ter outra sensação, meus olhos estavam ficando pesados e queriam se fechar, tentava me manter alerta, mas não conseguia, seria essa a tal morte que a voz disse? Novamente começo a ficar temeroso, mas lembro que não havia nada a temer e assim deixo ser levado por aquela sensação e logo em seguida estava dormindo. Durante o sono tive um sonho e nele a voz ali estava, desta vez em pessoa, era um homem, não muito velho e nem muito novo, ao o ver a primeira coisa que perguntei foi:

—Eu sou como você?

—Sim, meu filho, te fiz a minha própria imagem!

Não entendi o que isso queria dizer e fiquei em silêncio, fazia poucas horas que estava vivo, mas já sabia que a melhor resposta para o desconhecido é o silêncio. O homem a minha frente ao notar isso se aproxima e diz:

—Venha, mostrarei como é!

De novo não sabia o que me esperava, mas ele era confiável, afinal ele quem me criou! O sigo e logo estamos num riacho, não que eu soubesse o que fosse um até então, mas acho que isso não vem ao caso, nos aproximamos das águas cristalinas do Rio tigre e o homem diz:

—Veja a tua imagem, Adão!

Fui para as margens do rio e ali estava eu, Adão em carne e osso, eu era um homem parecido com o dono da voz, mas diferente, ele é nitidamente poderoso, eu sou apenas eu! Depois de me analisar por algum tempo iria perguntar algo para o homem, mas antes que fizesse isso acabei acordando, ao acordar uma nova sensação, minha boca estava seca ao extremo e nem precisou de muito para saber exatamente onde ir! Me levanto de onde tinha deitado para dormir e sigo para o Rio do meu sonho, chego ali e me pergunto como sabia exatamente como chegar naquele lugar e a voz diz:

—Que bom que aprendeu o caminho, sempre que tiver sede venha a este Rio ou ainda em qualquer outro!

—Cadê você? — Pergunto querendo ver o dono da voz.

—Em todos os lugares, lembra-te? —Responde ele naquela voz autoritária.

—Sim! —Digo arrependido da pergunta.

Tinha dúvidas sobre o porquê dele não estar ali em pessoa, mas não perguntaria sobre isso, mas ele me chama e diz:

—Existe algo que quer falar, Adão?

—Não! — Digo negando estar em dúvidas, mesmo estando.

Depois disso a voz não volta a falar e eu trato de beber aquela água cristalina, peguei um bocado com as mãos e em seguida fiz novamente, bebi muita água e logo outra sensação, desta vez tinha algo me apertando, não sabia o que era, mas não temeria!

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Foi o Primeiro DiaWhere stories live. Discover now