Cai a gota da noite,
ninguém viu aquela
que tanto amei.
O sereno noturno;
molha o orvalho
o seu cabelo,
as suas mãos,
o seu rosto na restinga.
Descrevo com o dedo
os meus versos de amor
para o mar
na areia do deserto.
Cada canção
lembra alguém,
um momento
um lugar
que passei
a contar.
O vento, tal a cantilena
dos meus versos;
só conto as estrelas
no meu universo;
o mar, a areia, o deserto.
Madrugada fria,
no calor dos seus braços,
de volta, encontro
declarações de momentos,
tristeza desfeita,
alegria espalhada,
o céu do avesso.
O vento, tal a cantilena
dos meus versos;
só conto as estrelas
no meu universo,
alto, estima, luz
ao cair da noite,
recolho as estrelas.
Enquanto o vento faz trova
na madrugada fria,
tento de tudo,
a pé caminho,
passei por isso,
e por onde passei,
não estava.
Quantas madrugadas frias,
vem o calor dos seus braços;
o pedido de tempo,
a perda consolada,
de volta ao começo;
fico em silêncio,
abro os olhos
e perco as contas
de quantas vezes
o vento vai...
Ficam as estrelas,
o mar, a areia,
o deserto,
e, no meu universo,
apenas os versos
calados.
ESTÁ A LER
Verniz da Casa 1998-2012
PoetryÉ um livro de poesias composto de 37 poemas em prosa, escrito por Andre Pesilva, no período de 1998 até 2012. Andre Pesilva, nos convida para um universo poético onde transforma em versos, os títulos de obras do escritor dos desvalidos, John Steinb...