Contos Gays Urbanos

Meu namoro

A primeira vez que nos vimos foi numa reuniãozinha que uns amigos incomuns fizeram, trocamos telefone e começamos a nos falar e curtir um ao outro nas redes sociais, nossos perfis são diferentes, mas o jeito dele me agrada e ele diz que o meu jeito o agrada.

Marcamos de ir ao cinema, ele iria me encontrar na saída do meu curso no final daquela tarde e ao sair me deparei com ele aguardando-me com flores, aparentando certo nervosismo, mas contente ao ver-me sorrir do outro lado da rua, atravessando-a em sua direção.

Com um abraço bem apertado e um beijo no rosto o cumprimentei e fui retribuído com a mesma intensidade de força no abraço, um sorriso doce e as flores que rubras, brilhavam em suas mãos.

- São para você, combinam contigo. Disse ele com singela timidez.

- Obrigado, são lindas! Você é um fofo. Agradeci com um sorriso enorme no rosto corado.

Caminhamos até o carro e seguimos em direção ao cinema, no percurso conversamos sobre como tinha sido nosso dia, sobre nossos amigos e acontecimentos diversos. Chegando ao cinema, coloquei minhas flores no banco de trás e fomos até a bilheteria, disfarçada, porém, ligeiramente ele pegou na minha mão e de mãos dadas entramos no cinema.

O filme era perfeito para ocasião, comédia romântica, divertimos, nos sensibilizamos com as personagens e estávamos abraçados quando o filme terminou.

Já era tarde da noite quando ele me deixou em casa, ao nos despedir aconteceu nosso primeiro beijo de forma, rápida, tranquila e gostosa.

- Me avisa quando chegar em casa, assim durmo mais tranquilo. Disse a ele.

- Pode deixar. Ele respondeu.

Ao chegar em casa, ele me mandou uma mensagem:

"Cheguei! Noite maravilhosa! Só tenho um pedido a fazer: Posso te ver amanhã outra vez?"

Respondi com uma afirmação, desejamos boa noite um ao outro e dormimos mais leves naquela noite.

Na manhã seguinte ao acordar haviam duas mensagens não lidas, uma era do grupo de família e a outra era dele dizendo bom dia, que estaria livre após as seis da tarde, que era sábado e eu não teria desculpas para não vê-lo novamente, respondi com outro bom dia e disse que esperaria ele as oito da noite e na hora escolheríamos um lugar para ir.

Quando foi oito horas, recebi uma mensagem dele dizendo que ele já estava me esperando lá embaixo, respondi que estava indo e de escadas desci ao seu encontro mais veloz que o flash, quando entrei no carro me deparei com ele meio estranho e perguntei o que tinha acontecido e ele respondeu que não tivera tempo de comer e não queria perder a hora do nosso encontro. Coloquei as mãos na testa, abaixei o rosto e comecei a rir, afinal, era só ele ter dito que eu esperava de boa, ele estava azul de fome e disse para ele ir para um fast- food que havia próximo da minha casa que eu ia dar um "big sanduiche" para ele.

Chegamos lá, avistamos que a lanchonete estava lotada e preferimos comer no carro, como não como carne, comi batatinhas e sorvete, mas fiz questão de pedir dois lanches para ele, que comeu como o super dragão do deserto, devorou tudo rapidamente sem deixar resquícios, CSI ali, não encontraria prova alguma e eu ainda na batatinha.

Com outra fisionomia, mais calmo, satisfeito e com olhar de agradecimento ele se virou e disse:

- Bom, agora você pode escolher o lugar que vou, pode escolher balada, se quiser fico a noite toda.

Eu o conhecia, sei que não é chegado em balada e se não teve tempo para comer, deve ter tido um dia cheio e provavelmente estava cansado.

- Vamos dormir fora você está cansado e sei fazer uma massagem ótima. Toca o barco que vou mostrando o caminho.

E seguimos em direção ao 'Secrets', um lugar ótimo que descobri poucos minutos depois do aeroporto.

- Você não existe, até parece que lê pensamentos. Disse ele.

Entramos no quarto e fui direto ligar o som, coloquei uma musica calma, deixei o quarto a meia-luz, peguei um daqueles óleos essenciais e antes de eu pedir para ele tirar a camiseta, ele me abraçou por trás, disse que ia tomar um banho e pediu para eu ir junto.

Tiramos nossas roupas e nos beijamos, não estávamos querendo ir rápido naquela situação, mas os dois ficaram excitados naquele momento, quando nos tocávamos sentíamos tesão, constatamos isso no cinema no dia anterior e pouco tempo antes no 'drive thru', antes e depois do lanche. Debaixo do chuveiro, sob o toque da água acalentadora continuamos aos beijos e nos pegamos de forma mais intensa, livre e despida, no mais propício dos propícios lugares, nos soltamos.

Revigorados, fomos para a cama, pedi para que ele deitasse de bruços e relaxasse o corpo e pelos ombros e nuca iniciei uma massagem ainda mais relaxante, começando pelo pescoço, trapézio e descendo por toda suas costas, analisando todos os pontos de tensão até chegar aos pés, comecei com o direito e antes de terminar a massagem do esquerdo, notei que ele já estava dormindo e roncava um pouco, cobri ele com o lençol, fui ao lavabo, lavei minhas mãos para tirar o excesso de óleo, deitei na cama ao lado dele, ele levemente acordou, me abraçou e dormimos de conchinha.