• Paz •

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Capítulo 4 - Convite aceito.

A risada alta por conta das taças de champanhes faziam eco no alto da colina. Nacho depois de três horas de conversa com Eleanor descobriu que tudo o que os amigos falavam estava ali, escancarado à sua frente.

— Você definitivamente não sabe brincar, são duas verdades e uma mentira. Eu nunca vou descobrir se você falar três verdades. — Eleanor gargalhou mais uma vez, jogando a cabeça para trás e possibilitando que o jogador tivesse a visão de todo seu colo e pescoço.

— Sua vez, quero ver se você é realmente boa. — Nacho desafiou a árabe que semicerrou os olhos e deu um gole em sua taça de champanhe.

— Tudo bem... Primeiro é que minha bebida alcoólica favorita é champanhe. — levantou sua taça em forma de brinde.

— Boa, essa com certeza é verdade. — comentou, analisando o pequeno sorriso nos lábios da árabe.

— Segundo, eu ganhei uma ilha de presente do meu avô no meu aniversário de 18 anos. —

— Meu Deus, essa definitivamente é a mentira. Espera, você é filha do Sr. Peréz, no caso ganhou uma ilha do pai do Florentino, certo? —

— Não, na verdade eu ganhei do pai da minha mãe. — esclareceu dando de ombros.

— Espera aí, você realmente tem uma ilha? — questionou boquiaberto com a informação.

— Você tem que descobrir. — lançou um olhar tedioso para o espanhol. — Terceira e última, foi que eu fui sequestrada duas vezes. — finalizou recebendo um olhar espantado do homem.

— Acho que você está confundindo, são duas verdades e uma mentira. Tem certeza que só tem uma mentira? — questionou assustado, recebendo um aceno em concordância de Eleanor, que se deliciava com uma geleia de tâmaras. — Eu realmente não acho que você tem uma ilha, mas ser sequestrada definitivamente você nunca foi, seria notícia no país inteiro. Então, a mentira é que você foi sequestrada duas vezes. —

— Infelizmente, você realmente não é bom nesse jogo. Eu já fui sequestrada, a primeira vez quando eu era bebê, pela babá que cuidava de mim na época e a segunda vez foi em Londres, quando eu estava indo para o internato, por alguns mercenários britânicos. — esclareceu calmamente, como se estivesse contando algo simples.

O espanhol que estava chocado, ficava cada vez mais surpreso assim que a mulher revelava detalhe por detalhe o que tinha passado, sendo alvo de risadas da mulher que esclareceu calmamente o motivo de sempre estar com alguns seguranças e ter seu próprio motorista. O modo como ele começou a enxergá-la a partir daquele momento mudou completamente sua visão da Eleanor que ele via nos estádios, em revistas e até mesmo a de horas atrás no restaurante, como se cada palavra que saísse da sua boca fosse tão pessoal que acabou tornando aquele momento ainda mais intimista, causando uma pequena felicidade no jogador, que se sentia privilegiado por saber que ela poderia compartilhar algo tão sério com ele.

— Isso quer dizer que você não tem uma ilha? — questionou curioso assim que ela revelou sua paixão por champanhe, mudando de assunto e servindo o restante da bebida que tinha na última garrafa.

— Na verdade, eu realmente ganhei uma ilha do meu avô, mas foi aos vinte e um e não aos dezoito anos. — revelou risonha, recebendo um olhar irônico de Nacho, que tentava esconder o absurdo que acabara de escutar.

— Eu estou perplexo com as informações que eu tive, você me surpreendeu, conseguiu me mostrar que sua vida é cheia de aventuras. — gargalhou da cara de tédio lançada para si. — Estou errado? — questionou recebendo um aceno em concordância.

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⏰ Last updated: Feb 08 ⏰

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