O que seria a vida, se não uma grande indagação?

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Aposto que quase todos nós já nos perguntamos nosso papel enquanto pessoas neste mundo, lugar este, tão complexo que é separado e herdado por muito conhecimento, cultivados há anos atrás. Eu me pergunto se há um real proposito meu aqui.

Se este proposito realmente existe, qual seria ele então? Já me vi diversas vezes em situações de ser aconselhado e aconselhar, e isso é extremamente normal. Sim, eu sei. Contudo, o que me leva a pensar no papel de ''conselheiro'' se materializa a partir das minhas experiências aqui vividas... A vida me impõe, frequentemente, situações as quais eu reconheço de cara que podem ser solucionadas facilmente, ora por conta do meu positivismo ora por conta de um fato já vivido. 

A questão acima é simples e fácil de solucionar. Basta voltar ao dia em que eu vi meu pai ajudando um garoto na rua. Aquele dia foi inesquecível, estava à frente do portão da igreja brincando com os coleguinhas, até aí, perfeitamente normal, não costumava prestar atenção na rua, pois tinha a atenção voltada os para meus colegas. 

Porém, neste dia eu estava atípico, olhava frequentemente para a rua, sentia que algo estava para acontecer. Não demorou muito até que eu avistei um garoto descendo as ruas, ele estava andando a muletas e tinha uma das pernas enfaixadas. Ele percorreu um grande caminho até se deparar com a igreja.

Após chegar, o objetivo dele não era adentrar, e sim, ir em busca de uma pizza. Ele não conseguiu, chegando à igreja ele tropeçou em frente a porta, e começou a chorar pois não tinha alcançado seu objetivo. Meu pai, não pensou duas vezes e foi ajudar o menino, mesmo sem conhecer-lo, sem saber de onde tinha vindo ou se era uma pessoa ruim ou não. Ele apenas foi ajudar, e isso que vi, trago como inspiração até os dias de hoje. 

Esta situação foi tão esplendida que eu não consigo explanar o quanto ela me tocou... Após meu pai efetuar os primeiros socorros, ele acompanhou o menino até a pizzaria, pagou a pizza para ele, e ainda o deu carona para casa. Depois, descobrimos que ele com a perna enfaixada, conseguiu descer uma rampa de 4 quarterões usando muleta. Até então, isso era demasiadamente impossível para mim.

 Foi a partir do conto acima que nasceu o meu papel como conselheiro? Foi quando tive a base de perseverança com o esforço do menino? Ou, foi com o ato do meu pai?

Não sei, mas arrisco em dizer que a vida é muito exata em suas escolhas, tudo ocorre com um planejamento, as dificuldades e felicidades não são em vão! Ou Deus ou seja qual for a sua entidade de fé, prepara cada momento das nossas vidas com carinho.  Mas, não podemos prever o que estes planejam, pense comigo, se soubéssemos tudo que aconteceria em nossas vidas, tudo então, seria tão monótono e sem emoção, não acham? E nessa tentativa teimosa de buscar uma explicação para o que não há certeza, presumo que a vida é, pois, uma grande indagação.

Indagamentos MatinaisWhere stories live. Discover now