Sempre me disseram que eu sou a alma da festa, e como bom sagitariano, preciso honrar o título. Conforme as luzes estroboscópicas nublavam minha visão, a batida pulsante da música eletrônica vibrava no interior do meu crânio e o álcool me deixava cada vez mais entorpecido, a dopamina agia sobre mim. Bem, aqui estou eu. Péssimo, mas inteiro. Ou nem tanto assim. Provavelmente não vão se importar que eu esteja em uma corda bamba emocional, a menos que eu pare de levantar os ânimos da galera. Essa é a minha função no grupo. Afinal, eu sou de Sagitário: não sou apenas a alma da festa. Eu sou a dopamina. [conto publicado na antologia "O Lado Sombrio dos Signos" da editora Cartola]