— O que é aquilo? — falou.
— Aquilo o quê? — Pedro olhou na direção apontada pelo amigo, tentando distinguir algo na distância.
A princípio, viu apenas a escuridão, densa e fechada. Entretanto, após alguns segundos, começou a notar vários focos luminosos, semelhantes a vagalumes gordos.
O peito de Pedro gelou por um instante.
— São tochas — disse ele. — Vincent, eu acho que...
— Sim — disse Vincent, cortando-o —, parece um exército.
Ambos ficaram pálidos e perplexos; entreolharam-se.
— Temos que avisar o rei — disse Pedro. — E organizar as defesas.
Vincent assentiu.
— Eu cuido da defesa — falou. — Vá para o castelo, e informe Sua Majestade.
Pedro confirmou a orientação com o olhar. Em seguida, sem perder mais tempo, foi correndo até a escadaria do adarve.
Assim que chegou ao pátio, escutou rosnados enchendo o ar. Seu coração disparou como um pistão. Eram rosnados animalescos, parecidos com o rugir de muitos tigres.
Que diabos é isso?, pensou. Que os deuses nos ajudem!
Então, Pedro virou-se, e disparou na direção do castelo.