Cap. XXII

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De noite...

Bárbara amamentava Heloísa no quarto de Eduardo, Fany fora jantar com Aurora e Valentin, enquanto Fernando ficou com a mãe.
Eduardo abriu os olhos e encarou a esposa sentada num sofá com a filha e o filho do lado, ele se mexeu sem força e abriu a boca.

— Bárbara...

— Edu. — se levantou.

— Pai... — Fernando se aproximou com dificuldade.

Fany entrou com o irmão e foi até o pai, Eduardo olhou ao seu redor, Bárbara, Fany, os gêmeos, Heloísa, estavam ali, ao seu lado. Totalmente sem forças para falar ainda, ele virou as mãos para cima, pedindo para que eles pegassem e assim fizeram. De um lado, Fany, Valentin e Fernando pegaram na mão dele, de outro, a esposa segurou enquanto com o outro braço ela segurava a bebê.

...

Dias depois...

Bárbara entrou em casa acompanhada do marido, abraçando ele. Seus filhos entraram na frente e sentaram no sofá, Eduardo também sentou ao lado da esposa e ela o encarava e fazia carinho em seu rosto.

— Obrigada por não me deixar. — ela agradeceu com os olhos marejados.

— Não posso deixar vocês sozinhos... — inclinou a cabeça e beijou-a.

Fany deitou no sofá e cobriu o rosto com uma almofada por conta da claridade, Heloísa tentou puxar a irmã para brincar, mas a garota só queria descansar e poder respirar aliviada, a pequena então subiu em cima dela e deitou em cima da mais velha. Os gêmeos já estavam se divertindo de novo com um jogo de tabuleiro e felizes por seus pais estarem ali.

— Ela ficou todos os dias comigo lá no hospital, desde o dia que você passou mal, ela vinha pra casa, tomava banho e voltava... — Bárbara sussurrou no ouvido de Eduardo — A gente até voltou a se aproximar um pouco mais e ela dormia no meu colo, igual quando ela era criança... — sorriu.

— A Fany é uma menina de ouro, a filha que todos os pais já sonharam em ter e a gente foi agraciado com isso... — olhava a filha — Com a nossa família toda, mas a Fany... — respirou fundo e sorriu — Ela se destaca, sempre tão dedicada. Ouvir a voz dela é tão gostoso, tudo nela é você, Bárbara... Nossa filha é assim graças à você...

— E graças à você também... — acariciou o ombro dele — Você é o melhor pai que eu conheço...

— Não, não sou... — abraçou-a — Queria, mas não sou.

— É, sim. — Fany falou com a almofada na cara ainda.

— Você escutou o que a gente falou? — Bárbara olhou-a.

— Aumentei a potência do aparelho. Escutei tudo. — colocou o braço em Heloísa.

— Aliás, como está a sua audição, Fany? — Eduardo perguntou e Bárbara deitou a cabeça no ombro dele.

— Tá bem, papai. Tipo, não mudou muito, mas a gente sente uma pequena diferença... PARA DE ME MORDER, HELOÍSA!!! — olhou a irmã gritando e a pequena se ajeitou no corpo dela.

— Ela ainda tá com essa mania de morder os outros? — Bárbara ergueu a cabeça.

— Está e se ela me morder de novo, eu juro que eu bato... — olhou os pais e Heloísa sentou assustada — Deita aqui, criança. Deita. — puxou a irmã de volta.

...

Dois meses depois...

Bárbara fazia carinho no cabelo de Eduardo que estava em meio suas pernas. Seus filhos estavam assistindo filme com os dois, todos quietinhos e junto também estavam Aurora, Santiago e os filhos.

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