Capítulo 31

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      A notícia de que Albus Dumbledore havia sido mandado para Azkaban não surpreendeu ninguém, já que as atitudes do diretor no Salão Principal de Hogwarts deixaram muito claro que ele era culpado de todas as acusações. No entanto, isso não significava que as matérias do Profeta Diário daquela semana não estivessem dando o que falar. Agora, os alunos passavam o café da manhã todo olhando para o alto, esperando que as corujas entregassem o jornal, para que pudessem ver qual era a grande bomba do dia.

      E, naquele dia em específico, Harry viu-se, novamente, em evidência. Finalmente, a matéria que revelava seu relacionamento com Tom havia sido publicada. Ah, Rita Skeeter ficara maravilhada ao escutar a história dos dois, sabendo que tinha uma suculenta fofoca nas mãos que lhe renderia um grande reconhecimento. E ela nem precisara inventar nada, dessa vez! Naturalmente, Harry tinha omitido os detalhes especialmente pessoais, como a infância de Tom no orfanato, e as partes incriminadoras, como o assassinato de Umbridge. De qualquer maneira, ele havia fornecido um material espetacular para o maior furo do século.

      A verdade era que, apesar de estar animado com a perspectiva de não ter mais que esconder seu relacionamento, Harry estava com medo da reação das pessoas, principalmente daquelas que faziam parte da Ordem da Fênix. Macgonagall e Kingsley tinha ficado...bem, chocados era uma palavra tão boa quanto qualquer outra. Nenhum dos dois tinha expressamente rejeitado Harry, mas era óbvio que eles precisariam de um tempo para digerir aquela informação. Tonks tinha sido mais receptiva, ainda que também tivesse ficado bastante espantada pela revelação. Antes de ir embora, ela tinha dado um abraço bem apertado em Harry, lançando um olhar ameaçador a Tom, que apenas deu seu melhor sorriso charmoso à metamorfoga. E Harry tinha quase certeza de que a tinha visto corar um pouco. Não que ele a culpasse, seu companheiro parecia um deus grego, em sua nada humilde e totalmente parcial opinião.

      A questão era que o garoto estava um pouco preocupado com o que estava por vir. Tom tinha tentado tranquilizá-lo, dizendo que sempre poderia torturar qualquer um que lhe tratasse com desrespeito, mas, sinceramente, essa proposta não acalmou muito o coração do grifinório. Quando os jornais daquela manhã chegaram, Ron olhou para Harry com um sorriso divertido e comentou:

- Vocês conseguiram mesmo a primeira página.

      Na mesma hora, o moreno arrancou o jornal das mãos do ruivo, ansioso para ver como Skeeter havia transmitido as informações que lhe dera. Não demorou muito para que o alvoroço tivesse início, e os outros alunos começassem a apontar para Harry. Pelo menos, nenhum deles tinha tentado amaldiçoar o garoto, por enquanto.

"E é bom que permaneça assim." – a voz de Tom soou em sua mente. – "Isto é, se qualquer um deles preza pela própria vida."

"Tom!" – Harry repreendeu. – "Nada de mortes, nós já conversamos sobre isso."

"Conversamos?" – perguntou, cínico.

"Tom!"

"Bem, eu não matar ninguém desnecessariamente, mas se qualquer um decidir levantar a varinha para meu companheiro, é bom que esteja preparado para as consequências."

Harry apenas suspirou, sabendo que seria inútil discutir com o Lorde.

"Agora, nossa relação é pública, pequeno, todos saberão que você é meu, e eu não posso permitir que pensem que podem tentar te atacar sem que eu responda à altura. Não seria muito bom para imagem de Lorde das Trevas."

"Você só está usando isso como desculpa para poder punir qualquer um que me irritar." – acusou.

"Não faço ideia do que está falando, amor."

My Precious Mate - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora