Capítulo 26 - Posso chamá-lo de marido

24 1 0
                                    



- Phoenix Fletcher, você aceita Helena Grace (sim, usaram o sobrenome de filha de Zeus) como sua legítima esposa?

- Sim, aceito. – Phoenix sorriu e piscou. Segurava minhas mãos como se não houvesse amanhã. Enquanto eu entrava vi sua expressão tomada por alegria. Ele não podia estar mais lindo. Seus cabelos pareciam o de um garoto rebelde, seu terno preto alinhado, uma gravata igualmente presa ao colarinho de uma camisa branca. Quando subi ao altar, ele sussurrou uma frase que nunca esquecerei.

- Tu és meu céu e meu mar, e eu hei de ser sua luz. – Ele piscou e me fitou sério. – Você está linda. Não posso acreditar que mereço uma pessoa como você.

Ainda bem que acordei do transe, pois já era minha vez de proclamar a sentença.

- Sim, eu aceito. – Olhei para meu amado.

- Eu vos declaro marido e mulher.

Todos ficaram de pé. Aplausos e gritos corriam pela praia. Phoenix segurou uma de minhas mãos. Nos entreolhamos rindo e corremos pelo tapete vermelho. Todos jogavam arroz e quebravam pratos de cerâmica jogando-os contra as cadeiras.

Quando todos chegaram às dúzias de mesas decoradas ao redor de uma mesa retangular com metros de largura, Hestia e Hera abençoaram nosso casamento e nossa futura família. Eu e meu marido estávamos sentados no centro da longa mesa. Ao meu lado direito, Zeus, Athena, minha mãe biológica, meu pai biológico, Poseidon, Hades, Hera, Hestia, Ártemis, Dioniso e Hipnus. Ao meu lado esquerdo, Phoenix, Apollo, Hermes, Hefesto, Íris, Hécate, Ares, Afrodite, Deméter, Eros, Nike e Quíron.

A noite fora mágica –bem, literalmente. Dançamos, cantamos, rimos e fomos felizes. Quando a festa acabou, fui levada ao Olimpo. Phoenix fora arrumar seu quarto e me encontraria nos jardins suspensos dentro de uma hora, tempo suficiente para Zeus conversar comigo.

- Filha? – Estava a observar algumas pinturas no corredor dos quartos. – Venha comigo.

Ele me conduziu até ima grande biblioteca. Um paraíso literário. Sentamos em uma mesinha no mezanino, perto da prateleira gigante de livros em grego antigo.

- Chá? – Sorri levemente e aceitei a oferta. – Sabe, me lembro de que quando você chegou sentiu-se triste por não amarmos você. Ou sermos educados, ao menos. Éramos assim pois tínhamos de moldá-la, tínhamos de mostrar o que era ser uma deusa. E além do mais, sabíamos que teria uma jornada amarga, e nos culpávamos por isso.

- Pai, - Sorri amavelmente e segurei sua mão. – Eu entendo agora. E agradeço. No momento, o que mais me importa é como seremos daqui para frente.

Conversamos por mais meia hora até que caminhei lentamente até os jardins. Meu vestido branco arrastava no orvalho que estava grudado no mármore bege. Parei na sacada e fiquei a observar as nuvens e o distante povoado ao redor do Olimpo.

- Senhora Fletcher? – Uma voz masculina que parecia vir de uma boca sorridente. Olhei para trás e, apoiado em uma das altas colunas, repousava Phoenix. Ele sorriu e avançou. Parou atrás de mim, me abraçou e repousou sua cabeça em meu ombro. Acariciei sua bochecha e respondi.

- Senhor Fletcher. – Ambos rimos. A noite parecia mais feliz com ele ali. – Que tal conhecermos nossa nova casa?

A Estrela do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora