Anos antes, Legolas conheceu a princesa de Ascalen e o desejo de viver ao lado dela cresceu em seu coração. Ele então casou-se com ela, abrindo mão de sua família e amigos. Da união deles veio um gentil e pequeno elfo, Lotion, Legolas assim o chamou...
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Legolas andava pelo quarto perdido em pensamentos. Ele nunca pensará que ser rei daria tanto trabalho. Ele parou em frente a um espelho e se olhou, seu cabelo solto ia até ao meio das costas nuas entrando em contrastes com sua pele pálida. O rosto liso e sem rugas mostrava o quão bem os anos lhe fizeram.
Sentiu braços finos rodearam sua cintura e sorriu ao ver sua esposa o abraçar por trás.
- Está cansado? Elivor me disse que teve um dia cheio. - Perguntou ela massageando os ombros do elfo.
- Já me acostumei com a rotina, só estava pensando em como o tempo passou rápido! - Ele disse sentindo as mãos de Eleneth desceram por seu abdômen.
Ela sorriu - Eu estou cansada. Lötion é uma pestinha e eu não sei de onde ele tira tanta energia.
Legolas se virou abrançando sua esposa - De onde será que ele puxou tanta energia? - Sussurou ele contra o pescoço dela.
- Não sei. - Ela riu enquanto descansava a cabeça no ombro de seu amado.
- Então está cansada? - Ele perguntou alisando as costas de Eleneth que suspirou ao sentir as ágeis mãos de Legolas entrarem por debaixo de sua camisola.
Continou a sussurrar - Posso te fazer relaxar.
Eleneth tremeu quando Legolas massageou sua nuca - Eu não duvidaria disso.
Legolas beijou seu pescoço - Já disse que te amo hoje? - Ele continuava com sua tortura.
- Disse, mas pode repetir - Ela respondeu enquanto prendia o elfo em uma beijo apaixonado.
- Então eu digo e repito, você é o amor da minha vida. Eu te amo, Melmë .
Eleneth acordou e sorriu ao lembrar da noite agitada que teve, mas estranhou o fato de estar sozinha na cama. Ela se levantou da cama enrolada no lençol e foi ao banheiro banhar-se ainda estranhando o fato de ter acordado sozinha.
Enquanto amarrava os laços de seu vestido escutou várias risadas vindo do quarto ao lado, se apressou e foi até lá. Quando abriu a porta se deparou com Legolas sentado em uma poltrona ainda sem camisa brincando com Lötion.
- Você realmente é uma pestinha. - Legolas erguia o elfozinho no ar.
Como Legolas ainda não tinha percebido sua presença ficou quieta assistindo a cena.
O pequeno elfozinho gargalhava quando era lançado no ar e Legolas não deixava de sorrir, era um pai babão.
Legolas o colocou sentado em seu colo. - Papai está pensando em te dar um irmãozinho, o que acha? - Perguntou arrumando os cabelos desbrenhados do pequeno .
- Toron? - Perguntou se deitando no ombro do pai.
Eleneth sorriu - A nana tem que pensar primeiro. - Disse ela vendo Legolas dar um pulo da poltrona assustando o garotinho que começou a chorar.
Legolas balançava a criança desesperadamente - Não precisa chorar.
A rainha não conteve a risada. - Vem com a nana. - Pediu ela ao filho com uma voz infantil pegando o bebê nos braços e o ninando.
Não demorou muito para o choro parasse.
- Tem coisas que só uma mãe sabe fazer. - Legolas se sentou ao lado de Eleneth no sofazinho. A criança agarrou o tecido do colo da rainha e o puxou insistentemente.
- Parece que tem alguém com fome. - Eleneth desamarrou os laços do vestido expondo seus seios. Lötion abocanhou um enquanto agarrava o bico do outro.
- Ele está faminto, porque não me acordou?
- Achei que ele não estava com fome. Respondeu simples.
Eleneth suspirou - Ele sempre está com fome!
Legolas voltou ao seu quarto e banhou-se, pois tinha algumas reuniões e contratos pra assinar então se arrumou rápido e foi em direção ao escritório sendo que antes passou no quarto ao lado e deu um beijo nos dois amores de sua vida.
Depois de duas longas reuniões Legolas foi ao escritório dar uma olhada em alguns projetos. - Fico admirado com sua dedicação a esses projetos, sabe que não precisa fazer isso. - Disse Elivor entrando no escritório.
- Eu sei. Estava olhando o projeto do jardim de primavera - Legolas estendeu o mapa sobre a mesa.
- Está indo muito bem, porque está tão interessado nesse jardim? - Perguntou Elivor se sentando em uma poltrona.
- Quero fazer uma área para crianças, aqui. - Ele apontou para o lado esquerdo do mapa. - É uma boa idéia já que o berçário é ao lado. - Elivor sentou-se desmanchado em cansaço.
Legolas arqueou as sobrancelhas - O dia mal começou e você já está cansado? - Cansado? Eu estou morto! - Disse no maior desânimo. - Passei a noite revisando contratos, era papel que não acaba mais.
Ele arrancou risadas de Legolas.
- Quer o dia de folga? Legolas guardava o mapa na gaveta.
O elfo se levantou e começou a esticar os braços - Tenho muito trabalho e não posso me ausentar - Mas obrigado.
- Vi Airin entrando na biblioteca. Disse Legolas se sentando em sua cadeira.
- Ela parecia de mal humor? Perguntou Elivor com medo da resposta.
Legolas estreitou os olhos - Não, ela até estava sorrindo. - Falou fazendo o amigo cair na gargalhada.
Elivor se dirigiu até a porta - Bem se é assim eu vou dar me uma chance ao amor. - Disse dando uma piscadela.
- Por Eru. Esses dois ainda vão se meter em confusão. - Ele pensou alto olhando os papeis em cima da escrivaninha.
Um grito ecoou pelo escritório - Atto. - Era Lötion nos braços de Eleneth. - Vinhemos ter uma conversa com o papai. - Disse a rainha de cabelos louros e ondulados passando pela porta.
- Atto, Atto, Atto.... - Cantorolava o pequeno em eufória .
Legolas levantou-se e pegou o pequeno príncipe - Papai também sentiu saudades. - Disse cheio de dengo fazendo cócegas no bebê.
- Não é hora de brincadeira. - Eleneth mantinha o olhar sério enquanto encarava o filho. - Vamos, diga a seu pai o que fez com Milroel.
O pequeno se escondeu no ombro do pai.
- O que ele fez? - Perguntou Legolas curioso . - Derrubou Milroel no lago da praça. Ela se lembrou da situação. - Foi muito embaraçoso.
Legolas sorriu - Esse é meu filhão. - Disse sacudindo o pequeno. - O QUE? Você tem que dizer que é errado!