Quando nos VÊNUS, te juro a MARTE

5. Marte

Estou afundando e desta vez temo que não haja ninguém pra me salvar
...
Agora o dia sangra no anoitecer
E você não está aqui pra me ajudar a passar por tudo isso
Eu abaixei minha guarda e então você puxou o tapete
Eu estava me acostumando a ser alguém que você amava

Ele me deixou! Martin LeBlanc soltou a minha mão, me deixou no meio do caminho.

"Acha mesmo que ele ficaria por você?"

Eu acabo de sair do apartamento do Martin, completamente desolada, encontrei a mãe dele ainda ontem, imaginei que ela tivesse dito algo para ele, para deixá-lo estranho, mas não ao ponto de fazê-lo ir embora.

Hoje, quando acordei e não o encontrei, eu entendi o que aconteceu e logo depois ela surgiu. A mulher é a crueldades em pessoa, as palavras da Charlotte Beaumont não saem da minha cabeça e eu tenho a sensação de que vou ficar ouvindo elas todos os dias. Ela sabe como pertubar a mente de alguém.

"Ele sempre foi assim. Ele sempre faz as pessoas se apaixonarem e então as abandona. Eu não sei porque achou que com você seria diferente. Ele só te usou, queria te ter sofrendo por ele, nunca te amou.
O Martin só queria te colocar na lista de peguetes dele. Depois que ele consegue o que quer, vocês perdem a graça e ele vai embora

- Isso não é verdade...

- Não? Quantas declarações ele te fez? Quantos presentes ele te deu? Quantas coisas grandiosas ele fez por você? Acorda para a vida sua idiota, ele só te usou, só te fodeu porque é bonitinha. Amor e Martin na mesma frase não existe.

Começo a rir irônica por causa do seu discurso infundado e ela me encara confusa.

- O que te faz pensar que eu vou acreditar em todas essas palavras? Charlotte, você é apenas uma mulher amarga, nunca foi amada, não sabe o que é ser amada nem por si mesma. Está tentando me envenenar porque sabe que perdeu o controle de tudo, principalmente do Martin. Ele foi embora. Ele fugiu de você, não de mim. Ele foi egoísta porque não te aguentava mais, porque ele se ama e porque ele me ama. Você errou ao ameaçá-lo, achou que ele ia ceder aos seus caprichos e se fodeu.

- Sua insolente...

- EU NÃO TERMINEI! CALA A SUA BOCA, EU NÃO SOU ALGUÉM PARA VOCÊ BATER DE FRENTE, VOCÊ PERDE FEIO. - Me descontrolo e observo ela perder a sua pose. - Ele pode até ter me usado, mas em uma noite eu soube como ser venerada verdadeiramente. Declarações? Presentes? Atitudes grandiosas? Pelo amor de Deus. - Começo a rir sarcástica. - Não romantize o amor Charlotte. Amar não é tudo isso o que você citou, não é declarações, presentes, frases bonitas, momentos lindos e inesquecíveis. Amar está nos pequenos detalhes e em como a pessoa te trata. Amar está nos momentos menos românticos e se você tivesse sido amada verdadeiramente apenas uma vez na sua vida de merda, você ia entender o que eu estou falando. Eu nunca esperei flores e chocolates do Martin, nunca quis corações e declarações. O amor dele estava em se importar comigo, em me compreender e me aceitar do jeito que sou. O amor dele está aqui, sou eu e sempre vai ser. Mas você nunca vai entender isso, é amarga e triste demais para entender a linguagem do amor. - A mulher na minha frente está destruída, eu peguei pesado nas palavras, mas não me arrependo nenhum pouco, ela também não foi delicada comigo. - Não chore, se mostre fria e superior como sempre foi, você tentou me machucar e as suas palavras estão gravadas em mim, mas eu também sei ferir e eu quero que conviva com o fato de que seu único filho fugiu de você porque você é tão abominável que nunca conseguiu fazê-lo te amar, o amor do Martin é algo que se faz por merecer e você nunca mereceu. Mas eu? Ah, Charlotte, ele me ama sim, não foi atoa que foi embora para me proteger de você.