Uma antiga amiga. Uma futura agente. E sua atual submissa

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Sofre naooo Piper a Alex vai cuidar de vc ... 😶😶😶😶🤭

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Alex observava de seu Jipe Wrangler preto o subdiretor Montgomery sair do alpendre da adorável casinha da pequena Piper. Certamente a jovem policial reagiu tal e como disse ao seu superior.

Escutaria cada palavra com atenção, faria algumas perguntas, não se deixaria levar pelo pânico e aceitaria às cegas a missão, até sabendo dos riscos que suportava, porque não media nunca onde estava o perigo. Por isso era tão boa policial; e por esse mesmo motivo seria uma excelente agente.

Esse fato de não analisar os riscos a fazia a companheira perfeita para o desenlace do caso Amos e Masmorras.

Necessitava de uma parceira digna de sua ousadia, que pudesse competir com ela de igual para igual para chamar a atenção da Rainha e dos Vilões. E sabia que Piper chamava atenção tanto quanto sua irmã, mas de um modo adoravelmente diferente.

Durante doze meses levaram o caso com a máxima disciplina. Não foi tão difícil assumir seu papel, como foi para seus melhores amigos, Clint e Taylor, porque ela, Alex, já brincava na liga do DS fazia anos, e o fazia por prazer. O fazia desde que descobriu que o sexo convencional a aborrecia.

Era uma agente do FBI, é óbvio, mas seus gostos sexuais, nada que tivesse que explicar publicamente, eram especiais. Suas preferências não eram nem melhores nem piores que as da maioria das pessoas, simplesmente, diferentes.

Para ela, a dominação, o bondage, o sado e a submissão eram um jogo para praticar entre casais. Um jogo de consentimento mútuo onde se trabalhavam a disciplina, o desafio, o atrevimento, os limites de cada um e, acima de tudo, a confiança.

Por isso, saber que a escolheram para dirigir o caso não lhe pareceu tão escandaloso como para a boa Piper.

Duvidava que os do FBI soubessem que era praticante e que em seus momentos livres, para descontrair e desestressar, gostava de jogar forte.

Taylor e Clint se surpreenderam muitíssimo quando ela explicou que era uma Ama. Mas por outro lado, isso serviu para relaxá-los e se darem conta que, se sua amiga praticava o BDSM e era uma pessoa normal e comum, não deviam temer esses exercícios. Não queria dizer que estava desequilibrada, nem traumatizada, nem louca... Esses estigmas deviam ser erradicados da consciência popular. Para ela, o BDSM não era uma separação, era um modo de sentir e experimentar.

Não obstante, o problema era que o caso que trabalhavam estava relacionado com o tráfico de mulheres, e tinha como fundo o universo dos dominantes e submissos. Um mundo que ela não ia permitir que alguns sádicos de merda manchassem.

Amos e Masmorras se converteu numa missão pessoal que tirou a vida de Clint, um homem leal e maravilhoso, um grande amigo. E também levou Taylor, a melhor amiga que jamais teve. Por isso, confiava que Taylor continuava viva, porque perdê-la significaria sua destruição.

Apertou o volante com os dedos e franziu os lábios numa fina linha.

Tomava em cima de seus ombros a morte do agente Clint e o sequestro da irmã de Piper. Não deveria fazê-lo, porque as pessoas eram imprevisíveis e não se podia controlar tudo; mas Alex se atormentava muitas vezes pelo que não pôde fazer e deveria ter feito. O que aconteceu essa noite para que assassinassem Clint? Por que?

Alex estava em outro local de Nova Iorque, com uma escrava do jogo, e não uma qualquer. Tratava-se de Claudia, uma mistress, uma ama reconhecida no jogo de BDSM, a qual adorava jogar com ele. Claudia era valorizada no mundo DS com a categoria de acrobata, como a protagonista Diana de Dragões e Masmorras.

Dragões e Masmorras DSOnde histórias criam vida. Descubra agora