thirty-three

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C O R I N G A  🃏

a tainá já estava segura, isso me confortava de uma maneira extraordinária e eu me castigava por isso. não devia me importar tanto assim

mas agora o morro ja estava invadido, não tinha como voltar atrás

nós estávamos em uma vantagem absurda, e agora com o objetivo alcançado era mais fácil sair dali

mas eu ainda precisava ver o desgraçado do VH. eu faria questão de acabar com ele, mas antes queria que a tainá visse ele

minha meta no momento era só ver ele

eu subia por uma parte estreita do morro e eu já sentia que estava quase no topo

alguns corpos estavam pelo chão o que me trazia mais dificuldade pra andar em silêncio ja que alguns gemiam de dor

-caralho, cala a porra da boca - eu murmurei depois de tropeçar em um corpo que gemeu em seguida

-me procurando? - eu escutei uma voz atrás de mim. era o VH

-sempre -respondi me virando e dando de cara com ele que apontava uma arma pra mim

-você conseguiu tirar a garota mas ainda não acabou, eu ainda tenho vários planos pra ela - ele deu um sorrisinho

eu o olhei com as sobrancelhas erguidas tentando saber onde ele queria chegar

-sabe.. você escolheu uma ótima garota, ela é uma delícia -assim que ele terminou a fala eu lhe dei um soco mais rápido do que eu mesmo pude raciocinar

se ele fosse mais esperto conseguiria puxar o gatilho e eu estaria morto, ainda bem que ele é burro.

ele estava caido no chão e a arma ja nao estava mais em suas maos

-nunca mais toque nela ou no seu nome. eu faço questão de te deixar vivo pra invadir isso denovo so pra te ver sendo derrotado mais um vez por mim, só pra você saber quem realmente manda. você nunca conseguirá me vencer e eu espero que tenha ficado claro. nunca mais sequer olhe para a tainá ou então eu nao serei bonzinho como estou sendo agora

- você não é capaz de puxar esse gatilho. só é mais um franguinho igual ao seu avô - ele disse com a voz falhada, meu pé estava pressionando sua garganta pra impedir que ele se levantasse

eu tirei o cano da arma da mira de seu rosto e apontei pro seu pé disparando em seguida, pressionei mais o meu pé na sua garganta pra impedir que ele gritasse ou fizesse qualquer outro barulho

-da próxima vez eu estouro seus miolos. não mencione meu avô, tudo isso é inveja porque ele conseguiu tudo que você sempre quis? o maior morro de São Paulo? o controle da maioria das mercadorias que vem pro Brasil? é isso que você queria? - eu disse e afrouxei o aperto na sua garganta

- eu vou ter tudo isso - ele disse ainda com a voz falha e eu ri.

-nao, não vai. dessa vez quem esta no comando sou eu e eu não faço questão nenhuma de te deixar vivo como meu vô fez

meu radio apitou como um sinal, eu precisava ir.

disparei mais uma vez contra seu outro pé

-se você sair vivo dessa, eu te encontro na próxima e faço questão de te observar sangrar até a morte - eu disse e sai dali vendo ele virar a cabeça pro lado

ele provavelmente sairia dessa ja que os tiros foram no pé, mas demoraria a me infernizar novamente

𝐧𝐨 𝐦𝐨𝐫𝐫𝐨 | 𝐭𝐚𝐢𝐧𝐚𝐜𝐭𝐨𝐫Onde as histórias ganham vida. Descobre agora