O aroma dos temperos o hipnotizava, cozinhar tornava Han Jisung outra pessoa, sua melhor versão, aquela que mostrava quem realmente era. Naquele ambiente, sentia-se confiante.
Até ele chegar, com seu perfume inconfundível, desestabilizando Jisung e...
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- Jeongin, não mexe aí. Você vai acabar me queimando! - Minho deu um tapinha sobre as mãos afobadas do garoto de fios escuros, já começando a espremer a cara diante do jeito desajeitado da figura menor, que quase virou uma frigideira em cima de si no mínimo três vezes.
O peito inflava em busca de ar e juntava dentro de seu peito uma porção de paciência, como se buscasse deixar o estresse de lado e não descontar seus problemas no jovem e inexperiente Yang.
- Não tenho culpa se o meu professor não sabe ensinar direito... - soltou, como quem não queria nada, referindo-se ao seu hyung.
Minho o olhou indignado, danado com a implicância costumeira de Jeongin. Se tinha uma coisa que o mais velho não suportava era, sem sombra de dúvidas, seu adorável primo, da forma mais amorosa possível. Esse tal que de adorável não tinha nada, a não ser a aparência angelical que enganava qualquer um.
- Eu?! Mas você é quem... - interrompeu-se, guardando as palavras chulas, pedindo calma para qualquer divindade que o escutasse. - Vamos fazer assim: você cala a boca e presta atenção. Se continuar reclamando e fazendo tudo de qualquer jeito, nunca vai chegar ao meu nível.
Jeongin gargalhou, tombando a cabeça para trás e quase deixando a frigideira virar sobre o fogão novamente, causando um grito assustado de Minho, que pulou aturdido, medroso em se queimar. A cena apenas fez com que o menor aumentasse sua crise de riso e instigasse seu espírito arteiro de criança levada.
- Yah, seu pivete!
- Eu me distraio por uns minutos e vocês já tão quase se matando de novo? - Younghyun adentrou à cozinha bonita, de mãos na cintura e olhos semicerrados, com um pequeno sorriso no canto dos lábios.
Era fofo o jeito protetor a qual ele tratava aquelas crianças, principalmente o jovem Yang, que mesmo não conhecendo direito, fez uma morada confortável em seu coração. Younghyun era cinco anos mais velho que Minho, um milhão de vezes mais responsável e com uma síndrome incontrolável de achar ser pai de todos os seus amigos.
- Younghyunnie, liga pra mãe dessa criança e fala pra ela vir buscar o filho insuportável! - Minho fez uma cara sofrida, quase se ajoelhando em misericórdia na frente do mais velho.
Jeongin dobrou os olhos de tamanho, sentindo as bochechas queimarem em desespero.
- Não, hyung! Não faz isso, ela vai me matar!
- Problema é seu, ninguém mandou fugir de casa e vir me encher a paciência! - O Lee mostrou a língua, em uma atitude completamente infantil, tal qual uma criança de cinco anos.
