OUTSIDE #1 [CONCLUÍDO]

0.0| Prólogo

PRÓLOGO

"Quando a vida te dá
Uma escolha
E por mais difícil que possa parecer
Você a escolhe.
Estaria sempre condenado a esta?

Ele estava condenado a ela ou ele próprio se condenou?
E isso, nem eu nem você sabemos.
São apenas as minhas próprias constatações."

Renya Schwartz

Ás vezes, pensamos demais. Pensamos no que poderíamos fazer, no que os desejos dos outros nos dizem para fazer, e por fim, no que nós realmente queremos fazer. Quando menciono essas informações, não menciono por força do hábito e na tentativa falha de lhe dizer que vocês devem fazer o que quiserem ou que devem ser impulsionados ou redigidos por seus próprios desejos. Não. Somente estou mostrando que, existem coisas que dependem exclusivamente de nós, quando a única variante somos nós mesmos, e outras que, não, não dependem exclusivamente de nós, as variantes são outras, e as consequências também.

Como por exemplo, uma escolha. Existem escolhas que dependem exclusivamente do nosso ato de escolher. Entretanto, existem aquelas que você ainda tem o ato de escolher, mas são duas alternativas em que você não escolheu, portanto, subitamente, sua escolha entrou em difusão com uma escolha já escolhida por um certo alguém. Contudo, claro, existem escolhas que não são subitamente escolhas. Que é o ato de acreditar que você mesmo escolheu, porém, é manipulação e sua tentativa interior de negar sua impotência diante das contradições do mundo e de um desejo interior de um certo alguém. Mas alguém já escolheu por você, alguém já fez tudo aquilo por você. E será que isso é egoísmo ou tamanha prepotência? O quão exacerbado meu desejo é ao ponto de eu desejar manipular e decidir sua vida inteira para satisfazer meu próprio desejo?

E se alguém manipular um pouco as coisas, compactuaria com a ação desejante inicial ou seria somente mais uma vítima de toda essa situação?

Não posso dizer que minhas escolhas foram erradas, pois, este foi o meu final pretensioso ou não. Na verdade, ainda não sei com clareza se era isto que realmente deveria acontecer. No entanto, poderia dizer que, mesmo quando escolhem por você, ainda que subitamente, você ainda pode mudar o seu próprio destino e possui um poder em seu interior de aceitar aquilo que escolheram por você ou viver sua própria escolha.

Ele escolheu o que queria. Então, como posso dizer que minha atitude foi errada? Afinal, uma mãe só quer o melhor para o seu filho.