🦋Capítulo four🦋

1.8K 133 180
                                    

Sn,a flor de Jasmin amarrada por fios,nem perguntei pra que tantos,não sei absolutamente nada de medicina,posso ter conhecimento sobre musica e administração,mas no que se refere ao corpo humano,sou um zero a esquerda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sn,a flor de Jasmin amarrada por fios,nem perguntei pra que tantos,não sei absolutamente nada de medicina,posso ter conhecimento sobre musica e administração,mas no que se refere ao corpo humano,sou um zero a esquerda.

Quando o médico do meu irmão começou a explicar todos aqueles traumatismos,me desliguei depois de cinco segundos. Minha mãe escutou tudo na maior paciência,mesmo que também não entendesse bulhufas. Meu primo, professor de educação física, fez uma cara de quem ia traduzir aquilo tudo, mas francamente, o polícial ali atrás da porta congelava meu sangue, maneira que não entendi grande coisa.

Felizmente não tem policial vigiando, meu irmão já deu seu depoimento, o julgamento dele será daqui quatro meses, tecnicamente , esse é o tempo que precisa para se recuperar do acidente. Enquanto isso o apartamento dele fica vazio,meu primo e eu passamos por lá para esvaziar a geladeira e fazer uma faxina, para que aquilo não vire um pandemônio na ausência do meu irmão. Ainda que o apartamento já não fosse um paraíso de limpeza, era preciso evitar que aquilo virasse um pardieiro.

Estando lá,descobrindo que ele tinha uma namorada quando encontramos roupas intimas espalhadas por todo canto. A gorota nunca se interessou  por alguma coisa, ou então era apenas um lance para uma noite só,porque ninguém ligou para avisa-la.

Estaciono diante do prédio de minha mãe. A neve começou a cobrir os carros ali estacionados,no asfalto,quase não se vê ainda,mas já há uma fina camada na grama. Não posso dizer se amo ou não amo a neve,ela está ali e eu a encaro,para mim,se trata apenas de uma respiração a mais do planeta.

Meus dois passageiros descem,meu primo mora bem pertinho da minha mãe,foi ele quem achou esse apartamento para ela quando meu pai foi embora. Sinto o carro subindo,aliviado do peso deles,meu primo enfia a cabeça pela porta do carro.

-Você vem?

-Esta noite não.

-Acho que ela ia ficar contente.

-Já eu,acho que não sou capaz.

-Você é desagradável.

-Escute,volto amanhã,mas está noite... Não vou entrar.

Meu primo me olha,quase surpreso de eu ter falado amanhã.

-Ok! Preste atenção no trânsito.

Ele fecha a porta,minha mãe fica olhando através do vidro e faz um sinal com a mão,mando um beijo e ligo o motor do carro. Só quando passo pelo portão do prédio começo a me sentir melhor,preciso deixar de passar um tempo com eles,porque aquela depressão toda acaba comigo. Sou uma verdadeira esponja. (N/A: no começo não entendi nada desse negocio da esponja,mas quando eu entendi,achei muito profundo).

Saio dirigindo sem pensar em nada,até me dar conta de que errei o caminho. Estou indo para o centro da cidade,talvez seja mesmo o melhor a fazer,não estou com vontade de ficar sozinho está noite,mas também não estou querendo companhia. Isso não está claro em minha cabeça.

I'm Here -𝓑𝓮𝓪𝓾𝓼𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora