4- Livros

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Logo quando Penélope falou sobre a vaga de babá para Louise a loira ficou extremamente animada com a ideia de cuidar de uma bebê. Porém essa animação diminuiu um pouco ao descobrir que o pai da menina era solteiro e moravam apenas ele e a bebê.

Louise considerou em negar o pedido da amigas mas como ele não consegue dizer não a Penélope e nem a ideia de cuidar de um bebê. Deixou seu meu de lado e resolveu mergulhar fundo nessa oportunidade, já que a amiga a tranquilizou dizendo que ele mal ficava em casa durante a semana.

Quando Penélope ligou para ela avisando sobre a decisão do doutor Spencer Reid a jovem não conseguiu dormir direito, a ansiedade era bem maior.

Já na cafeteria Louise se surpreendeu um pouquinho ao vê-lo. Ele era um homem entre 30-35 anos, alto, cabelos castanho em um corte que com toda certeza valorizava o rosto dele, os olhos castanho esverdeados eram lindos.

Tirando o fato de ter muitas olheiras, por razões óbvias, ele é definitivamente um homem bonito. Louise de início ficou um pouco nervosa principalmente por ser somente ele e ela, e também porque não sabia muito sobre o que deveria falar.

No prédio dele ela aproveitou para analizar cada detalhe, não que tivesse muitos. Na verdade esse era uma forma para ela conter o nervosismo, o que ajudou bastante foi saber que Penélope estava no apartamento dele e que não seria somente os dois e a bebê.

Depois de saírem o elevador Spencer a guiou até o apartamento dele e assim que ele abriu a porta ficou completamente maravilhada. Mesmo na porta era possível ver livros, muitos livros, uma infinidade de livros, alguns estavam em pilhas no chão e outros em prateleiras na parede.

O apartamento aos olhos dela era clássico, em tons de madeira e também tinha alguns brinquedos espalhados pelo chão e também um carrinho preto básico no canto da sala.

- Seu pai chegou princesinha.- A voz da Garcia fez com que Louise desse um pequeno sorrio.

Logo a loira entrou no campo de caso dos dois com um a pequena bebê em seus braços. Quase que em automático Louise foi até ela sorrindo abertamente ao ver o delicado rostinho da filha do doutor Reid.

- Ela é linda Pen.- Louise fala totalmente hipnotizada pelos traços delicados do rosto da pequena Sophia.

- É sim, quer pegá-la?- Penélope pergunta para Louise que rapidamente concorda.

Delicadamente Garcia passa a bebê para os braços da Louise que a pega com o maior cuidado. Assim que ela pegou a bebê a pequena abriu os olhos, revelando uma cor meio esverdeada.

- Então gênio, o que decidiu?- Ouvindo isso Louise se afastou um pouco dos dois que estavam próximos a porta para deixar os dois conversar melhor.

Louise estava simplesmente encantada com a bebê não conseguia parar de admirar aqueles olhinhos brilhantes.

- Lou querida.- Ao ouvir a amiga Louise se vira na direção dos dois. Penelope a olhava com uma expressão extremamente feliz enquanto o doutor Spencer possuía uma expressão neutra.- Adivinha? Você vai cuidar dessa princesinha.

- Sério? A meu Deus.- Louise sorri abertamente para a amiga sem disfarçar a alegria.- Muito obrigada senhor Reid.

Spencer apenas dá um leve sorriso o que causa um arrepio na loira que apenas desvia o olhar.

- Bom docinhos agora que está tudo bem a tia Penélope tem que ir trabalhar.- Penélope diz indo até a amiga dando um beijo na pequena bochecha da bebê.- Titia volta amanhã tá bom benzinho? Você vai amar a tia Louise, ela é um amorzinho.

Com isso a amiga colorida de ambos vai embora, deixando os dois sozinhos em um silêncio constrangedor.

- Vamos aproveitar que a Sophia está dormindo e conversar sobre seu pagamento.- A loira analisa cada passo do doutor que agora vinha na direção dela o que a fez dar um passo para trás.- Está tudo bem?

- Está sim senhor Reid.- Ela força um sorriso e entrega a bebê para ele.

- Vou colocá-la no berço, volto em um menos de um minuto.

Ela apenas concorda e cruza os braços na área da barriga enquanto a alisa melhor o apartamento, que diga-se de passagem estava uma bagunça. A sala realmente é espaçosa, mesmo com as quatro prateleiras de livros, um sófa grande e o outro médio na cor creme que faziam um lindo contraste com os móveis em um tom de madeira escura.

- Voltei.- Ao ouvir a voz dele Louise se vira para direção da voz.- Precisamos conversar sobre seu salário.

- Doe para alguma instituição de caridade, como eu disse, amo crianças.- Ela responde calmamente indo até o sofá aonde senta ainda mantendo o contato visual com o mais velho.- E como a Penélope é minha amiga...

- Eu realmente não me sentiria confortável com isso.- Ele responde vindo até ela se sentando a centímetros de distância o que fez o coração dela acelerar.

- Senhor Reid...- Antes que ela pudesse continuar ela a corta.

- Pode me chamar apenas de Reid, senhor é demais, afinal vai passar o dia na minha casa.- Com essa afirmação a loira sente as bochechas corarem fazendo com que ela desviasse o olhar.- Isso costuma acontecer com frequência?

- O que?- Louise pergunta voltando sua atenção para os olhos castanho esverdeado dele.

- Suas bochechas.- Spencer diz apontando para o rosto dela.- Chega a ser adorável...

- Obrigada...eu acho.- A loira diz, colocando o cabelo atrás da orelha em uma tentativa falha de conter o nervosismo. Querendo ou não aquele homem era atraente, extremamente atraente.

- Vem vou te mostrar a casa, não que seja muito grande a ponto de você se perder.

- Você ficaria surpreso com a minha capacidade de se perder.- Ela diz sorrindo, na intensão de suavizar o clima.

- Já eu não tenho esse problema, sou eu que sempre faço o perfil geográfico nos casos.

- Nossa isso deve ser incrível, você viaja bastante né?

- Mais do que eu gostaria para ser bem sincero. Na verdade eu não me importava muito mas agora com a Sophia é diferente...

- Entendo...posso perguntar uma coisa?- Louise pergunta com um fio de receio na voz.

- Fique a vontade senhorita Mountbatten.

- Só Louise por favor.- Ela diz olhando fixamente nos olhos dele.- E a mãe dela?

- A 60 centímetros abaixo do solo.- Spencer responde com frieza enquanto a chama com os dedos.- Vem.

Louise levanta calmamente do sofá e vai até ele que a guia até o corredor, abrindo a primeira porta.

- Aqui é meu escritório, digamos assim.- Era provavelmente um quarto, que ele transformou em uma biblioteca barra escritório.

O padrão dos móveis continuavam o mesmo dos da sala, móveis em madeira escura. No centro havia uma mesa completamente bagunçada, cheia de papéis e pastas, e uma parede completamente repleta de livros. Sonho de consumo, pensou Louise.

- Quantos livros você tem?- Pergunta completamente hipnotizada com a variedade de opções literárias.

- Nem são tantos assim, pretendo comprar mais até o final do ano. Ao total tem 678, alguns aqui, outros na sala e alguns espalhados pelo meu quarto.- Ele diz simples, como se ter essa quantidade de livros não fosse algo demais.

- Você já leu tudinho?- A jovem pergunta com uma certa curiosidade na voz.

- Já sim e muitos mais.- Spencer responde, com um certo orgulho.

- Isso é incrível, eu nunca conheci ninguém que tenha lido tanto assim.

Spencer apenas sorri um pouco envergonhado e encosta na batente da porta, ambos ficaram se encarando em um completo silêncio sem saber bem o que falar.

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Meu Agente Onde histórias criam vida. Descubra agora