Se divertindo - 1

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Ao entrar na casa notei que estava tudo da mesma forma, nada mudou desde a morte do meu pai...as lembranças insistiam em aparecer e me fazer sorrir por alguns momentos. Até meu olhos ficarem marejados.

— Yibo você tá bem? - Lu perguntou notando minha tristeza.

— Sim, essa casa me faz lembrar muito do meu pai. Ele adorava passar os finais de semana e festas nesse lugar - respondi olhando tudo.

— Onde quer que ele esteja, está te protegendo e muito orgulhoso de você - ela disse apoiando sua mão no meu ombro.

— Obrigado - sorri a olhando.

— Bom eu já vou indo, mais tarde eu volto - Qing disse se despedindo.

— Quando você voltar vamos nadar no lago, faz tempo que eu tô querendo fazer isso - falei a olhando animado.

— Pode deixar - ela disse me dando um beijo no rosto e foi embora.

— Realmente ela me parece ser bem legal - Lu falou me olhando.

— Vem, você ainda precisa escolher seu quarto - eu falei indo em direção ao corredor dos quartos.

— Eu vou dormir no mesmo quarto que você, assim podemos conversar a noite toda! - ela disse toda empolgada.

— Perfeito - falei rindo com a empolgação dela.

Entramos no meu quarto e vejo que está do mesmo jeito que eu deixei, estava olhando em volta até bater o olho num porta retrato onde meu pai e eu estávamos abraçados. Minha mãe que tirou essa foto no dia do meu aniversário.

Peguei o mesmo e meio que o abracei sentindo falta dele, ele sempre me dizia que o que mais importava pra ele era a minha felicidade, pois se eu estava feliz, ele também estaria.

— Você quer conversar? - Lu me tirou dos meus pensamentos.

— Meu pai... - fiz uma pausa antes de continuar — Ele morreu num acidente de carro, ele estava indo trabalhar. Quando ele estava quase chegando um motorista bêbado acabou batendo o carro dele no do meu pai, disseram que ele morreu na mesma hora do impacto - contei a ela já chorando.

— Eu sinto muito pelo seu pai, essas pessoas não tem noção do que elas causam quando estão bêbadas, e quando percebem já é tarde demais. Mas apesar de tudo seu pai não ia querer te ver assim triste, olha como vocês estão sorridentes nessa foto. É exatamente assim que ele quer te ver, com o tempo a dor passa e temos que nos apegar as lembranças - ela falou com a voz calma e me olhava.

— Eu nunca conversei sobre meu pai, até agora - falei a olhando.

— Agora vamos parar de tristeza e aproveitar o dia, não quero ver mais nenhuma lágrima saindo desses olhos - ela disse secando minhas lágrimas.

— Se surpreenderia comigo, eu pareço um bebê de tanto que eu choro - falei e nós rimos.

— Espero que um dia confie em mim o bastante para me contar o que te faz tão triste, principalmente sobre aquilo que deixaram no seu pescoço - ela falou me olhando seria.

— Yibo - ouvi a voz do monstro e acabei me assustando.

— que é? - falei na grosseria.

— Sua mãe falou para você mostrar a casa pra sua amiga - ele falou meio cabisbaixo.

— Eu já ia fazer isso! - respondi revirando os olhos e ele saiu.

— Por que trata o seu tio desse jeito? Que dizer não precisa fingir na minha frente que vocês tem um caso! - ela falou com um olhar malicioso.

— Eu não tenho um caso com aquele monstro, muito pelo contrário. Eu o odeio com todas as minhas forças a presença dele me faz mal - falei sentindo uma raiva crescendo.

—  Eu juro que não te entendo - ela disse guardando a mala dela.

— Mais um dia vai me entender e quando esse dia chegar, vai odia-lo tanto quanto eu - falei a olhando. Ela ficou preocupada.

Guardamos nossas coisas perto da minha cama, troquei de roupa para uma mais confortável e que eu possa usar para nadar no lago.

A Lu também se arrumou e colocou um vestido mais soltinho e prendeu o cabelo num coque, limpou a maquiagem pra que não borrace na água e fomos almoçar.

— Hum, o cheiro está muito bom - ela falou sentindo o aroma da comida.

— Espero que goste, é uma das minhas especialidades - minha mãe falou arrumando a mesa para comermos.

— Onde está o Yizhou? - perguntei não vendo ele, ele sempre está por perto na hora da comida.

— Disse que foi dar uma volta, não estava se sentindo bem - minha mãe respondeu.

— Uffa, isso significa que teremos paz no almoço! - falei me sentindo aliviado.

— Filho, eu não entendo por que você trata o seu tio desse jeito. O que ele fez pra você? - minha mãe me perguntou me olhando seria.

* Muitas coisas mamãe, me assediou, ameaçou, beijou, tentou me estuprar. Ele me faz muito mal mamãe*, pensei.

— Não gosto dele, só isso - respondi me sentando para comer.

— Como não gosta do seu tio Yibo, vocês se davam tão bem...era até bonito de se ver - ela falou se sentando pra comer também.

— Antes eu era uma criança, não tinha muita noção das coisas. O tempo passa e as pessoas mudam - eu respondi e ela me olhou com repreensão.

— A comida está maravilhosa senhora - Lu falou depois da primeira garfada.

— Ah obrigada, não salguei demais? - falou preocupada.

— Imagina, tá divino - respondeu.

— Espere até ver a sobremesa que ela fez - eu falei entusiasmado.

— Vocês estão querendo me engordar - ela falou e nós rimos.

Nós conversamos sobre diversas coisas, graças a Deus minha mãe não é do tipo que fica perguntando se eu já tenho namorada. Além de achar isso constrangedor eu fico sem graça com essas perguntas.

Depois do almoço esperamos a comida baixar para podermos ir nadar no lago, o monstro havia chegado e foi comer. Lu e eu ficamos jogando conversa fora até a Qing chegar.

Continua. 💜

Desculpa pelos erros.

CONSEQUÊNCIA DE UM AMOR ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora