Guardei meus sonhos em uma gaveta fechada
E ali permaneci calada.
Disse: assim não rirão de mim mais.
Me deixarão em paz!
Não caçoarão dos meus passos desastrosos,
dos meus medos vergonhosos.
Não queria mais "ser forte",
Nem "me superar".
Queria apenas estar viva,
talvez um dia me casar.
Cuidar de meus filhos com carinho,
Mesmo sem tanto no bolso.
Mas espere um pouco, um momento,
relendo o antigo verso,
percebi que era um sonho
ter tudo e nada ao mesmo tempo.
Tudo: a paz, a família,
não querer dormir sozinha.
E entendi que a razão da vida humana
é ter em si sempre picos de esperança
projetar toda uma dança
sem ao menos ter uma música, ou o aparelho de som
porque isso que é o "bom":
se arriscar e tentar.
Falhar, rir, chorar.
E ter sempre à mesa
A chave da gaveta.
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Furacão em Poesias
PoetryA seguir, você irá perceber que não há uma linearidade nas produções poéticas e que nem toda poesia é de amor. Serão poemas escritos em qualquer lugar, em qualquer circunstância... carregando o peso de lágrimas ardentes e que ferem talvez quem ler...
