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Não conheço, pessoalmente, o melhor amigo de Alyssa, não muito além do que ela me diz, e isso é o suficiente para eu não ter nenhuma simpatia por ele

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Não conheço, pessoalmente, o melhor amigo de Alyssa, não muito além do que ela me diz, e isso é o suficiente para eu não ter nenhuma simpatia por ele. Eu não entendo como ela se apaixonou por ele, ou mesmo como eles são amigos. O cara é o típico de fraternidade, o maior idiota e ignorante para a loira sempre olhando para ele como se fosse o ser mais incrível.

Não faz sentido que Burnham tenha crescido perto de Alyssa e ela seja quem se apaixonou, assim como não faz sentido que isso a deixe insegura e se questionando por causa dele. Ou qualquer outro cara, por falar nisso.

— Vamos pegar um café para tentar deixá-la o mais sóbria que pudermos antes de você cair no sono, ou você vai acordar com a pior ressaca amanhã — chamo batendo a ponta do meu dedo indicador em sua coxa.

— Não! — Ela cruza os braços, fazendo beicinho como uma criança. — Eu quero ficar e beber mais — diz esfregando as mãos nas bochechas para secar as lágrimas que estavam escorrendo por elas antes.

Claro que ela quer.

De pé, paro aos pés da cama e olho para ela com a cabeça inclinada no ombro.

— Você acabou de beber meia garrafa de vodka, acho que devemos encerrar a noite. Além disso, esta festa está chata, de qualquer maneira. — Aceno para a porta. — Vamos.

— Estou com fome — ela reclama, rastejando até se sentar na beira da cama para calçar os sapatos.

— Vou pegar algo para você comer — prometo com uma risada, estendendo minha mão para ela pegar.

— Um donut? — James pergunta se levantando com a minha ajuda, seus olhos brilhando para mim. Ela arrasta a língua ao longo dos lábios antes de soltar um gemido, fechando os olhos enquanto pensa no doce. Isso é tortura. — Não, vários donuts. Eu poderia comer, tipo, cinquenta agora.

Eu rio saindo do quarto ao lado dela.

— Tudo bem. Vou te dar quantos donuts você quiser.

Depois de um Uber nos deixar no Dunkin' aberto mais próximo e eu assistir ela comer tantos donuts quanto havia dito que iria, levei Alyssa para a casa e voltei para a minha mais cedo do que havia planejado, e sem companhia, mas aliviado em saber que ela estava bem.

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Eu passei o domingo estudando para as aulas que estava com matérias atrasadas e por fim chequei alguns e-mails, me surpreendendo com um do recrutador dos Buckeyes da Universidade de Ohio pedindo para me encontrar no dia seguinte. Mesmo sem pretensão alguma de sair da Geórgia, eu resolvo aceitar o convite para ouvi-lo.

Ainda que esteja sol, a manhã de segunda-feira está gelada e eu preciso de mais algumas camadas de roupa para me proteger do frio. Alyssa, entretanto, parece ter acabado de sair de um filme clichê de Natal.

— Não sabia que ia nevar hoje — brinco apontando para o gorro em sua cabeça.

Ela para no meio do caminho com as mãos na cintura e inclina a cabeça fazendo uma careta para mim.

— Há-há — faz o som da risada com a expressão séria no rosto. — O que você está fazendo aqui? Não deveria estar na aula? — Questiona após olhar no relógio em seu pulso e perceber que já passou das nove.

Desencosto do capo do meu carro e ando até a porta do carona, abrindo antes de levar o braço na direção do banco, indicando para ela entrar.

Alyssa dá mais alguns passos e se aproxima de mim com as sobrancelhas arqueadas.

— Eu posso perder um dia de aula — explico. — E eu não me esqueci que hoje é o grande dia — sorrio apontando para seu punho engessado. — Quero fazer as honras de te levar ao hospital.

Vejo um sorriso tímido no rosto da James dar lugar a expressão repleta de ousadia de antes. É incrível como ela pode mudar para o completo oposto dentro de segundos.

Pela maneira que ela está balançando a cabeça de um lado para o outro, eu sei exatamente o que ela vai dizer.

— Antes que você diga "não precisa", — insisto — acho que você já me conheceu o bastante para saber que não vou aceitar. E... eu tenho algo para fazer na região, Saint Mary's está no meu caminho.

Seu sorriso abre mostrando os dentes perfeitamente alinhados da loira.

— Eu não ia dizer nada — dá de ombros parando entre o carro e a porta onde estou com o braço apoiado. — Já estou começando a me acostumar, não estranhe quando eu te ligar de madrugada para me buscar bêbada em alguma festa.

Ela finalmente entra sentando no banco do carona e eu fecho a porta com um riso.

— Então, — começa enquanto colocamos os cintos de segurança — o que você vai fazer perto do hospital?

Mordo o meu lábio inferior aproveitando que estou olhando por cima do meu ombro para o retrovisor para sair da vaga, ganhando tempo para formar uma resposta.

Não é um grande segredo, mas eu não contei para Luke ou Isaiah e isso é algo que eu prefiro fazer sozinho, sem ninguém para julgar minha decisão.

— Eu sou curiosa demais, foi mal — pede com um riso pelo nariz.

— Ah, relaxa, — asseguro esperando acalmar o seu sorriso sem graça — só vou encontrar um amigo que está passando pela cidade — minto.

Alyssa desceu do carro na frente do hospital com a mesma animação de uma garotinha no primeiro de aula e, vendo sua dificuldade para fazer qualquer coisa nas últimas semanas, me contagiou diminuindo até a minha ansiedade para a reunião que estava a caminho.

— Fitzgerald! — Um dos senhores na mesa que o garçom me mostrou se levanta com a mão estendida para mim. — Frank Saunders.

— Olá. — Aperto sua mão em um cumprimento. — O senhor que entrou em contato comigo, certo? — Ele concorda com a cabeça.

FAKING ITOnde histórias criam vida. Descubra agora