Oi, gente. Primeiramente gostaria de agradecer antes de um outro capitulo. Estou imensamente feliz por todos os comentários. Ainda são poucas pessoas comentando e votando, mas para mim faz uma diferença enorme. Sou grata por todas essas pessoas que não desistiram de mim.
Dereck Storme
Dereck estendeu a mão para puxa-la de encontro com seu corpo quando seus pés elegantemente calçados por seu mule nude pisaram no asfalto do aeroporto. Ela virou-se em sua direção com um sorriso tão bonito e gigantesco que Dereck se sentiu um filha da puta sortudo por estar ao seu lado. E em toda sua vida, nunca havia feito nada para merecer um presente tão maravilhoso como Melissa.
— Você está brincando, certo?
Demorou a se dar conta de que seus lindos olhos estavam no Lamborghini veneno cinza estacionado a poucos metros de distância, atrás estava uma Mercedes preta com Roman atrás do volante e alguns soldados selecionados para fazerem sua segurança. Dereck não sabia se Melissa não havia se dado conta ou simplesmente escolhera ignorar, não dando atenção ao fato. Acreditava na primeira opção. Melissa não parecia ser do tipo que deixava algo passar em branco, embora não fosse burra para não ter realmente percebido cinco caras de terno os seguindo desde o aeroporto de Boston. Os seguranças haviam ocupado um outro cômodo, entretanto, assim haviam dividido o mesmo avião.
Sorriu convencido, conduzindo-a para o banco do passageiro.
— O que?
— Você acha que precisava ficar ostentando tanto?
Dereck deu de ombros. A ideia nem era mesmo ficar ostentando. Mesmo que sua vida fosse resumida a luxos e confortos, Dereck sempre havia optado por ficar neutro, apesar de dirigir ranger rover e ducati não era bem o exemplo de se manter neutro. Entretanto, na medida do possível.
— Pode ter certeza de que uma Lamborghini vai ser como um carro popular para onde vamos. — respondeu, sentando-se no banco do motorista.
— E onde vamos?
— South Beach. Uma das melhores praias de Miami. Vamos ficar hospedados no Four Seasons e podemos tomar café por lá mesmo ou podemos ir ao Lilikoi. Os dois são incríveis, você pode escolher.
— Você já esteve em Miami antes?
— Sim, uma vez. Primazia fechou um projeto de um pub em Orlando a uns dez anos. Eu estava começando e foi um dos meus primeiros projetos.
Deu um sorriso torto com a lembrança. Obvio que um de seus primeiro projetos era um dos maiores e melhores pub de Miami. Se havia algo que tinha certeza, era que havia nascido para comandar e ser engenheiro, embora, depois que virara presidente da empresa, não havia conseguido pegar nenhum projeto para poder chamar de seu. Entretanto, não queria dizer que não dava palpite a todo momento nos projetos de outros funcionários da empresa. Não que fosse uma obrigação, mas era o único jeito que havia arrumado para conseguir se manter sempre por perto.
— Quais outros lugares você conhece?
— Eu acho que conheço praticamente todos. — Desviou rapidamente a atenção da estrada para olha-la. — Nunca fui ao Brasil, mas também não tenho negócios por lá, por enquanto. E eu nunca consigo viajar por lazer.
— É sua primeira viagem por lazer? — Sorriu, descontraída.
Dereck retribuiu o seu sorriso. Estava tendo tantas primeiras vezes com Melissa que ela ficaria chocada se descobrisse. Porra, até mesmo ele estava. Seu celular em seu bolso vibrou pela milésima vez no dia. E Dereck não precisava ser um gênio para saber de que se tratava de Chloe ou Enzo. Não havia ficado nenhum pouco surpreso por Chloe ter recusado sair da cobertura quando Dereck deu a ordem a Enzo de retira-la de lá. E apesar de saber de que a mulher merecia uma conversa antes, não estava com nenhuma paciência para lidar com ela no momento. Ela havia se infiltrado sem nenhum convite, que saísse da mesma forma.
— E você já esteve em Miami? — Perguntou, decidindo sair do rumo de seus pensamentos, focando em algo muito mais importante no momento. Melissa.
— Não. Meus pais me levaram a Disney no meu aniversário de doze anos, e então, fiz um intercambio para Boston com dezesseis. Tecnicamente, esta é minha primeira viagem a lazer também. — Piscou um olho, com seu sorriso maravilhoso.
— Eu comprei seus dois quadros na exposição de seu amigo.
A revelação o pegou tanto de surpresa quanto pareceu atingir Melissa. Ela o olhou por demorados segundos - que parecia minutos, prendendo seu lábio inferior nos dentes, mas não demonstrando muita expressão. Já Dereck parecia completamente confuso pelas palavras terem saído de sua boca no automático. Manobrou o carro para estacionar no meio fio do hotel e fazendo um mínimo sinal para o manobrista esperar, virou-se no banco para olha-la.
— Você precisa falar alguma coisa, bebê.
— Tipo o que? — Ela franziu a testa. — Eu estava com medo de que o cara que tivesse comprado-os fosse um velho tarado e feio, mas estou feliz que pelo menos é você que está olhando para eles e batendo uma punheta. Bem, você ainda é velho, mas não é nenhum tarado e feio.
Dereck jogou a cabeça para trás e explodiu em uma gargalha tão profunda que chegou a doer sua garganta. A garota era simplesmente maravilhosa. Puxando-a de encontro com seu corpo, beijou sua boca, mordendo seus lábios e chupando-os em seguida. Não importava o quanto que tivesse dela, sempre ia parecer pouco.
— Se estiver interessado fiz um outro ensaio a Jack na semana retrasada. — Dereck sorriu contra seus lábios. — O que? Estamos precisando de dinheiro e sei que você tem bastante. — Se afastou com um ar inocente. — Só que esse ensaio ficou mais ousado, então, você vai ter que fazer algumas horas extra no serviço para conseguir paga-lo.
— Quão ousado? — Estreitou os olhos, ignorando suas brincadeiras, o ciúmes avançando seus sinais.
O sentimento ainda era bem desconhecido para já saber como lidar.
— Do tipo que posso começar a implorar para você comprar para não cair nas mãos de um velho tarado e feio. — Ela estremeceu. — Eu tenho calafrios somente de imaginar o quão nojento pode ser.
Dereck revirou os olhos, abrindo a porta para sair do carro. A ideia de Melissa estar posando praticamente nua para conseguir dinheiro não o agradou nem um pouco, entretanto, a ideia de seus quadros poderiam estar iluminando a casa de algum tarado pervertido bem menos. Na verdade, a ideia o desagradou tanto que poderia estar enxergando tudo vermelho em questão de segundos. Melissa era tão sua que seu rosto bonito e seu corpo esbelto não ficaria pendurados em quadros na parede de ninguém além da sua.
— Pode ter certeza de que eu vou.
Melissa parecia alheia a todas as sensações que havia acabado de atirar sobre ele, enquanto descia do carro com um sorriso maior que seu rosto poderia suportar. Ela caminhou para o lado de Dereck e sorriu simpática para o manobrista - que parecia tão petrificado com a garota quanto com o carro que estava preste a ter a oportunidade de dirigir. Lhe entregando a chave, Dereck lhe deu uma advertência com o olhar quando os olhos do garoto - que não parecia ter mais do que vinte e dois anos - demoraram por tempo demais em Melissa. Não poderia o culpar, a garota estava simplesmente maravilhosa com um sorriso tão bonito. Roman e Ivan desceram do carro no mesmo momento em que Melissa entrelaçou seus dedos nos dedos dele, enquanto começavam a caminhar para dentro do hotel. Dereck não tentou deixar o tanto parecia certo seus dedos estarem tão alinhados aos dedo dela. O quão íntimo parecia. Claro que já havia andado de mãos dadas com Melissa e aquele gesto era o de menos perto de todas as outras demonstração de afeto, e embora sempre cuidasse para não os fazer em público, era impossível de evitar que seus soldados não vejam. Andar de mãos dadas, beija-la e viajar ao seu lado era quase que anunciar para a máfia que estava envolvido com uma mulher. Era por aquele motivo que com Chloe o envolvimento todo não passava das paredes de sua cobertura. Algumas vezes, dava-a a oportunidade de o acompanhar em alguns eventos. Entretanto, seu relacionamento com Chloe não havia passado de desejos carnais enquanto tentava buscar um meio de fazer um ótimo negócio para a máfia casando-se com ela. Bem, não deveria se importar tanto com a opinião da máfia, nem mesmo que seus soldados pudessem vê-lo baixando a guarda para uma mulher. O conselho e as malditas tradições da máfia que fossem para o inferno, não iam mesmo ficar lhe dizendo o que deveria ou não fazer. E seus soldados sabiam de cor que não poderia falar nada sobre o que o chefe fazia. Tecnicamente, não tinha nenhum problema com que lidar no momento. Entretanto, se assumir Melissa ao mundo era uma prova de mostrar quem mandava, faria sem se importar com as consequências. Não que já não estivesse cuidando de todas as situação. Se algum inimigo descobrisse que estava envolvido com alguém, seria como colocar um alvo em suas costas.