Chapter XXX

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Os raios de sol batiam contra o rosto de Scorpius, indicando que já era hora de acordar, mas ele não precisava de incentivo para aquilo. Espreguiçando-se na cama, estranhou quando não encontrou nenhum corpo junto ao dele.

-Rose? – Ele chamou, estranhando não ter tido uma resposta. Ele teria dormido tanto assim?

Se espreguiçando mais uma vez, Scorpius vestiu suas calças do pijama e foi até o seu quarto tomando uma ducha rápida e escovando os dentes – não querendo dar muita pinta caso seus pais por um acaso já tivessem voltado, mas ao descer para o primeiro andar apenas encontrou o silêncio, com Albus jogado no sofá da sala assistindo um programa duvidoso de caça ao pé grande.

Não que Scorpius duvidasse da existência deles, mas um programa onde a equipe passava apenas três noites no local não passava a mesma credibilidade de uma que se infiltrava na floresta por semanas.

-Até que enfim a Bela Adormecida acordou! – Albus chamou alto do sofá.

-Meus pais já chegaram?

-Não que eu saiba.

-E Rose? Está por aqui?

-Senhor Scorpius, a senhora Rose precisou ir embora algumas horas atrás. – Twinky, a elfa doméstica apareceu, passando o recado. – Aconteceu um problema em sua família e pediram para que ela fosse para casa.

-Alguma coisa grave?

-Alguma coisa com a avó materna dela, mas não passaram mais detalhes.

Se tinha acontecido alguma coisa mesmo, ela também não teria tempo para responder uma carta. O jeito era esperar até o dia seguinte para se encontrarem no trem para saber se ela estava bem.

-Realmente está interessado no Pé Grande? – Scorpius questionou o moreno, sentando-se ao lado dele.

-Você está bem ao meu lado e eu não estou questionando a sua existência. – Albus fez uma piada, apontando para os pés de Scorpius, recebendo uma almofada no rosto. – Ai!

-Está melhor?

-Acho que sim, mas queria saber a procedência das poções que vocês me deram ontem.

-Elas não fizeram efeito?

-Ah, se fizeram! Fizeram até demais! Teve uma hora que comecei a ter alucinações, e isso provavelmente deve ter sido pela procedência.

-Ficou chapado, Al?

-Eu não vi nada, mas aqueles gritos e gemidos vindos do quarto da frente só podem ter sido fruto da minha imaginação de quanto caí da vassoura, porque.... – Albus viu o rosto de Scorpius, meio vermelho e risonho. – Não, porra! Perdeu a sua virgindade?

Scorpius balançou a cabeça, encolhendo-se no sofá, preparado para a hora da fofoca.

-E como foi? – Albus não dava a mínima se era sua prima ou não, estava genuinamente curioso devido a todo o histórico romântico do amigo.

-Se eu mentir você vai se importar?

-Eu não vou acreditar, esqueceu que ouvi?

-Foi bom, muito bom. Melhor do que eu imaginava.

-Ela não reclamou do seu tamanho?

A culpa não era de Albus se os chuveiros dos vestiários eram quase abertos, fora que os garotos no dormitório não tinham vergonha de ficar de cueca na frente um do outro!

Mas Scorpius se absteve de responder aquela pergunta, somente dando um sorriso de lado.

-Quer mesmo saber isso sobre a sua prima?

Veela, Scorpius?Onde histórias criam vida. Descubra agora