capitulo único

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Eu sabia que tinha que acabar com ele, porem eu não conseguia criar coragem suficiente para isso.

Como matar a pessoa por quem você acabou por se apaixonar?

Eu sempre fui avisado por vários amigos que ele era perigoso, fora de controle, talvez até sádico. Eu apenas ignorei.

Como realmente alguém que passa o dia a pintar quadros e é obcecado por alquimia poderia ser assim tão "má" pessoa?

Eu lembro-me do dia em que eu o conheci. Finalmente havia criado coragem para falar com ele.

Já conhecia praticamente mondstadt inteira, porem havia um certo alquimista que eu ainda não havia trocado palavras.

Klee sempre falava dele e de como o seu irmão mais velho era incrível no que fazia. O mesmo era com Sucrose, que quando raramente aparecia na cidade era em busca de alguma coisa que o tal precisava.

Mas, no outro lado da moeda, havia Rosaria, Diluc e outros que me avisavam o quão ele poderia ser "suspeito". Jean fazia questão de afirmar o quanto ele era um génio e exatamente por isso que tinha medo.

Um génio, pode ser um génio para qualquer situação, não apenas para ao bem.

Foi após todos esses boatos que decidi ir atrás por mim mesmo.

Paimon ficou ansiosa. Se tem uma coisa que temos ambos em comum é o facto de sermos ambos extremamente curiosos. Bom, pelo menos eu sei disfarçar.

Chegar até onde ele estava não foi um desafio, não vou mentir, eu uma vez ouvi sucrose comentando com a Klee que ela não poderia aparecer em Dragonspine, pois Albedo estaria a trabalhar. Após isso foi fácil localizar o seu espaço.

Da primeira vez que o vi mais de perto, ele pintava um quadro no meio da neve.

Fiquei a uma distância considerável apenas o admirando. Uma coisa havia de ser dita, este alquimista tem um charme que capta a atenção de todos. Eu poderia facilmente ficar aqui o olhando pintar durante dias ou até semanas.

— Viajante, finalmente temos o prazer de nos conhecer. — Ele diz sem desviar o seu olhar.

Levei um susto, não sabia que ele havia reparado que eu o observava tão atentamente.

Olhei para Paimon apreensivo em me aproximar, ela, por outro lado, levantou a minha mão e saiu me puxando até ele.

Assim que chegamos realmente perto, albedo pousou o pincel e olhou-me de cima a baixo em silêncio, até que sorriu de leve.

— Você é ainda mais fascinante pessoalmente. Aether certo? — Consenti com a cabeça sentindo as minhas bochechas ficaram vermelhas. — Oque-te traz até aqui? Acredito que não tenha vindo cá apenas me observar pintar, estou correto?

-N-Na verdade eu vim o conhecer, senhor albedo!

— Me trate por Albedo apenas, temos praticamente a mesma idade. E me conhecer? Por quê?

— Ah, Klee e Sucrose falaram tão bem de você que tive que conferir com os meus olhos — Ri sem graça.

— Klee é realmente adorável não? — Ele sorriu e voltou a pegar o pincel, porem parece que pensou em algo melhor. Eu não sei se é muito cedo para lhe perguntar isto, porem... eu poderia te estudar, Aether?

— Como assim? –Paimon perguntou se aproximando de mim

— Isto irá soar estranho, porem eu já venho te estudando durante algum tempo. E eu gostaria que me auxiliasse nos meus estudos.

Destroying Albedo while i destroy myself - Albedo x AetherOnde histórias criam vida. Descubra agora