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Narrado por Sebastian

Sentia minha bochecha direta queimando e Ale andava de uma lado a outro proferindo xingamentos para mim, não tiro sua razão.

- Desculpa. – Digo me vestindo.

- Desculpa? – Ela me encara furiosa. – Você disse o nome dela, puta merda Sebastian, justo o nome dela! – Ela grita.

- Eu não percebi... – Tento me justificar. – Não foi por querer.

- Ah com certeza você queria que fosse ela com seu pau na boca! – Ea me atira um travesseiro.

Você não faz ideia de como eu queria que fosse ela, penso.

- Ale, para com isso. – Digo. – O que quer que eu faça? Volte no tempo?

- Sim, por favor. Volte um dia antes de conhecê-la. – Ela diz irônica. – Ou talvez possa voltar um dia antes de me abandonar na Espanha! – Ela cospe me atirando mais um travesseiro.

- Não te abandonei. – Justifico.

- Ir embora sem aviso prévio é abandono. – Ela diz.

- Tínhamos terminado, esperava que eu continuasse morando com você? – Pergunto.

- Nós não terminamos! – Ela grita. – Você me deixou sozinha Sebastian, esse foi o seu término. – Seus olhos me fuzilam. – Me largar sozinha não é uma maneira de terminar um relacionamento, você sequer se despediu.

- Pensei que estávamos de acordo que o nosso relacionamento não era mais o mesmo.

- E estávamos! – Ela responde. – Mas sair sem uma despedida e sem colocar um ponto final não é a maneira correta de se romper.

- Tudo bem, tudo bem... – Me rendo. – Já está tarde, chega disso. – Digo repousando os travesseiros novamente na cama. – Vamos dormir.

- Você está falando sério? – Ela ri. – Temos duas questões em aberto aqui. Primeiro, você me chamou pelo nome daquela ninfeta. Segundo, você me abandonou em outro país e está agindo como se tudo estivesse normal.

- Primeiro, não a chame de ninfeta. Segundo, eu não te abandonei. Terceiro, já fazem dois anos Alejandra, dois anos, você vai mesmo querer ter essa conversa agora? – A questiono.

- Era para termos tido essa conversa se você não tivesse ido embora. – Ela responde.

Se houvesse um buraco no chão desse quarto eu com certeza me jogaria nele.

- Tudo bem, diga o que tem para dizer. – Digo me sentando na cama.

- Por que me deixou lá? – Ela pergunta.

- Você já sabe a resposta.

- “Nós terminamos” Não é a resposta. – Ela diz fazendo aspas.

- Bom... essa é a minha resposta.

- Certo. – Ela respira fundo. – E a ninfeta, perdão... Lizzie, ela é tão boa assim? – Pergunta irônica.

- Mais do que você imagina. – Digo sem a encarar.

- Está mentindo. – Ela diz rindo. – Eu te conheço mais do que ninguém.

- Te garanto que ela é ótima. – Retruco.

- Ah eu não estou duvidando das habilidades sexuais dela, só estou dizendo que vocês não transaram. – Ela dá de ombros.

- O quê? – A questiono.

- Vocês não transaram. – Ela repete pausadamente. – Tenho certeza disto.

- Não importa. – A corto.

- Está tão afetado por uma garota que você sequer provou? – Ela dispara. – Sabe que ela é só uma criança, não é mesmo?

- Ela não é uma criança. – Respondo ríspido.

- Ao menos sabe quantos anos ela tem? – A deixo sem resposta. – E ela, sabe quantos você tem?

- Isso não é da sua conta. – Digo a fazendo rir.

- Puta merda Seb, você nem a conhece. – Ela diz. – Mas eu posso te ajudar...

- Não preciso da sua ajuda. – A corto.

- De qualquer forma irei dar minha opinião. – Ela começa a sessão de tortura. – Ela me parece ser bem difícil, mas o jeito que vocês estavam se olhando no elevador... Eu não sei, talvez ela se renda fácil para você.

- Eu realmente não quero ter essa conversa com você. – Digo.

- Você não me quer como noiva, não me quer como amiga... O que você quer afinal? Uma boneca de sexo? – Ela questiona.

- Amiga? Sério? – Rio. – Você tentou acabar comigo e com a Lis e agora quer ser minha amiga?

- Melhor do que nada. – Ela da de ombros. – Éramos amigos antes de namorarmos.

- São situações diferentes. – A respondo. – Não preciso dos seus conselhos para lidar com a Lis, preciso que você fique longe.

- Eu voei da Espanha até aqui Sebastian, você vai me aguentar por pelo menos uma semana. – Ela retruca. – Mas sinceramente, acho que vai ser difícil conseguir leva-la para cama, eu sinto isso.

- Alejandra chega. – Digo. – Não quero vê-la falando da Lis como se ela fosse um pedaço de carne.

- Céus, como você é chato. – Ela diz revirando os olhos. – Sóestou dizendo que posso te ajudar a conquistá-la, certo? Eu sou mulher, sei como quero que um homem me trate para me levar para a cama.

- Eu mal te olhei a noite toda, tive um momento com a Lis mais cedo e mesmo assim você me chupou. – Respondo. – Acho que com ela não funciona assim.

- Eu estava com saudades, ok? Não me menospreze por isso. – Ela diz brava. – Me diga, você foi um amor de pessoa com ela esse tempo todo e mesmo assim ela não se rendeu, como pode ter certeza de que isso não irá funcionar?

- Porque eu a conheço.

- Não conhece não.

- Você continua insuportável. – Digo.

- E você continua careta. – Ela retruca e rimos. – Vou fazer o meu check in. – Ela diz se levantando.

- Cansou de me bater? – Digo rindo.

- Muito pelo contrário, se eu ficar aqui mais um minuto vou tentar te matar. – Ela responde gargalhando. – Que tal uma trégua? – Ale diz antes de sair do quarto.

- Dizem que milagres acontecem no Natal mesmo.

- Boa noite, otário. – Ela diz fechando a porta.

A noite foi longa, e talvez esse momento tenha sido um dos melhores da mesma, não mais do que sentir a Lis de perto naquele elevador. Alejandra estava certa sobre a Espanha, eu realmente a deixei lá sem dizer um mísero adeus, mas ela tem de se colocar em meu lugar e ver que estávamos vivendo um inferno de relacionamento. De qualquer maneira se ela estiver falando a verdade a respeito dessa trégua, será ótimo para ambos.

Narrado por Lis

Meu desejo é sumir desse lugar o mais rápido possível. As sensações que Sebastian me causa são inexplicáveis, ao mesmo tempo em que sinto raiva ao vê-lo com Ale, me sinto em êxtase quando ele me toca. Ugh!
A história tem sempre duas versões.
Sua voz invade meus pensamentos. Eu não deixo de pensar no qual natural ela me pareceu falando isso. Sebastian e Erin me contaram sempre suas versões da história, não deixando que a mesma tenha como se justificar, quem sabe ela não esteja certa? E se Sebastian realmente a quiser? São tantas perguntas.
Eu me lembro de alguns amigos de Jhon me chamarem de maluca após nosso término, embora tenhamos sido discretos nisso. Quem sabe Alejandra não seja um pessoa normal tratada como maluca por conta de seu ex noivo? Afinal, Erin é mulher de Don, que pelo visto é como um irmão para Sebastian, de maneira alguma ela iria contra ele, portante talvez Alejandra esteja jogando sozinha contra três adversários.
De qualquer maneira o que ela faz aqui se eles terminaram há dois anos? Talvez ela o persiga mesmo... Mas talvez ele goste disso. Ou talvez ele tenha a chamado e se fez de desentendido para que eu não me alarmasse. São mil possibilidades.
Afasto os pensamentos para longe e me levanto. Sigo até o quarto de banho e encho a pequena banheiro que ali se encontrava. Deixo meu vestido no chão e entro na mesma. A água quente relaxa todos os músculos do meu corpo, e a espuma me impossibilita de ver o mesmo. Amarro meus cabelos em um coque frouxo e desfruto daquele momento em silêncio, era tudo o que eu precisava após esse dia. Sou despertada com o toque do celular.

Você possui 4 novas mensagens. Brilhava na tela.

“Peguei seu número com a Erin, espero que não se importe.”
“Te chamei mas você sumiu pelo corredor, está bem?”
“Pensei em você a noite toda, esperei para ficarmos a sós na festa mas isso não aconteceu. Ela é insuportável quando quer, mas acho que vai nos dar paz por enquanto.”
“A propósito sou eu, Sebastian haha”

Leio as mensagens atentamente antes de responder. Paz? Por enquanto?

“Sem problemas. Também esperei por esse momento, na verdade tive um momento a sós com a Ale, eu definitivamente não esperava por isso hahaha”
“O que significa ‘paz por enquanto'?”

Envio. Em menos de um minutos sua resposta já estava exposta na dela do aparelho.

“Pensei que estaria dormindo. Obrigada por responder”
“Ela me ofereceu uma trégua. Estranho, não é mesmo?”

Ele diz.

“Troquei o sono por um bom banho de banheira, estava precisando repor minhas energias”.
“Muito estranho, talvez seja um plano para te matar ou te sequestrar”.

Respondo.

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“Tentador demais te imaginar nessa banheira, que tal matar minha curiosidade?”
“Espero que isso não seja um plano maléfico haha”.

Ele responde. Matar a curiosidade?
Aciono a câmera do celular e a posiciono em frente ao meu rosto, sorrio antes de apertar o pequeno botão no centro da tela.

*Imagem enviada*
“E você, o que faz acordado a essa hora?”

Envio.

“Você é muito linda, já te disse isso?”
“Só estou jogado aqui pensando em uma certa mulher”
*Imagem recebida*

Seus olhos penetravam a lente da câmera e era como se ele realmente me encarasse, era possível ver uma parte de seu peitoral nu e eu tenho certeza de que isso foi proposital.
Ergo meu corpo para cima deixando meus seios cobertos apenas pela espuma. Posiciono novamente meu celular e tiro outra foto, enviando logo em seguida.

“Linda? Nunca. Mas já o ouvi dizer que sou perfeita, haha”
*Imagem enviada*

Sorrio aguardando sua resposta.

“Puta merda, você definitivamente é perfeita”.
“E muito gostosa”.
“Não acha que falta alguém aí nessa banheira?”

Suas palavras, mesmo que digitadas fazem-me arrepiar.

“Quem sabe se ela fosse maior haha”.
“Obrigada pelo elogio. Ambos”.

Respondo.


“Vai me matar se não me enviar mais”.

Ele diz.

“Que pena, já deixei a banheira para trás”.

Digo após sair da água e me enxugar. Visto uma camisola vermelha e penteio meus cabelos antes de ver sua resposta.

“E quem disse que eu só quero te ver nela?”

Ele responde. Me encaro no espelho e ajeito minha roupa antes de ligar a câmera novamente, dessa vez no modo traseiro. Posiciono a mesma para o espelho e reposouso minha mão livre na bancada de mármore. Meus seios quase saltam do decote V da roupa e envio a imagem satisfeita com o resultado.

“Pronta para dormir.”

Digo.

“Eu adoraria ter seus seios na minha boca agora.”

Essa simples frase foi o suficiente para fazer meu corpo se arrepiar, eu já conseguia sentir o calor entre minhas pernas.
Tiro outra foto, dessa vez com as alças da camisola caidas sob meus braços. Meus seios estão praticamente a mostra e eu adoraria ver a cara de Sebastian recebendo isso.

“Tira isso logo”.
“Você não imagina como estou duro agora.”

Ah Sebastian, eu com certeza imagino.

“Acho que mereço algumas foto também, não?”

Envio. .
Em segundos abro a imagem e me deparo com seu corpo coberto apenas pela cueca. O volume na mesma é surpreendente, até mesmo pelo espelho é possível ver o quão grande ele é.

“Infelizmente não posso tirar isso, não estou usando nada por baixo”
“Podia vir para o meu quarto agora”.

Envio.
Puta merda.
Não, não, não.
Cancela, cancela, cancela.

“Oferta tentadora, mas é a minha vez de deixá-la na vontade”.
“E você com certeza pode tirar isso. Adoraria ver o que tem aí por baixo”.

Touché.
Ele me recusou?

“Tenho o direito de te deixar na vontade também”.

Envio.

“Já me deixou muitas vezes, não acha bebê?”
“Quero vê-la se satisfazer sozinha”.

Ok, meu nervosismo tomou o lugar de toda a excitação que eu sentia. Eu nunca havia feito isso e sequer fazia ideia de como começar.

“Eu nunca fiz isso...”.

Envio.

“Tudo tem uma primeira vez”.
“Pode começar tirando essa camisola e me enviando mais fotos, que tal?”.

Ele responde.

Posiciono o celular na mesa de cabeceira e me ajoelho em cima da cama. O timer está ligado e em segundos o vídeo irá se iniciar, o celular está perto o bastante para que a câmera pegue apenas meu corpo. Quando o vídeo se inicia retiro lentamente a camisola, deixando meus seios completamente a mostra. Fiz questão de colocar uma calcinha para isso, como eu iria ficar nua por completo na frente de uma câmera? Céus.

*Vídeo enviado*
“Qual o segundo passo?”

Envio.

“Caralho Lis”.
“Pode filmar mais”.
“Aperta eles”.
“E filma seu rosto também, preciso vê-la por completo”.

Ajusto o aparelho e novamente o vídeo se inicia, desta vez me gravando por inteira. Faço o que Sebastian diz e esmagou meus seios com as mãos, a sensação é incrível e solto alguns gemidos durante o ato. Sinto minha calcinha cada vez mais molhada e ansio por suas mãos em meu corpo. Reviro meus olhos e rebolo levemente imaginando ele comigo. Quando me dou conta de que estou fazendo finalizo o vídeo e o envio sem rodeios.

“Isso Lis”.
“Porra”.
“Já esta molhada? Não vejo a hora de te chupar inteira”.
“Meu pau está pulsando por você”.
“Adoraria ter você rebolando assim em cima dele”.
*Vídeo recebido*

Sua mão desliza por seu abdômen e aperta seu membro ainda coberto pela cueca. O volume é grande o suficiente para fazê-la parecer minúscula ali.

“Seb preciso de você aqui”.
“Estou muito molhada”.
“O que eu faço agora”.

Envio.

“Se toque bebe”.
“Coloca os dedos nela, começa devagar”.
“Grave tudo”.

E assim fiz. Ainda com a calcinha no corpo desci minha mão até minha vagina, hesitei por alguns segundos antes de tocar na mesma. Eu estava incrivelmente molhada e isso foi o bastante para meus dedos deslizarem com a maior facilidade para dentro de mim mesma. Os gemidos se intensificaram e eu usava minha mão livre para apertar o restante do meu corpo, desde meus seios até minhas coxas. O nome de Sebastian escapava por entre meus lábios e isso com certeza o satisfaria. Envio o vídeo depois de me recuperar... Disso.

“Isso bebe, você não faz ideia de como eu quero sentir seu gosto”.
“Ouvi-la dizer meu nome me faz querer te foder ainda mais”.
“Quer ver como eu estou?”

Ele responde.

“Sim”.

Em segundos eu já assistia ao seu vídeo.
Sebastian se masturbava rápidamente, sua mão subida e descia pelo seu membro, que por sua vez pulsava entre seus dedos. Era possível ouvi-lo dizendo alguns palavrões no fundo, sua voz estava mais rouca do que nunca e eu estremecida cada vez que ouvia o dizer meu nome ou o quão gostosa eu estava. Meus dedos vão novamente ao encontro de minha intimidade, dessa vez acariciando meu clitóris. A sensação é magnífica e eu sequer tenho tempo para responder às suas mensagens. Pressiono meu dedo no botão verde e aguardo até ouvir sua voz no outro lado da linha.

- Oi linda. – Ele diz com a voz ofegante.

- Seb... – Gemo.

- Isso Lis, geme para mim. – Porra você deve estar tão molhada.

- Preciso de você. – Digo entre gemidos. – Está tão bom...

- Eu sei linda, queria poder estar dentro de você agora. Não imagina o quanto eu ia te foder. – Ele responde.

- Eu vou... – Mal consigo formular uma frase. – Seb... Porra...

- Goza Lis. – Ele diz. – Goza gemendo meu nome... Caralho... Vamos juntos.

- Seb... Preciso... De você... Sebastian... Caralho. – Grito enquanto sinto a sensação de êxtase me preencher.

Meu corpo todo se arrepia, sinto minhas pernas trêmulas e meu líquido escorre pelos meu dedos.

- Porra Lis. – O escuto gemer do outro lado.

Por alguns minutos só era possível ouvir nossas respirações descompensadas, tentando nos acalmar após o incrível orgasmo que nos atingira.

- O que achou? – Sua voz externamente rouca soa pelo aparelho.

- Maravilhoso. – Digo quase que em sussurro. Ouço uma risada leve.

- Você é incrível. – Ele diz, sorrio.

- Você também é incrível. – Digo. – Você gostou... Dos vídeos?

- Claro que sim. – Ele responde. – Você estava perfeita.

- Obrigada. – Digo.

É um tanto desconfortável falar com ele depois dessa cena toda, eu nunca havia feito nada parecido antes e por respostas eu me sai muito bem, de qualquer forma a vergonha me atingiu.

- Fica tranquila linda. – Ele parece ler meus pensamentos. – Você é ótima em tudo o que faz.

- Vou desacostumada com tantos elogios assim. – Respondo sorrindo.

- Eu faço questão de desacostuma-la. – Ele diz.

- Estou cansada. – Digo bocejando.

- Descansa linda, amanhã a levarei para conhecer um lugar. – Ele responde.

- Qual lugar?

- Surpresa. – Ele diz rindo. – Esteja pronta às onze.

- Vai me deixar curiosa essa hora? – Digo fazendo manha.

- Com certeza. – Ele responde.

- Chato. – Retruco. – Então até amanhã.

- Boa noite linda, até amanhã. – Ele diz encerrando a chamada.

O sorriso em meu rosto condena o quão entregue eu estou, o frio na barriga ainda continuava e sua voz invadia meus pensamentos. Deixei o sono me consumir após alguns minutos vendo sua imensidão azul em minha memória.

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QUE REVIRAVOLTA AMIGOS.

Peço perdão por qualquer erro ortográfico, a autora está caindo de sono :/

Espero que gostem, volto em breve com o próximo <3

Beijos, beijos
Lovursellf ;)

High EnoughOnde histórias criam vida. Descubra agora