LIBER III: DO ACORDO COM OS ENFANTS DE LA LUNE E OS ENFANTS DE SANG
ATO III: Os enfants de luna poderão invadir o território dos enfants de sang caso sintam necessidade de proteção dos humanos da região. Os enfants de sang que vieram a causar tal ato não terão a proteção deste pacto. Ao mesmo tempo, os enfants de luna não poderão adentrar no territórios dos enfants de sang se não forem autorizados por estes.
Aqui faz-se este ato com sangue do clã dos Vampiros e das Alcateias.devaneios por _emmagrant
#DomineTeuMestre 🥀
A luz carmesim coloria cada pele quente daquela pequena boate. As pupilas dilatadas e os corpos suados faziam o odor doce invadir as minhas narinas, aguçando perigosamente os meus instintos. Era como um filme explícito. Meus olhos percorriam como aos de um felino no meio da multidão, a música era facilmente abafada pelo som das correntes sanguíneas bombeando cada gota do líquido viscoso humano.
Dentro da minha mente não havia nada, apenas o hipnotismo guiado de algum lugar dali pelo meu mestre. Era o tipo de jogo que aprendemos a criar para divertir a nossa eternidade tão tediosa. Com o passar dos anos, aprendi a domar meus dons o suficiente para retirá-los por completo, permitindo, assim, que Jimin — como ele gostava de ser chamado agora — me controlasse como a sua marionete. Dava-me a sensação excitante de não saber o que estava fazendo. Era como todas as vezes em que o tive me dominando em meu íntimo.
Ele me guiou até duas mulheres no meio de tantas pessoas ali. As aparências exóticas e os corpos marcados por tatuagens traziam tão bem a essência da atual realidade em que vivíamos. Éramos clientes devotos das mais exóticas boates francesas. Jimin se sentia em seu território, como a um leão que demarca o seu local de procriação e reino. Me aproximei esboçando um sorriso, o que evidentemente não escondeu os caninos expostos, já que, naquela altura do campeonato, já tinha o leve incômodo na garganta. A sede me controlava a mente tanto quanto os dons dele. As mulheres não se espantaram com aquilo, era natural para elas, achavam uma nova tendência de moda muito utilizada pelos humanos dali.
Ordenou que eu me aproximasse da orelha coberta pelos brincos de uma das mulheres, e então me fez sussurrar:
— Posso pagar uma bebida para você e a sua amiga? — E lá estava novamente o sorriso ladino, o preferido dele. A jovem sorriu pequeno, mordiscando o canto dos lábios antes de assentir.
O contato visual dela comigo foi instantâneo e o suficiente para que ele pudesse controlá-la da mesma forma, a sua amiga não tardou em sofrer o mesmo efeito. As duas mulheres foram atraídas para a toca do lobo por tão pouco. Atravessar o salão com ambas abaixo dos meus braços não foi de maior dificuldade, durante o percurso eu nem ao menos entendia o que a minha boca pronunciava ou fazia, já que todas as vezes que pisquei os olhos minha mente desconectava-se para algum lugar bem longe dali. Quando voltava para aquele momento, já estava aos beijos com uma ou outra, sentindo o gosto adocicado em minha língua.
Quando pude sentir as minhas pernas novamente, entendi que ele já não estava mais ali, uma vez que havia me conduzido ao seu encontro. Um canto mais reservado, como ele gostava de dizer: un seigneur ne peut pas mélanger, mon cher (um lorde não pode se misturar, querido). Uma das mulheres já foi atraída pelos seus encantos e se jogou no sofá de couro escuro em que ele estava, logo depois me sentei ao seu lado. Os seus olhos carmesins pareciam dançar enquanto controlava a mente das donzelas. A mesma que se sentou primeiramente, não tardou em afundar a própria língua na boca dele, sem nem ao menos pedir, apenas foi instigada até o desespero.
O cheiro do sangue, que já era bebericado ali mesmo durante o ósculo, me fez fechar os olhos e revirá-los em puro êxtase. Quando as bocas se afastaram, os lábios carnudos dele estavam manchados de vermelho, tão apetitosos para mim. Mas antes mesmo que eu pudesse pensar em tomá-lo para mim, a outra jovem debruçou-se em meu colo e foi diretamente para a boca provocativa. O odor que emanava da derme dessa mesma mulher me induziu a querer sentir ainda mais aquele sabor sob a superfície quente, o gosto deleitoso da pele humana inundou os meus lábios em delícia aguçada, bagunçando os meus pensamentos.
As bocas por fim se soltaram e o líquido foi engolido por Jimin com apreciação, como um bom whisky envelhecido. Não demorando em ordenar que a mesma se oferecesse a mim, o pulso dela veio em minha direção, despido de qualquer preocupação com a própria vida. Raspei minha língua naquele local um segundo antes de afundar meus caninos ali e, assim, transbordar o líquido dentro de minha boca.
Lancei um breve gemido abafado, não apenas por finalmente poder acabar com aquela sede maldita, mas também por sentir os dedos ousados dele apertando na medida certa a ereção que havia debaixo do jeans preto justo que eu vestia. Seus lábios foram até a minha orelha, dançando com a língua por cada polegada de pele antes de chegar até ali, foi então que ouvi os seus murmúrios extasiados dentro da minha mente: ma volonté et de le baiser ici (a minha vontade é fodê-lo aqui mesmo).
No momento exato, pouco antes da mulher perder a consciência, soltei o seu pulso e o seu corpo caiu sem forças ao meu lado, a sua respiração ofegante e pele transpirando frio. Aprendemos a beber o sangue humano até o limite que cada um deles aguentaria, para que aquela situação não passasse de um leve incômodo, como uma ressaca, talvez? Ao aproximar meus lábios dos dele, ele brincava de afastá-los, me deixando na louca vontade de sentir o seu sabor.
A mulher que ainda estava lúcida, puxou o rosto de Jimin para si, voltando ao ósculo quente e ao processo de ter seu sangue sugado por ali mesmo, da minha parte, tive que me contentar com outro pulso, já que mon maître não gostava de dividir a refeição comigo. Não demorou para que a mesma logo amolecesse no sofá e fosse largada para poder descansar.
E, diante daquele cenário possivelmente apocalíptico para os humanos, aos olhos do meu criador aquela era uma cena de filme romântico francês, já que naquela noite faziam exatos duzentos e cinquenta anos em que havíamos nos conhecido.
— Je t'aime, Jiminnie... — proferi, lento e entorpecido por seu olhar pequeno que parecia queimar em brasa, sempre enigmático.
— Eu poderia ouvir isso por toda a éternité (eternidade), mon amour...
Um sorriso pequeno clareou-lhe o semblante, seu ombro encolheu o ego tão engrandecido assim que deslizei meus dedos por sua bochecha e o puxei em minha direção para, finalmente, trazer a sua boca até a minha e poder de vez sentir o sabor que eu mais amava em toda a minha existência: o seu gosto de cestrum (conhecida popularmente como dama-da-noite) com o toque suave de lírios que fundiam-se em uma dança pecaminosa.
Obrigada por lerem Drink from Me. 🖤
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DRINK FROM ME ༌ JIKOOK
Fanfiction[CONCLUÍDA | LIVRO FÍSICO PELA EDITORA EUPHORIA] DRINK FROM ME: APENAS UM VAMPIRO PODE AMAR PARA SEMPRE. ** DEGUSTAÇÃO DO LIVRO NO FINAL DA FANFIC. Quando um vampiro ingere o sangue de outro, torna-se ligado àquele por toda a eternidade, criando as...