Capítulo 41

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GIZELLY

Já estávamos na boate de Luiza, amiga da Marcela, fazia algumas horas. Todos haviam chego, principalmente os amigos da Rafa. Por um momento desejei que ela estivesse comigo aqui, mas resolvi espantar os pensamentos e a saudade para não atrapalhar minha noite. Estávamos sentados na mesa, todos bebendo e conversando, alto por sinal. O ambiente é agradável e por incrível que pareça, familiar. Mas óbvio, uma família que só tenha pessoas adultas.

A boate é toda na luz baixa com as luzes neon coloridas por todo o lado. Tem dois compartimentos, as mesas as quais estamos sentados e o balcão de bebidas de fora à fora com os bancos altos, onde algumas pessoas também estão bebendo e conversando. As músicas todas eletrônicas.

Passamos parte da noite sentados jogando conversa fora até algumas meninas resolver ir para a pista. Fiquei sentada na companhia de Bianca, Pyong e os meninos, amigos da Rafa. Não demorou muito para virarmos em direção a Marcela, onde Bianca apontava rindo, e ver a mesma agarrada na dona da boate.

- Eu não disse?! Tudo tem seu preço.- Falei rindo em relação aos ingressos que ela conseguiu de graça.

- Ela que é esperta.- Bianca respondeu e Vanessa chegou logo atrás.

- Por que ela é esperta, Bia?-

- iiiii...- Falamos juntos na mesa vendo a mesma engolir em seco.

- Boa noite!- Uma mulher alta e loira parou atrás de nós. - Meu nome é Sarah, posso me sentar aqui com vocês?-

- Pode ué.- Quem respondeu foi Pyong e eu fuzilei ele com os olhos.

- Sou amiga do pessoal aí.- Ela apontava para os meninos na mesa. Eu olhei pra Bianca e vi quando ela encolheu os ombros. - Eu cheguei agora procurando por elas, mas elas estão na pista. Daí vi os meninos aqui.-

- Pode sentar, Sarah... Já pediu a bebida?- Rodolffo chamou sua atenção e ela negou. Ele logo levantou, provavelmente atrás da bebida dela.

Engatamos em um assunto divertido e quando Marcela voltou, encarnamos nela de dar gargalhadas com as respostas sem jeito que ela dava. Logo as outras meninas voltaram para a mesa e voltamos a beber. Sarah que estava ao meu lado, puxava vez ou outra assunto comigo. Eu procurava responde-la sem ser grossa ou algo do tipo, pois não estava afim de devolver os flertes disfarçados que ela soltava. Um de seus braços já estava apoiado em meu ombro e eu disfarçava balançando meu ombro na intenção dela se afastar ao menos um pouco de mim.

- Junta aí todo mundo, pra tirar foto!- Ivy disse em alto e bom som.

E todos juntaram um no outro pra sair na foto e como um flash, Sarah depositou um beijo em minha bochecha. Pedi licença e levantei dizendo que iria buscar outra bebida, mas na verdade eu estava me afastando para não ser mal educada. Sentei no balcão com minha cerveja e quando dei o primeiro gole, Caon apareceu bêbado, sentando ao meu lado.

- Ei Gizelly!-

- Hoje ta difícil...- Falei para mim mesma antes de responde-lo. - Ei, Daniel.-

- Posso te fazer uma pergunta?-

- Já fez.- Respondi virando meu copo na boca, ainda sem encara-lo. Ele riu.

- Eu gosto de você cara, você é engraçada.- Sua resposta me fez virar minha atenção para ele. - É sério! Eu só não entendo porque você não gosta de mim. Talvez eu sabia, mas isso já passou...- Revirei os olhos e voltei a encarar minha frente, aproveitando o sabor de minha gelada. - Eu era louco na Rafa mana, mas ela escolheu você e eu respeitei a decisão dela. Talvez seja por isso, mas já passou. Eu gosto da Nathalie agora.-

          

- Não tenho nada contra você.- Virei o copo mais uma vez.

- Olha, parece perseguição mas não é.- Ele disse e eu o encarei confusa. - Eu sei que você e a Nathalie já tiveram um lance e eu não ligo, eu sei que ela teve um passado assim como eu.- Sua conclusão me fez rir sem humor.

- Se eu disser que está tudo bem, você vai parar de encher meu saco e sair daqui?- Ele riu com minha pergunta.

- É por isso que eu gosto de você. Até falando sério, você é engraçada. Você sabe dar fora na elegância Gizelly.- Dessa vez eu ri de verdade.

- E você sabe ser chato quando quer. Como seus amigos te aguentam?-

- Eles não me aguentam, eu que insisto.-

- To vendo que sim.- Finalizei meu copo e deixei ele sobre o balcão.

- Tudo bem aqui?- Nathalie apareceu chamando nossa atenção. Ela estava linda naquele vestidinho. Pisquei meus olhos na intenção de espantar os pensamentos e pedi outra bebida.
- Não ta bom de beber, Gi?-

- Saideira... Já vou pra casa!- Respondi e vi quando eles se afastaram. O barman logo apareceu enchendo meu copo novamente.

- É impressão minha ou você ta fugindo de mim, em?- Sarah apareceu quase me fazendo engasgar. E isso fez ela rir.

- Sarah você é linda, muito linda, mas eu não tô pra jogo. Desculpa!- Voltei com a atenção na minha bebida e senti sua mão em meu antibraço.

- E por que não está? Estou vendo você sozinha a noite toda. E a propósito, obrigada pelo elogio, você também é linda. Muito gata por sinal.-

- Estou sozinha aqui porque minha namorada não veio, mas eu não sou sozinha... Me desculpa mesmo.- Falei em uma só lufada de ar e ela soltou meu braço sem jeito.

- Tudo bem.. Eu que peço desculpas, eu achei que....-

- Ta tudo bem!- Finalizei minha cerveja e levantei. - Bom, vou levantar acampamento. Foi muito bom te conhecer.- Deixei um beijo em sua bochecha e fui em direção a mesa do pessoal.

Me despedi e deixei minha parte do dinheiro do que consumi com Marcela. Não demorei muito para chamar um carro no aplicativo e seguir para casa.

****

Na manhã seguinte, acordei com uma dor de cabeça e uma ressaca dos infernos. Eu ainda estava com a roupa a qual saí noite passada. A cortina na sacada estava aberta e o sol entrando dentro do meu quarto, foi ele quem me acordou. Nem coragem para fecha-la eu tive, muito menos trocar de roupa quando cheguei. Criei coragem e levantei atrás do meu banho. Tomei um remédio e fui até a cozinha preparar algo para comer. No relógio já apontava para quase uma hora da tarde. A preguiça bateu, então pedi comida pelo aplicativo, e enquanto eu esperava, resolvi ligar para Rafa mas as chamadas iam todas para a caixa postal. Resolvi ligar mais tarde. Tempos depois a comida chegou e eu comi.

Mais tarde, tentei ligar para Rafa mais uma vez e não consegui, decidi esperar mais um pouco. Era domingo, ela devia estar aproveitando a família.
Acabei cochilando no sofá e acordei com o toque do meu telefone celular. Percebi que já estava tudo escuro, as horas apontavam para às seis da tarde. Peguei meu telefone que não parava e tocar e o nome que piscava era o da minha mãe. Por um minuto achei que fosse Rafaella, mas nem sinal dela. Atendi e combinei com minha mãe de buscar Lee, pois era isso que ela queria saber. Desfiz a chamada e tentei mais uma vez ligar para Rafa mas foi em vão. Eu já tinha enchido sua caixa de mensagens com mensagens minha e nenhuma delas foram respondia. Vi que ela havia visualizado há alguns minutos atrás, porém não respondeu. Então resolvi chamar sua atenção novamente.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora