Chapter three

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19:30

Louis havia acabado de chegar em sua casa após uma manhã e tarde calorosa, estava morrendo de fome e decidiu que ir até a cozinha preparar algo para comer seria uma boa ideia. Hoje a tarde tinha sido bem leve e feliz pro moreno, conhecer aquele garoto de olhos verdes igual uma das esmeraldas mais brilhantes que tinha visto em sua vida foi incrível, acho que ele encontrou uma mina que continha uma pedra das mais valiosas, com toda certeza era os olhos daquele menino cacheado. E sem esquecer das covinhas bem fundas e aqueles mini cachos que pareciam ser tão macios presos em uma bandana, uau. Ele estava encantado.

Chegando na cozinha desvia de alguns brinquedos que estavam espalhados por ali, e encontra sua mãe mexendo em uma massa que estava dentro de um bowl. Johannah coloca a massa em uma forma e vai em direção ao forno.

— Oi filho, demorou.— Jay disse saindo de perto do forno e indo se sentar no banquinho da ilha junto a Louis, sorrindo cansada pra ele.

— Fui visitar alguns lugares que o Paul me disse e mamãe você precisa ir em uma loja que encontrei de vinil e coisas antigas sabe? Você vai adorar.— Louis dizia animado sobre as coisas novas que conheceu na cidade e Jay ficava feliz que o seu garoto estava se divertindo no lugar que tanto amava e talvez ela soubesse o motivo.

— Depois você manda o endereço de lá, e aí foi na biblioteca?— Ela cruza seus braços olhando pra Louis, curiosa pra saber como foi pra Louis visitar aquela depois de tanto tempo.

— Sim, eu fui! E preciso te contar algo que fiz.— Louis diz para sua mãe dando um sorrisinho travesso.— Eu tinha chego lá e fui procurar orgulho e preconceito, né? Quando eu fui ver estava em uma altura que eu não alcançava.— Com essa fala, Jay prende seus lábios uns nos outros pra não rir.— Eu peguei uma cadeira...- Louis já estava prevendo que sua mãe faria isso quando ele fosse contar sua aventura, não ia detalhar essa parte mas quando viu já tinha contado. Só restou fechar um pouco os olhos e esperar a bronca.

— Louis William! Você está maluco? Pegar uma cadeira? Sabe o perigo que isso tem?!— Jay como a mãe protetora que é, briga com ele por ter feito isso. E ela realmente estava certa, os riscos dele cair seriam grande já que lá, a maioria das coisas são antigas.— Não tinha ninguém pra te ajudar?

— Eu sei, eu sei mamãe. Mas estou bem olha, intacto e continuo gostoso.— Louis levanta de sua cadeira e dá uma voltinha, como forma de mostrar que nada havia acontecido. Johannah apenas nega com a cabeça rindo e pede pra ele continuar.— Enfim, quando eu estava tentando alcançar o livro, eu acabei empurrando e caiu do outro lado na cabeça de um menino que trabalhava lá.— Louis ria enquanto contava e Jay estava com a boca entreaberta e logo não se aguentou e riu também.— Só que acho que foi a melhor coisa que me aconteceu, porque...nossa.— Louis disse rindo, lembrando e suspirando.

— Hum, e por que meu amor? O moço não ficou com dor? Com certeza pra ele não foi a melhor coisa um livro cair na sua cabeça.— Sua mãe deu uma gargalhada mas logo foi diminuindo pro seu filho continuar contando.

— Mamãe esse menino é lindo, tem cachos, olhos verdes e uma boca tão linda e vermelhinha. Ele também usava uma bandana dos Estados Unidos.— Louis diz repassando a imagem daquele garoto em sua mente e suspirando.— Ele foi muito gentil comigo, mesmo eu tendo derrubado um livro na sua cabeça.— Ele tampa seu sorriso com uma de suas mãos. 

— Uau, e você conversou com ele?— Ela deu um sorriso carinhoso, sabendo exatamente como o filho se sentia.

— Foram poucas coisas mas sim conversei, de primeira ele ficou bravo né mas depois começou a conversar normal comigo. Acho que vou amanhã lá de novo conversar com ele.— Ele diz animado com os olhos brilhando.

          

— Isso é ótimo, meu bem. Fico feliz que tenha a possibilidade de você fazer novos amigos ou novos amores.— Sua mãe falou com cuidado, porque aquele assunto era um pouco sensível para Louis.

- Eu n-não sei se consigo parar de ter esse medo de me apegar a alguém mas eu realmente quero tentar.— Ele tinha alguns problemas com relacionamentos passados e sobre perdas, já tentou várias vezes ir em um psicólogo mas sempre acabou desistindo. Mas como ele disse, quer tentar, não pode deixar que coisas do seu passado o afetem tanto. 

— Lógico que consegue, Lou. Não é porque você vai embora em algum  momento que não seja eterno. Aqui e aqui,— Colocou seu dedo indicador na testa e em seguida no coração de Louis.- Eu tenho certeza que continua intacto.

— Eu acho que não aguento mais esse sentimento de perda. Não quero me machucar de n-novo.— Louis tentava segurar suas lágrimas respirando fundo, pensando nas coisas que passou.

— Você tem que esquecer o que aconteceu com o Sam, aquilo não foi sua culpa, meu bem. Ele era tóxico pra você, aquilo não era amor e o que houve foi consequências dos próprios atos dele.— Jay se levanta do banquinho onde estava sentada e vai até Louis, o abraçando por trás, e ele abraça seus braços que estão envolta dele como forma de apoio.— Esse tipo de lembrança era o que eu realmente tenho vontade de tirar de sua cabeça.

Louis começa a fungar e sua primeira lágrima escorre por seu rosto, todo aquele sentimento ruim voltando e ele só queria que aquilo nunca tivesse existido.

— Ei meu bem, não chore.— O som do forno apitando é ouvido e Jay se desvincula de Louis e para em sua frente.— Olhe pra mim. Quero que  limpe esse seu rostinho lindo, tome um banho, se arrume e vá para a festa perto da praia. Você precisa se divertir, férias são pra isso.— Ela o dá um sorriso, passa o polegar limpando a lágrima que escorreu e vai até o forno tirar o bolo.— Vai que você encontra o menino da biblioteca, hum?— Ela se vira e sorri, erguendo suas sobrancelhas.

Louis se levanta, sua tristeza e lembranças ruins diminuem quando novamente se lembra daquele sorriso de covinhas e aqueles específicos olhos verdes.— Esqueci de te contar a outra parte. Entreguei um bilhete pra ele com uma frase de Shakespeare.— Ele sorri e suspira.— Espero que ele responda.

— Ele vai, meu bem. Como não responderia? Agora vá se arrumar.

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Harry ainda estava um pouco em dúvida se iria ou não na festa mas parece que Niall adivinhou seus pensamentos e disse que era pra ele ir que tinha amigos pra apresentar e fazia tempo que ele não saía. O cacheado cansou de resistir e foi para o banheiro tomar seu banho.

Ele desligou o chuveiro, se sentou na privada e pegou um vidro de removedor de esmalte. Olhou para suas unhas e mesmo que não havia problemas em casa sobre usar esmaltes, tinha medo de que outras pessoas de fora o julgasse por quer ser quem é. Então ele tirou para poder sair. Era sempre assim, ele achava que se sentia pronto pra não ligar pro que as pessoas dissessem, mas depois desistia.

Saiu do banheiro, andou até seu closet com uma toalha amarrada na cintura e pegou algumas roupas pra decidir com qual iria. Acabou usando o de sempre:
Calça skinny jeans branca que marcava bastante suas coxas torneadas, uma camisa de botões rosa com bolinhas brancas e sua tão aclamada por ele mesmo, botas chelsea marrom.

Passou seu perfume, uma bandana preta pra amarrar em seus cachos rebeldes e finalmente saiu de seu quarto, sem antes colocar seu colar azul pra dentro da camisa. Quando estava terminando de descer a escada ouviu algum barulho de conversas a mais na cozinha e decidiu verificar.

Ele simplesmente não podia acreditar no que estava vendo, ficou com a boca entreaberta em surpresa.

— Hazz, que bom te ver!— Sua irmã Gemma diz gritando animada e sorrindo, quando percebe seu irmão no batente da porta, indo logo correndo abraçar ele.— Senti tantas saudades.

Summer Love | l.sWhere stories live. Discover now