𝟬𝟱. baile de máscara | parte 1

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> ouçam a música na parte do baile :)

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  Deixei minha bolsa e as chaves do carro no sofá

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Deixei minha bolsa e as chaves do carro no sofá. Um cheiro muito bom de espaguete penetrou minhas narinas quando entrei na cozinha.

— A Katherine está? — perguntei, um pouco receosa.

— Por que ela estaria? — indagou ele, mexendo alguma coisa na panela.

— Não sei... — me encostei num armário, assistindo-o cozinhar. — Talvez porque ela é sua namorada?

— Quem disse que ela é minha namorada? — ele franziu o cenho, um sorriso discreto repuxou o canto dos seus lábios.

— O jeito que ela te olha... sei lá — abracei meus braços próximo ao corpo, tentando esconder um pouco o meu nervosismo. — Ela gosta de você.

— Josephine... — ele largou a colher.

— Não, Rafe. Não precisa me dizer nada — tentei parecer indiferente. — Tudo bem que ela foi o motivo de "nós" ter acabado. Está tudo bem, sério.

— Não é isso que você está pensando. — ele apanhou um pano de prato e limpou as mãos. — É só que...

— Que ela foi a garota com quem você me traiu? — completei. Seu sorriso se desmanchou e ele apertou os olhos. — Desculpa, estou voltando naquele assunto de novo.

— Josephine. — ele molhou os lábios. — Não esqueça que você também me traiu.

— Só porque você me traiu. — respondi tão automaticamente que pareceu que as palavras saíram da boca de outra pessoa.

— Você usou o Leonard para me trair, Josephine. O Leonard, porra. — ele apertou as têmporas. — Ele era meu amigo. Meu melhor amigo.

— Se fosse seu amigo ele não me diria as coisas que me disse — encolhi os ombros.

— O que ele disse? — ele ergueu a cabeça.

— A gente transou, Rafe. Foi isso que aconteceu, resumidamente.

Ele concordou com a cabeça, mordendo o lábio inferior com força.

— Certo, Josephine. Certo.

— Mas não queira comparar o que você fez com o que eu fiz, beleza? — esclareci, apontando o dedo para ele.

— Oh, céus — ele virou o boné para trás. — Eu fiz a minha parte de tentar me explicar. Você não quis me ouvir. Não é minha culpa.

— E adiantaria alguma coisa se explicar para mim agora? — gesticulei com as mãos.

— Adiantaria sim, Heyes. Adiantaria — ele travou o maxilar.

— Você foi um covarde — resmunguei. — E ainda é. Sempre buscando pretextos para justificar sua falta de caráter.

 𝐎 𝐁𝐀𝐈𝐋𝐄; Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora