Assim que abri os olhos, o sol já batia em meu rosto, estranhamente acordei com um melodia na cabeça, era suave e triste até certo ponto. O dia estava quieto e muito calmo, demorei um certo tempo até ter coragem para levantar da cama, meu corpo estava estranhamente pesado, talvez fosse o pouco que dormi. Apenas arrumei o pijama que estava, colocando um roupão por cima, tudo oque eu mais queria nesse momento era conforto, sem vestidos caros e extravagantes, sapatos desconfortáveis e joias pesadas, apenas conforto.
Vesti minhas pantufas e sai nos corredores. Para piorar minha situação mais guardas estavam aos seus portos, mais do que o normal, conforme analisava só piorava, durante a troca de turnos simplesmente um saia e outro ficava esperando até o próximo chegar, mais rondas do que normal também, os meninos realmente não se satisfazem, bom eu dei o motivo pra isso começar, se eu tinha arrumado uma peruca não estaria passando por isso talvez ..
A maioria dos servos apenas ignorava minha existência e eu apenas cumprimentava aqueles que estavam sobre minha posse por assim dizer. Os servos eram divididos entre eu e meus irmãos, como também surgido acima que apenas mantinham o castelo em que vivemos, uma forma mais fácil de explicar, certa na propriedade havia o castelo imperial onde apenas os filhos dos imperadores viviam, a propriedade das concubinas que era uma enorme vila cheia de mansões onde todas as concubinas ficavam, e por fim a propriedade da imperatriz, apelidado como castelo de vidro.
O nome se deu por conta das enormes janelas e a variedade de flores que cercava a propriedade, mas assim que minha mãe abandonou a propriedade real, aquele castelo foi abandonado, a maioria dos servos nem sequer sabiam da existência daquele lugar. E a entrada e totalmente restrita até os membros da família real.
Assim que voltei para a realidade, estava enfrente a porta do salão de refeições, respirei fundo, abrindo a porta que deu um levo estralo em meio a todo aquele silencio.
-Boom diaa - Max me esperava debruçado sobre a mesa com um enorme sorriso no rosto.
Acenei com a cabeça e logo a porta atrás de mim veio a se fechar, segui puxando a cadeira da mesa e me sentando um tanto quanto distante de Max.
-Nos desculpe pela confusão dessa madrugada, os rapazes invocaram de que viram você no festival ontem ..
-Festival? ..- Perguntei bancando a sonsa.
-Ah, você não sabia? Tem um festival entre os plebeus mais ou menos nessa época do ano.
-Interessante
Max estava mais aflito do que nunca para tentar manter uma conversa comigo, na verdade entre todos os idiotas ele sempre foi o único que tentou se manter mais perto de mim, porem assim que abandonou o título de príncipe e decidiu virar um mercenário, ele se distanciou, vivia a maior parte do tempo viajando para cá e para lá, mas entre todos ele era oque menos me tirava do sério e sendo franca o único dos três que eu suportava sem fazer esforço algum.
-Você não quer ir com a gente hoje ?.
-Eu não posso - Sorri para ele.
-Porque não? - Sua sobrancelhas franziram.
- Por que eu não quero ir.
-Pare de mentir- Ele sorriu - Você é uma péssima mentirosa, apenas diga que não apoia seus irmãos, eu entenderei.
Sorri para ele.
-Quem disse que não sei mentir?
-Eu disse, posso não te conhecer bem o suficiente, mas pelo menos disso eu sei, quer conferir?
-Ok, ok, vamos conferir.
-Certo, última coisa que comeu? - Ele me perguntou encarando.
-Arroz com bife acebolado.
Max me encarou.
-Isso é verdade.
Ri, pensando no algodão doce que divido com Serena e Chris durante a noite.
-Ok, próxima.
-Última vez que beijou? ..
Realmente ele estava querendo tirar algo de mim, apenas sorri para ele, mantendo a cara plena.
-Ontem a noite ..- Os olhos de Max se arregalaram me encarando- Eu beijei o chão depois de cair da cama.
Ri da cara de Max.
-Ok, você me pegou, mas acredito que isso seja mentira, você não tem cara de ter um sono agitado.
-Por acaso anda me espionando?
-Oh não você me descobriu.
Max sorria como uma criança para mim, não deixando brigando e sim nos entendendo.
-Okay, última pergunta senhorita Kath. Porque você anda estranha.
Olhei nos fundos dos olhos dourados de Max.
-Ok, eu não tenho muito tempo de vida, aconteceu que a uns 4 anos contraí uma doença incurável e eu vou morrer dentro de alguns anos.
Uma expressão estampada no rosto de Max era peculiar, sobrancelhas franzidas, olhos arregalados, tentando saber se era verdade ou não. Para aliviar a situação soltei uma gargalhada alta.
- Do que está rindo? - Ele me perguntou.
-Sua cara agora, foi maravilhosa.
-Ok, você me pegou, você sabe mentir sim.
-Mandarei pintarem um retrato com a sua cara de agora, era simplesmente maravilhosa.
Max sorriu soltando um riso.
-Desculpe por te incomodar durante a noite- Ele me encarou - E pela grosseria de ontem, me deixei levar pela situação ..
-Tudo bem- Abanei com a mão para ele.
Ele suspirou aliviado.
-Achei que não aceitaria tão fácil.
-Porque? quer um escândalo?
Ele sorriu, desviando o olhar para o mordomo que saia da cozinha acompanhado com os pratos de café da manhã.
-Não! Apenas que ficou mais fácil conversar contigo agora ..
Sorri para ele.
- Você também parece mais sociável do que ontem.
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Seraphin
Historical FictionOque fazer quando apenas te concebem o caminho para morte? Nascer e Viver como uma vilã tirana, e ter o prazer de morrer como tal? Ou apenas ser esquecida com tempo e morrer aos poucos, abandonada e traída por quem mais amou? Durante a execução de...