Capítulo 4

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Assim que seus olhos abriram ela esticou o corpo e esperou o cérebro se atualizar sobre os acontecimentos.

Ela se chama Silvy.

Acabou o corpo da vilã com o mesmo nome.

Está em um floresta estranha.

O estômago está exigindo comida!

Piscando lentamente os cílios longos e escuros, ela guarda seus pertences e desce da árvore. Sentada no chão, pega uma garrafa de vidro com água comum e um bolinho salgado e um pão doce. Com calma ela come um pedaço de cada um e bebe água no final, para ajudar na digestão. Limpando a boca com o punho coberto pela manga do vestido, finalmente coloca a ração para a fera na bolsa e se levanta do chão. Seu caminho continua sem rumo devido a bússola que pegou no acampamento ter parado de funcionar. E a floresta parece mais escassa e os locais mais amplos.

— Tudo seria mais fácil se eu tivesse um mapa ou bússola. Esse cérebro parece ter problemas e acredita que tem um Google maps embutido na bunda! Como vou encontrar Nefrum!? Espera. O nome era Nelum? Não, não. Tinha alguma coisa haver com trovão. Cabrum? Que nome mais horrível!

Enquanto caminhava ela pode sentir a presença de alguêm e caminha em frente, em direção da presença. Afinal, precisa de informação. Uma pessoa usando manto preto e com capuz cobrindo a cabeça, segura um cajado, enquanto verifica uma pedra na estrada.

— Olá, bom dia.

Com um sorriso gentil ela chama a atenção do transeunte. A pessoa lentamente ergue a cabeça e observa Silvy. Seu rosto está coberto por uma máscara de cor prateada.

Wow! Que máscara linda!

Os padrões cinzas da máscara lembram raízes de árvore que brotam do olho esquerdo. Simples, mas misterioso e bonito.

— Desculpa o incômodo. Mas gostaria de saber para onde fica o sul.

Transeunte: ...

Ele é surdo? Deve ser isso. Ou eu falei muito baixo.

Bom dia! Desculpa atrapalhar, mas eu preciso saber onde é o sul. Você...Ah...bem...

Silvy pega um graveto e escreve a palavra " Sul" em português.

Mas o livro é originalmente em língua estrangeira! Essa pessoa pode não entender! Como se escreve "sul" na língua deles?

Silvy tentou lembrar, mas são tantos caracteres. Ela decidiu desenhar uma bússola no chão. Em uma direção desenhou um sol e do lado oposto uma lua. Assim que terminou ela pontou para o chão e disse:

— Sul! Sul! Quero sair do norte e ir pro sul! Você entende? Er...ai...que vergonha.

Erguendo a sombrancelha, que não pôde ser vista através da máscara, finalmente a voz do andarilho ou andarilha, é ouvida. A voz é calma, ligeiramente grave e dá uma sensação de paz.

— O sul é para o lado oposto em que está seguindo.

Apontou com o cajado e olhou brevemente para o desenho no chão. Mas não falou nada sobre o desenho horrível.

— Ah, Obrigada. Desculpa o jeito estranho é que não tinha certeza se me entenderia.

Olhando mais à diante, trás do homem, ela notou o desenho na pedra. Parecia um girassol envolvido com algumas palavras em chinês simplificado ou mandarim. Ela não consegue dizer ao certo.

— Desenho bonito.

O homem continua olhando fixamente para ela. Enquanto Silvy vira e volta pelo mesmo caminho, mas entrando na floresta, para evitar dar de cara com a protagonista e sua trupe. Ela não notou o olhar escuro e pensativo do homem misterioso.

Acabei no corpo da vilã.Onde histórias criam vida. Descubra agora