Capítulo 9- Pedras Tamahagane

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Mais que fim, um início
Agora a gente inicia o fim do início, mas começamos a iniciar o meio...
Oh... não compreendo, mas iniciar as vezes é o complexo de terminar e entrosar as encruzilhadas
Pelas palavras de autora, encarrego a função de iniciar o novo, mas manter o passado que interfira na metade....
Mas e se o meio for o início da metade e a metade for apenas o início do final?
No fim, ninguém sabe o que é o início.
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-".... Javali de merda... Onis de merda... Desgraçados de merda...."- reclamo enquanto caminho cansada até o final da floresta.

Foram 7 dias e 7 noites de muita luta, sendo alguns deles, acompanhados de um javali que não sabia manter a calma, atrapalhando mais do que ajudaria.

Mantenho meu caminhado arrastado no chão, por toda aquela extensão de terra ali presente.

-".... Vai caralho... Caminha porra..."-
Eu sou obrigada a admitir, estou fraca e com uma dor infernal nas costas.

Nesses últimos dias, sofri arranhões, torções e provavelmente meu pé e perna estão quebrados.

Noto que finalmente estou conseguindo me rastejar até o campo de glicínias.

Sendo o fim da floresta, portanto, da prova.
-"... Eu sobrevivi..."- Sorrio vitoriosa, continuando a arrastar meu pé quebrado pelo chão.

-"... Agora... eu vou aguentar chegar até o fim... sozinha?..."-
Sinto meu corpo fraquejar, mas dou alguns passos de apoio para tentar levantar e me manter de pé.
O corpo de uma criança de 9 anos tem suas fraquezas, sendo uma delas, falta de forças quando se trata de resistência.

-"... Garotinha, precisa de ajuda?"-
Uma voz gentil de um garoto ruivo ecoa em meio às glicínias.

-".... Casaco de nuvem ?...."-
Paro meu andar cambaleado e olho para Tanjiro, que sem obter resposta, se aproxima e me pega no colo.

-" Vamos, você ainda é muito pitiquinha para se forçar desse jeito"- Diz calmamente, penso se devo manter a minha integridade ou me deixar agir como uma criança no momento.

-"... Você vai... me carregar?..."- Falo já soltando minha peixeira lascada e quebrada no solo.

-" Bem, é o que quero, você ainda está bem debilitada... inclusive... você tem um cheiro confuso..."- O garoto se dirige calmamente comigo até o fim da saída, me segurando como uma pessoa seguraria uma criança.

Se eu estivesse com minha idade mental ativa... eu me sentiria envergonhada com essa atitude...

Isso prova que o corpo interfere nas minhas memórias, um corpo de 9 anos ainda não tem mentalidade impura o suficiente para se envergonhar e julgar essa situação....

Diria que essa é uma sensação de calma, não uma sensação de prazer... apenas um sensação de ser criança outra vez...

"A quanto tempo eu não sentia isso?..."

Minhas musculaturas relaxam, me permitindo manter meu lado infantil aflorado outra vez

"...Pensarei sobre ele ser o protagonista mais tarde..."

Um colo puro, uma sensação gentil de afeto, as mãos de Tanjiro me carregam com uma tranquilidade extrema.

-"... Eu...eu não quero morrer... eu não quero morrer..."- começo a repetir, esquecendo um pouco toda a minha maturidade para lidar com a dor que preenche meu corpo inteiro.

Reencarnei em Kimetsu no Yaiba! QUE MERDA!Onde histórias criam vida. Descubra agora