56. Convertei-vos

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DOMINIQUE

Assim que terminei de lidar com aqueles caras, percebi que Anna não estava ali. Desesperado olhei ao redor, para então avistá-la já longe, correndo em passos fervorosos. O que diabos ela pensava que estava fazendo? Corri atrás dela sem entender por que estava correndo de mim.

Ela só podia ser louca, estava sem proteção alguma. Afinal, pelo que pude perceber, os rebeldes estava pelas ruas a procura dela.

Eu já havia identificado que grupo era aquele. Grupo 10, o mesmo que atacou o palácio quando eu estava lá. Eles não matavam sem necessidade como o grupo 12, mas ainda assim matavam, matavam guardas, qualquer membro da família Cruz e qualquer pessoa que entrassem em seu caminho. E, sim, queriam matar a Anna.

Por isso eu só corri cada vez mais rápido, e não demorei muito para alcança-la quando dobrou em um beco para se esconder de mim.

— O que você pensa que está fazendo? — Assim ela me viu, virou-se para continuar correndo.

Mas eu a segurei.

— Ei, o que você está fazendo? — perguntei.

— Dominique, por favor, eu não quero colocar você em perigo.

— Quando você vai colocar nessa sua cabeça que eu sou um guarda? Esse é o meu trabalho.

— Se você ficar comigo agora vai acabar como o Ben naquele dia, ou pior. Eu não quero isso, não quero.

Ela tentou me empurrar, mas eu continuei a segurá-la.

— Eu não vou deixar você.

— Não quero que mais pessoas se machuquem por mim, principalmente você. Eu estou... Eu estou ordenando que você me solte e vá embora. — ela tentou falar mais firme.

Eu a encarei por alguns segundos.

— Escute bem, princesa, eu vou soltar você, mas eu não vou embora. Você pode tentar correr, mas eu corro mais. Você pode tentar o quanto for, mas não vai fugir de mim. Eu não vou deixar você se afastar de mim, está entendendo? Eu nunca deixaria você sozinha. E quanto mais continuarmos com isso, mais vamos correr perigo. Eles estão atrás de você e precisamos sair desse beco e ir para um lugar mais seguro. Você vai vir comigo, estamos entendidos?

Não sei se foi o tom de voz ou verdade nas minha palavras, mas ela apenas assentiu e então eu a soltei. E ela não correu, eu tirei o casaco da escola e joguei por ali. Puxei a arma e olhei para fora do beco, a rua estava vazia, vi dois deles dobrando em uma esquina.

— Vamos atravessar para o outro lado da rua o mais rápido possível. — falei. — Vá na frente.

Ela atravessou a rua e eu fui atrás olhando ao redor. Eu a guiei para que dobrássemos a direita.

— Onde estamos indo? — ela perguntou.

— Apenas ande.

— Dominique, situação. Onde Anna está? — ouvi César pelo comunicador.

— Não posso dar esse informação pelo comunicador. Anna está bem, estou a levando para um lugar seguro, logo encontrarei uma maneira de lhe passar essa informação de maneira segura.

— Certo, aguardo meia hora para retorno.

— Confirmado.

Desliguei o comunicador, era melhor para me concentrar em Anna até estarmos mais seguros. Andamos por mais algumas ruas, desviando dos olhares de algumas pessoas suspeitas, até chegarmos onde eu queria chegar. Abri a porta para que Anna entrasse.

Flor De Um Reinado: Convertei-vosOnde histórias criam vida. Descubra agora