𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎

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Remus Lupin olhou para baixo para sua mulher com pura tristeza. A Varíola de Dragão tinha tomado conta e ele a estava perdendo lentamente, era torturante de se ver.

"Remus, meu amor." Adelaide sussurrou. Ela parecia relaxada, ela tinha deixado a doença dominá-la, tinha permitido que a doença a engolisse por inteiro. Ela estava morrendo e sabia disso, ela tinha aceitado há muito tempo. "Cuide de Lottie, de a ela a melhor infância possível, ok?"

Remus assentiu, ele sentia como se tivesse uma lâmpada na garganta, ele podia sentir as lágrimas se formando e não conseguia pará-las. Ele já havia chorado tanto e sabia que não poderia evita-las novamente.

"Ame-a com tudo que você tem, seja forte por mim." A ruiva continuou, "tenha certeza de que ela compartilhe seu vício por chocolate e tenha certeza de que ela esteja sempre sorrindo."

"Eu farei" Ele assentiu e limpou as lágrimas de seus olhos gentilmente.

Adelaide pegou suas mãos. "Eu te amo mais do que tudo no mundo, por favor, não passe os seus dias sentindo minha falta, ok? Tenha uma vida linda, você ainda é jovem, tenha certeza de que vai se curtir"

Novamente, Remus assentiu, incapaz de formar palavras.

"Crie mais memórias, nosso sofrimento acaba agora, veja isso como um sinal para um recomeço."

"Eu vou"

"Eu te amo, Remus Lupin"

"Eu também te amo, Adelide Whinters" Ele fungou e com isso sua esposa fechou os olhos , seus batimentos cardíacos diminuíram e Remus sentiu seu coração se partir.

Ele não estava pronto para a partida dela. Ele ainda tinha tanto que queria dizer, ele queria criar memórias com ela, ele queria olhar nos seus olhos azuis apenas mais uma vez, mas ela já tinha ido. Como ele criaria uma criança? Ele mal podia cuidar de si mesmo.

Os médicos foram até ele, tentando o seu melhor para manter Adelaide viva, mas era tarde demais, ela se fora e Remus estava sozinho.

Aparatando para casa, ele sentou no chão permitindo a dor tomar conta. Ele chorou por horas até seu corpo adormecer e seus olhos ficarem vermelho vivo, tudo que ele sentia era dor.

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Na manhã seguinte, Remus aparatou na residência dos Potter onde sua filha estava.

"Remus?" Lily disse franzindo a testa

"Ela se foi" Ele sussurrou, e com isso, Lily o puxou para um abraço apertado. "Onde está Charlotte?"

"Lá em cima com Harry, Sophia e James." Lily sorriu triste, lágrimas rolando pelas bochechas. "Você quer que eu pegue uma bebida?"

"Não, obrigado" Remus sacudiu a cabeça, tudo o que ele precisava era dizer adeus à sua filha.

"Ok. Você preci-"

"Eu vou levar Charlotte para um orfanato" Ele revelou

"O que?" Ela perguntou franzindo a testa, os olhos arregalados e a boca levemente aberta. "Remus, eu sei que você está sofrendo agora, mas-"

"Lily, eu não posso criar uma criança sozinho! Eu sou um maldito mostro e eu vou machucá-la"

"Remus! Não, você não vai! James e eu vamos ajudá-lo! Assim como Sírius e Marlene e Dorcas! Não faça isso!"

"Não fazer o que?" James perguntou entrando no cômodo com Lottie em suas costas e Harry e Sophia ao seu lado.

"Papai!" Lottie vibrou quando viu Remus

"Ele vai levar a Charlie para um orfanato!"

"O que?" James perguntou colocando-a no chão. "Vocês três vão brincar na sala, estarei lá em um segundo"

James e Lily trocaram um olhar enquanto as três crianças de cinco anos caminhavam para fora do cômodo.

"Vamos, amigo, você não quer realmente fazer isso, quer?" James perguntou, ele amava sua afilhada como se fosse sua filha, ele não suportava a ideia de perde-la.

"James, eu estou fazendo o que é melhor para ela."

"Quem vai ajudá-la se nós não estaremos lá? Quem vai tomar conta dela?"

"James, eu tenho que fazer isso!" Remus estourou. "Eu não consigo nem cuidar de mim mesmo! Eu estou sofrendo! Addie está morta e eu não sei nada sobre crianças!"

"Nós vamos ter ajudar!"

"Eu tomei a minha decisão. Addie me disse para ter certeza de que Lottie esteja segura e feliz! Um orfanato pode dar isso à ela!"

"Aluado, isso não vai acontecer!" Argumentou James. "Ela não será feliz! Ela não vai ter uma infância normal! Todos nós tinhamos planos para ensiná-los a voar numa vassoura e feriados em família e-"

"E nós planejamos quando Adelaide estava viva"

"Rem." Lily suspirou. "Por favor, pense melhor sobre isso, nenhum de nós quer perder a Lottie e você com serteza não quer!"

"Eu vou para casa arrumar algumas bolsas para ela... se despeçam agora, por favor."

E com isso, Remus deixou o jovem casal

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"Apenas assine aqui, ok, senhor Lupin?" Mary, a dona do orfanato, sorriu. "E, então, você pode dizer adeus."

Remus assinou os papéis, e fez seu caminho até a filha.

"Lottie, papai te ama, ok? Mamãe te ama. Tio Pontas te ama e Lily te ama, mas você vai ficar aqui por um tempo." Remus fungou.

"Mas... quando nós vamos para casa? Eu não gosto daqui. Onde está a mamãe?" Lottie franziu o cenho, olhando em volta do orfanato.

"Papai tem que ir por um tempo"

"Mas e quanto a mamãe?"

"Lottie, querida, mamãe está com os anjos. Ela não vai voltar, sinto muito."

"Quando você vai voltar?"

"E-Eu não sei... Mas eu prometo que vou vê-la um dia." Remus sorriu de leve, seus olhos cheios de lágrimas. "Eu quero que você fique com esse colar sempre com você, ele era da mamãe, tome conta dele pra mim."

"Ok"

"Eu tenho que ir agora, filhote"

"Não! Fica aqui! Eu não quero que você vá!"

"Eu vou voltar um dia, filhote, eu prometo."

Lottie assintiu enquanto seu pai ia embora, uma pequena lágrima rolando bochecha abaixo equanto ela não entendia o que estava acontecendo.

Ela apenas podia desejar que ele voltasse logo...

𝐒𝐎 𝐖𝐇𝐀𝐓!Onde histórias criam vida. Descubra agora