Rodolfo não estava brincando quando disse que iria embora. Saio da boate acompanhado de uma bêbada que não para de cantar uma música que deduzo ser pagode pelo ritmo. É estranho pensar que estaria previsto eu sair acompanhado de uma menina negra e bêbada sem segundas intenções. Rodo meu braço pela sua cintura e a trago mais para perto de mim dando um controle melhor para guia-la até meu carro. Se isso fosse possível sem eu sentir seu perfume, mesmo sendo masculino.
- Não cai por favor - Sussurro quando ajeito késia no banco do carona. Ela dá uma risadinha e nega com a cabeça e começa a cantar outra música.
Corro até o meu lugar verificando que a mulher ao meu lado ainda está intacta. Passo o seu cinto ao perceber que ela teria sérias complicações se fizesse sozinha. Coloco o meu e sigo.
- Onde você mora?
- Não queira saber, você vai querer me largar na primeira esquina e sair correndo desesperado - Ela ri como se contasse uma piada.
- Eu preciso saber, como vou te deixar em casa? - Estou curioso, como um lugar pode ser perigoso ao ponto de eu a deixar sozinha e correr com medo?
- Me deixa aqui- Aponta para uma esquina. Como estou dando voltas eu passei pela esquina três vezes, e só agora ela percebeu - Eu..
Ah merda, porque bêbado tem que vomitar na hora errada. Paro no meio fio e seguro seus cabelos, não adianta mais colocar ela pra fora para acabar de vomitar. Pego meu celular no bolso ligo para um dos meus seguranças e peço para trocar de carro.
Como não conseguir que ela dissesse seu endereço eu a levo até uma casa que tenho. É um pouco distante de onde estamos, porém é um lugar do qual ficaremos bem.- Chegamos - Anúncio. Desligo o carro, destravo as portas e quando olho para o lado késia dorme serenamente. Seus olhos fechados e a boca entreaberta é a visão do paraíso. Se não estivesse estivéssemos em uma situação diferente, eu arriscaria lhe dar um beijo para sentir seu gosto.
A tiro do carro. Já na casa pequena e aconchegante eu continuo a levá-la no colo. Deito seu pequeno corpo na imensa cama de um dos quartos, a cubro com uma coberta. A temperatura sempre tende a cair na madrugada.
Vou para o banheiro, tomo um banho, visto uma calça de flanela,uma blusa de manga comprida na cor azul e vou para o outro quarto. Antes dou uma verificada para vê se ela tá bem e depois apago de tanto cansaço.
Ao acordar tomo um banho para me energizar, passo no quarto porém késia ainda dorme. Abro a gaveta pegando um comprimido para dor que com toda certeza ela sentirá. Busco um copo de água na cozinha o pondo perto do comprimido. Repenso muito mesmo para não colocar um "beba-me" escrito em um papelzinho junto.
Caminho para a cozinha, separo os ovos, pico o bacon para fazer o meu famoso café da manhã
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Jason
FanfictionUma jovem negra, mãe e favelada. Késia se sente pressionada pela mãe para trabalhar na mansão onde a mesma trabalha de cozinheira. Mesmo não sendo bem o que a filha quer, ela aceita. Jason, após perder a mulher em um acidente, não sabe lidar com as...