III

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Abro os olhos com uma certa dificuldade, está escuro, muito escuro, começo a apalpar o chão tentando levantar e falho miseravelmente, me lembro do meu pé - acho que torci  - susurro

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Abro os olhos com uma certa dificuldade, está escuro, muito escuro, começo a apalpar o chão tentando levantar e falho miseravelmente, me lembro do meu pé - acho que torci - susurro. Ta doendo pra caralho. Sinto algo escorrer no meu rosto, meu nariz está sangrando, minhas costas também doem, lembro do impacto que senti antes de cair no chão.

- Merda.

Ouço um barulho de correntes e num piscar de olhos me deito no chão gelado novamente, fingindo que estou dormindo.

- Levanta, eu sei que não esta dormindo. - uma voz grossa e sinistra ecoou pelo quarto, mas o medo dentro de mim grita mais alto e permaneço quieta.

- ANDA CARALHO. - escuto passos em minha direção.

- P-por favor não me machuque. - eu falo em prantos, me levantando ou pelo menos tentando.

- Quem é você ? por que estou aqui? me deixa sair, por favor por favor. - suplico

- Você fala demais. - ele vem em direção a mim e a única reação que tenho é me encolher no chão. Sinto uma mão gelada puxando meu braço logo estou sendo arrastada.

- N-nao p-por favor. - tento me soltar a todo custo. Um aperto invade o meu peito e lembro do Salém, novamente vejo tudo em câmera lenta, toda a minha vida, tudo o que passei, meus pais... uma lembrança calorosa da minha infância começa a passar diante dos meus olhos.

[...]

Era um domingo aconchegante, tinha neve lá fora, mas o sol estava quentinho mas o clima estava frio. Acabei de acordar, mamãe me disse que iríamos ao lago hoje. Estou muito feliz, desço as escadas com um sorriso imenso, papai me avista e logo vem de encontro a mim, me encobrindo completamente com seu abraço apertado.

-x-x-x-x-

- Chegamos papai? - ele assente com a cabeça e aponta pra frente.

Olhei na direção em que ele apontou e era perfeito, uma visão linda, o lago estava congelado, o sol refletia no gelo dando sensações de borboletas no estômago. Passamos a tarde toda rindo e nos divertindo como nunca.

 Passamos a tarde toda rindo e nos divertindo como nunca

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[...]

Acordo do transe e percebo o quanto minha vida se foi em pouco tempo, não valia mais a pena está nesse mundo, me convenço de que a morte seria uma boa opção, depois de tanto tempo em negação. Depois de subir umas escadas com certa dificuldade, chegamos em um corredor, estava um pouco escuro e silencioso, eu só podia escutar as batidas frenéticas do meu coração. Eu não parava de chorar e por algum motivo a figura a minha frente não dizia uma palavra se quer, me fazendo entrar em crises de pânico, esperando o pior.

Eu sei o que vai acontecer, eu posso morrer a qualquer momento

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Eu sei o que vai acontecer, eu posso morrer a qualquer momento.
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Jeff

- Olha oque temos aqui. - a pouco metros de mim está a puta garota maconheira e alcoólatra que eu já venho observando por um tempo, ela já estava em minha lista. - Você não deveria está aqui sozinha, com certeza não. - Ela começa a se mover, e logo coloco meu plano em prática.

Ela percebe a minha presença, o cheiro do desespero que sai dela invadem minhas narinas fazendo-me soltar um pequeno suspiro.
A garota não consegue ficar nem em pé direito - essa vai ser moleza - percebendo oque a espera, ela começa a correr, não faço esforço algum e já estou perto, poucos metros. Saco uma faca do bolso e - Bingo!! - acerto em cheio fazendo ela tropeçar e cair, sinto a adrenalina correr pelas minhas veias. Ela é fraca, mata-la seria muito facil e antes que ela possa dizer algo a mais, dou-lhe um golpe que a faz desmaiar.

Minha casa é indo para o sul, pra chegar la, preciso atravessar a floresta, é longe pra caralho, logo depois do lago. A garota não pesa quase nada, fazendo a caminhada ser um pouco entediante, penso quais atrocidades eu poderia fazer com essa garota, arrancar seu coração, ou cortar sua lingua fazendo a morrer pelo sangramento? tem tantas coisas, ja fiz inúmeras vítimas mas algo me diz que essa garota vai me render muitas coisas.

Entro em casa depois de abrir os cadeados e retirar as correntes, joguei a garota no porão e subi, tomei um banho quente. Quando saio, eu vou pra cozinha comer algo. - Caralho, aqui ta uma bagunça. - mas porra, quem liga???

-x-x-x-

Levanta, eu sei que você não está dormindo. - a garota se faz de surda, me dá nos nervos.

- ANDA CARALHO. - vou em direção a garota, na intenção de dar um chute, mas ela levanta bem na hora.

- P-por favor não me machuque. - ela diz, hahaha você não sabe o quanto eu amo ver as pessoas suplicar pela vida.

- Quem é você ? por que estou aqui? me deixa sair, por favor por favor.

- Você fala demais.

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ρᥣᥱᥲ᥉ᥱ, jᥱff. - Nas batidas do coração. Where stories live. Discover now