CAPÍTULO 11

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                                 EMMA

Estar nessa casa é diferente, mesmo que Max fale que a casa agora também é minha, eu ainda não consigo ficar a vontade. Sei que depois de um tempo vou me acostumar, mas sei que vai demorar um pouco. É estranho sair de toda a minha zona de conforto, e acabar parando numa casa que não consigo sentir que é minha. É como se eu fosse uma hóspede aqui.

Quando eu deitei, dormi rapidamente, admito que estava muito cansada. Acordei e liguei pra Amanda, falei pra ela como foi a viagem e falei da Rebeca também; diz Amanda que nem conhece ela, mais já não gostou. Sei que nosso primeiro encontro não foi tão agradável, mas espero que isso melhore com o tempo.

Acordei um pouco cedo, e eu estava morrendo de fome. Eu não conheço a casa direito, mas se eu não comer agora, posso morrer a qualquer momento.

Saio do meu quarto e desço as escadas, a casa estava toda silenciosa, acho que Max ainda está dormindo, ou deve ter saído. Vou na direção aonde provavelmente pode ser a cozinha, e sim, é a cozinha.

Em cima da ilha tem um bolo, e parece que foi feito hoje de manhã, vou até a geladeira pra ver o que tem para beber. Pego uma jarra de suco de laranja e coloco num copo, parto uma fatia do bolo e cento numa das cadeiras da ilha da cozinha. Começo a comer, e eu nunca comi um bolo tão gostoso em toda a minha vida, sério, esse bolo é perfeito. Continuo comendo, e não percebo quando uma pessoa chega atrás de mim, e coloca a mão em meu ombro me fazendo dá um salto com o susto.

— Calma Mädchen, desculpa, não queria te assustar — falou uma senhora. Coloquei a mão no peito e suspirei.

— Não tem problema — falei olhando pra ela — mas quem é você?

— Ah, meu nome é Lúcia — ela estende a mão e eu pego — sou a empregada daqui.

— Então você que é a Lúcia. O Max falou de você — falei, enquanto ela colocava umas sacolas na ilha.

— Espero que tenha falado bem.

— Com certeza falou — respondi — e meu nome é Emma.

— Eu sei — falou tirando a atenção das sacolas e olhando pra mim — o Max tinha falado que você viria. Eu era louca pra te conhecer, desde que o Max descobriu do contrato e vivia falando de você.

— Ele falava de mim? — tenho certeza que mal. Não julgo, também falei mal dele.

— Ah sim, você nem imagina. No começo ele ficou revoltado. Mas depois decidiu pesquisar sobre você, viu uma foto sua e acabou aceitando o contrato tranquilamente — falou voltando a atenção pras sacolas.

— Por essa eu não esperava — murmurei e mordi a fatia do bolo — e foi você quem fez esse bolo?

— Foi sim — olhou pra mim sorrindo — fiz especialmente pra você. Gostou?

— Se eu gostei? Eu amei. Esse bolo é o melhor que já comi em toda a minha vida — falei sorrindo também.

— Fico feliz que gostou — falou — antes que eu esqueça, o Max me pediu pra te perguntar as coisas que você gosta de comer, pra eu comprar depois.

— Na verdade, não como nada de diferente que não esteja nessa geladeira — respondi — não precisa se preocupar.

— Tem certeza?

— Absoluta — respondi — mas agora acabei de perceber que tem uma coisa específica que quero comer.

— O quê?

— Esse bolo. Não me deixe sem fatias diárias dessa dose de alegria — falei dramática.

— Oh mein Gott, não se preocupe— falou rindo — não irei falhar nessa missão.

O Maldito ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora