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Acordei num sobressalto com buzinas altas na rua, droga eu tinha esquecido de fechar a janela.
Peguei meu Iphone para ver as horas e gemi por ter dormido mais do que o normal. Hoje programei fazer um passeio pela cidade enquanto não iria trabalhar pelos próximos três dias.
Levantei da cama sonolenta bem a tempo enquanto ouvi uma batida na porta.
Quem seria? Pensei. Não conheço ninguém daqui tirando o amigo de meu pai, Jeon Jungkook, conhecer não é a palavra exata pois nunca vi ele pessoalmente e nunca pensei em fazer uma pesquisa rápida no Google sobre ele, o empresário mais conhecido e respeitado na América do Norte, outra
batida fez eu sair de meus devaneios, coloquei minha calcinha, um short e camiseta e fui correndo até a porta, olhei no olho mágico e não conheci quem estava do outro lado.Abri a porta e recebi uma visão deliciosa de um cara muito bem arrumado com uma camisa branca
colada no seu corpo e jeans claro, seus cabelos eram castanhos e os olhos quase da cor do meu, castanhos claros mais o meu parecia cor de mel de abelhas, seu sorriso era branco com dentes perfeitos e seus músculos não deixava a desejar.Não queria incomoda-lá, só vim trazer essa torta que minha mãe fez para sua chegada - Não tinha percebido que ele segurava uma travessa coberta com um pano.
─ Somos do 368. ─ Apontou
ele atrás de seus ombros. ─ Qualquer coisa estamos a disposição.─ Piscou ele.Imaginei várias coisas que ele poderia estar a minha disposição, mais logo descartei essas imagens pevertidas.
─ Hã.. Obrigada pela torta, é realmente muito gentil da parte de sua mãe. ─ Sorrir timidamente.
─ Mas onde ela está? ─ Perguntei a ele.
─ Err.. Hum, ela teve que ir fazer umas compras no mercado, então tive que trazer para você. ─ Sorriu o cara para mim.
─ Ah sim! ─ Respondi mais alto do que o normal, - Obrigada mesmo assim...─ Apertei os olhos para saber seu nome.
─ Lucca.─ Disse com vergonha.─ Meu nome é Lucca, desculpe por não ter dito antes. Devo parecer um maluco.
Lucca deu uma risada nervosa para mim.
─ Tudo bem Lucca, é um prazer te conhecer. ─ E bota prazer nisso, imaginei. ─ Meu nome é Lalisa, mais pode me chamar só de Lisa. ─ Sorrir para Lucca.
─ Lisa, nome muito lindo, assim como a pessoa que possui este nome. ─ Ruborize ao seu comentário.
─ Então.─ Disse apontando para suas mãos. ─ Estou muito afim dessa torta, gostaria de comer junto comigo?
Quando disse isso a porta do apartamento de Lucca se abriu com uma mulher muito bonita e elegante, ela era a cópia de Lucca, tirando seus cabelos até os ombros com um vestido azul escuro e saltos altos pretos. Ela deu um largo sorriso e por mim ela não passava dos 50.
─ Lucca meu querido, vejo que finalmente conseguiu passar na minha frente para levar a torta. ─ Disse a mulher vindo em nossa direção, com
certeza era a mãe de Lucca.Olhei para ele com as sobrancelhas levantas.
─ Mãe! ─ Respondeu Lucca um pouco envergonhado por ser pego pela sua mentirinha.
─ Pensei que tinha ido ao mercado.
─ Mercado? ─ Perguntou ela não entendendo. ─ Lucca, eu estava
no banho e não no mercado, quando terminei fui pegar a torta para levar a vizinha. ─ Ela olhou para o filho com diversão. ─ Mas pelo visto você foi mais rápido que eu hein? ─ Ela sorriu para o filho que tinha sido pego por sua tentativa de esperteza.
─ Desculpe, mãe, pensei que tinha saído, hã.. Vi a torta na mesa e pensei em levar para Lalisa enquanto estava quente ─ Disse Lucca já um pouco vermelho pela vergonha.
─ Uhum. Claro querido, que bom você pensou em tudo. Mais ontem parecia que você estava quase batendo na porta de Lalisa as quatro da manhã
para dar um "Oi" quando a viu subindo. Ou eu vi coisas demais?Arregalei os olhos para Lucca querendo rir do que sua mãe disse.
─ Mãe, pelo amor de Deus! Me esquarteje, é bem melhor ─ Ele olhou para mim e disse. ─ Desculpa, minha mãe não tem limites
Ela revirou os olhos sorrindo para mim
─ A propósito. ─ Veio estendendo sua mão. ─ Sou Leila, muito bom te conhecer Lalisa, conheço seu pai, fizemos faculdade juntos. Você se parece muito com ele. ─ Sorriu Leila carinhosamente.
─ Nossa. Me sinto mais em casa com vocês aqui. Mas por favor me chame de Lisa Sra. Leila. ─ Disse a ela sorrindo aliviada por ter um conhecido perto de mim.
─ Ah por favor. ─ Ela abanou sua mão. ─ Me chame de Leila, sem formalidades ok? ─ Ela sorriu alargamente para mim.
─ Tudo bem, Leila.─ Rir pela sua
expressão exagerada de alívio. ─ Então, vamos comer essa torta? Estou quase devorando minhas mãos.Choramingou Lucca para nós duas, demos risada e os convidei a entrar.
Fomos para cozinha e fui pegar uma faca.
─ Espero que não se incomodem. Minha cozinha não está abastecida.─
Disse enquanto sentava em uma das cadeiras da bancada.─ Não nos importamos, Lisa.─ Lucca olhou para mim. ─ A torta já é o suficiente. ─ Disse com um sorriso sexy.
A torta estava deliciosa, sendo minha preferida, de frango com cogumelos. Leila realmente tinha um dom. Era até impossível vê-la na cozinha tão sofisticada preparando uma torta.
Conversamos sobre nossas vidas. Leila tinha 45 anos, era viúva a cinco anos.
Seu marido era dono de uma galeria de
artes e agora Leila que era o manda chuva, ela era uma mulher simples e engraçada. Leila conheceu meu pai na universidade de Seattle University, onde fizeram Administração Financeira juntos, mais Leila desistiu no segundo ano após engravidar de Lucca. Ela disse que não se arrepende de nada pois o
pai de Lucca deu tudo a eles.─ Minha família não ficou tão contente por ter desistido tão cedo da faculdade. Mas o pior de tudo foi a família de Ryan, eles me ameaçavam dizendo que eu engravidei por querer apenas o dinheiro dele. ─ Disse Leila perdida no passado. ─ Eu nunca me importei com
isso, só queria Ryan é mais nada. Eles queriam que eu abortasse mais me recusei, assim como o pai de Lucca. ─ Ela sorriu tristemente ao lembrar de Ryan, seu marido.─ Quando Ryan nasceu eu vi que minha vida estava completa, os dois homens da minha vida. ─ Leila
acariciou o rosto de seu filho carinhosamente. ─ Lembro-me como se fosse ontem, eu segurava Lucca
nos braços e o pai dele veio ficar do meu lado na cama do hospital. Ele disse " agora sim estamos completos, e nada e ninguém irá impedir isto", fiquei mais apaixonada do que era antes por ele.─
Ela sorriu passando os dedos na sua aliança de casamento. ─ Ele me pediu em casamento depois disso, nós mudamos para Nova Iorque quando Lucca tinha dois anos, ele disse que queria ter uma nova vida conosco. Abrimos a galeria depois de um ano, mais as coisas não estavam indo bem sem dinheiro na conta. Seus pais tinha deserdado Ryan por se casar com uma garota de classe baixa.Lucca olhava com pena para sua mãe enquanto ela dizia sua história, me imaginei sendo descartada pela família de meu marido, o pensamento me fazia rir pois hoje em dia as coisas mudaram.
─ Estávamos quebrados, contas para pagar, funcionários para receber. ─ Ela deu um riso forçado. ─ Mas não desistimos. Foi aí que seu pai apareceu, ele disse que sentia muito pelo ocorrido e pediu permissão para nos ajudar. Lucca recusou na hora querendo não soar aproveitador. Mais seu pai era
insistente dizendo que ele queria ajudar.─ Ela olhou para mim como se estivesse olhando meu pai naquela época. ─ Ele foi maravilhoso e muito gentil Lisa. Seu pai tem um enorme coração, com a ajuda dele começamos a lucrar e ter finalmente estabilidade. Não tenho palavras para descrever o favor que ele nos fez. ─ Sorriu em minha direção.Leila contou que meu pai estava feliz pois esperava um não mais dois bebês,
esses bebês óbvio era meu irmão gêmeo Matteo e eu, Matteo na verdade é meu gêmeo fraterno, eu tenho pele clara e cabelos super negros meio ondulados com os olhos cor de mel.Matteo é alto forte com olhos verdes como do meu pai e cabelos castanhos, sua pele é mais clara que a minha. Ele mora em Seattle, tem uma micro empresa lá e é um mulherengo de primeira e se acha o centro do universo.
Voltando a Leila ela me contou que seu marido morreu aos 41 anos, ele pegou uma bactéria no coração que os médicos desconheciam. Com isso Lucca cursou em medicina para ajudar todos os necessitados, Lucca tem 25 anos e ajuda nos negócios da galeria de seus pais nas horas livres, quando não tinha chamadas no hospital Bellevue Hospital Center.
Contei sobre minha vida, tinha terminado o colegial aos 15 por ter uma mente mais "avançada" que o restante da turma, às vezes me sentia um
alienígena por isso, aos 18 entrei na faculdade McLeod Hall e conclui aos 22. Encontrei um emprego na empresa Blaker Jeon, onde o amigo de papai, Jungkook era dono da metade da empresa, e a outra metade era do seu irmão mais novo Jimin. Conversamos sobre tudo, rimos bastante, quando Leila olhou o relógio assustada.─ Deus! Já se passa de 13h, bom crianças a conversa está ótima, mais preciso ir a galeria pois tem uma obra que está para chegar. ─ Leila se
levantou e eu e Ryan também, fui em direção a ela e me surpreendi com seu abraço maternal inesperado.─ Foi ótimo conhecê-la, Lisa, a porta da minha casa estará sempre aberta para você. ─ Disse Leila enquanto se afastava. ─ Obrigada, Leila, adorei te conhecer também - . Sorrir para ela. - Bom, vamos marcar de almoçar todos nós quando estiver finalmente estável na cidade, sim?
─ Claro, vamos sim. É só marcar. ─ Leila se despediu e foi embora. Voltei para a cozinha vendo Lucca limpando a bancada.
─ Não.─ Me aproximei dele. ─ Deixa que eu faço. ─ Ryan olhou para mim com um sorriso torto o que fez minha calcinha quase sair correndo de mim.
─ Já terminei. Então, precisa de um guia para conhecer a cidade? ─ Indagou Ryan me encarando com
aqueles lindos olhos.─ Na verdade eu gostaria sim, tenho medo de me perder nessa imensidão. ─
Rir enquanto caminhava para sala, Lucca me seguiu encostando na parede.─ Então tá, vou só tomar um
banho e me vestir para o trabalho, tenho umas duas horas para o passeio, tudo bem para você?─ Mais do que bem, é mais do que suficiente.─ Sorrir timidamente.
Lucca continuo me olhando como se estivesse tentando decifrar algo, ele era realmente o cara mais lindo que já vi, nunca iria imaginar ele ter 25 anos.
Pelo jeito a genética da família Carter era boa.
─ Tudo bem então. ─ Disse indo em direção a porta. ─ Daqui a quinze minutos venho buscá-la.
Antes de sair ele soltou um sorriso extremamente sedutor e fechou a porta. Respirei fundo e me joguei no sofá. Nessa hora com certeza minha calcinha tinha corrido de tesão.