𝟒𝟖. 𝐁𝐎𝐀 𝐋𝐎𝐁𝐈𝐍𝐇𝐀

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— Hm, p-posso ter sua atenção? — Melissa falou no microfone, tremendo contra o aperto de Deucalion

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— Hm, p-posso ter sua atenção? — Melissa falou no microfone, tremendo contra o aperto de Deucalion.

Enquanto Aurora estava, francamente, também morrendo de medo enquanto balançava no aperto, ela realmente estava tentando o seu melhor para mostrar uma feição de corajosa. 

— Senhor Deucalion, desculpe-me, apenas Deucalion. — Melissa estava tropeçando em suas palavras, tremendo contra o aperto. Aurora presumiu que por trás de seus óculos ele revirou os olhos cegos antes de puxar Melissa para longe, removendo seu dedo do botão.

— Você, moreninha. Fala. — Aurora obedeceu, também tremendo violentamente. Os olhos dela deixaram seu rosto assustadoramente afiado, dedo anelar pressionando o botão vermelho. Uma pequena parte dela estava tentada a irritar o alfa e falar ao microfone 'kylie jenner para o foyer', mas isso definitivamente não cairia bem com o homem que poderia quebrar seu pescoço em menos de um segundo.

— Oi. — Ela engoliu em seco, relaxando um pouco quando a mão envelhecida de Melissa encontrou a sua livre. — Ele gostaria que vocês trouxessem S-Srta. Blake à recepção p.r.

— E.r. — O homem loiro corrigiu, seu aperto mais forte em seu bíceps.

— E-e.r. — Aurora se corrigiu, as bochechas ficando vermelhas. — Façam isso, e todos poderão ir embora. — Aurora estremeceu ainda mais ao pensar em como Stiles e Scott estariam preocupados com ela naquele momento. — Vocês tem 10 minutos.

E seu dedo deixou o botão.

— Vê? Não foi tão difícil.

Aurora odiava o som da voz do lobisomem em seu ouvido. Seus dedos com as pontas das garras roçaram levemente seus cabelos meio molhados, o hálito quente soprando contra o lóbulo de sua orelha. Um gemido saiu dos lábios do homem e ela fechou os olhos de mel completamente, apertando-os com força.

— É uma pena que Scott não tenha feito nada com você ainda. Você daria uma boa lobinha.

— Isso é o suficiente. — Melissa falou, finalmente encontrando sua voz quando seus instintos maternais se manifestaram. Os olhos chocolate de Aurora se abriram com a familiaridade, mordendo seu lábio inferior enquanto o Deucalion cantarolava.

— Você está certa. Senhoritas, se vocês forem gentis. — Ele não lhes deu a chance de andar por si só enquanto suas unhas cravavam em seus braços, forçando as mulheres a subirem em direção à escada que Aurora havia descido anteriormente.

Ele arrastou as duas até o telhado, a tempestade instantaneamente encharcando-as e fazendo-as tropeçar em seus dois pés.

Deucalion as arrastou até os interruptores e geradores, sorrindo sadicamente enquanto forçava Melissa a desligar tudo. Aurora estava francamente espantada por ele conseguir fazer tanto sem ver nada, ela mal conseguia andar em linha reta. 

— Obrigado, isso foi muito útil.

Ela percebeu tudo o que o homem era, ele parecia algo fora da matriz com seus óculos escuros e jaqueta de couro. Ela franziu a testa; Stiles teria adorado essa referência.

— E agora? O que você quer com a gente?

— Vocês duas? Vocês são o meu gesto de boa vontade.

—  O que? — Aurora e melissa falaram ao mesmo tempo, as sobrancelhas franzidas.

— Vá encontrar seu filho. Vá encontrar seu namorado.

Seu aperto nas duas afrouxou, e elas fugiram o mais rápido possível. As mãos de Aurora e Melissa ainda estavam entrelaçadas enquanto corriam pela chuva. A adolescente se recusou a olhar para trás enquanto sua mão livre esfregava o braço arranhado, estremecendo ao se lembrar da maneira como o homem a segurou.

Havia apenas um homem cujos braços ela queria estar.

— Onde eles estão?! — Melissa perguntou a garota.

— E-eles estavam no segundo andar quando eu os vi pela última vez! M-mas não é seguro!

Sua cabeça doía.

— Lembra daquela ambulância que estava chegando? Vá e certifique-se de que eles saiam, agora! — Melissa ordenou à garota, que ficou mais do que feliz em obedecer. Ela preferia enfrentar as pessoas do que os lobos naquele momento.

— Tenha cuidado. — Ela murmurou antes de descer correndo as escadas em direção às portas do fundo.

As pernas de Aurora nunca tinham sido usadas tanto assim, ela nunca tinha subido e descido tantos degraus em tão pouco tempo. Um som de tapa encheu seus ouvidos com cada passo dado no chão de concreto. Mãos delicadas empurraram as portas, olhos finalmente avistando a ambulância estacionada.

Suas pernas a carregaram o mais rápido que puderam, indo para a traseira da ambulância na esperança de não encontrar ninguém lá, nem mesmo vendo o corpo no chão ao lado da porta do motorista. Ela abriu as portas traseiras, pulando para trás em choque com a visão diante dela.

Seu próprio namorado tinha os lábios pressionados contra os de Cora.

Antes que seu coração tivesse a chance de se quebrar, ela avistou os dedos dele beliscando seu nariz pálido. Ao som da chegada de Aurora, o garoto de cabelos negros saltou para trás, olhos de mel arregalados enquanto ele soltava o nariz de Cora.

— Não é o que parece!

As palavras saíram de sua boca apressadamente, braços agitando-se. Ele não conseguia descrever como se sentiu aliviado ao ver sua garotinha sã e salva, mas desejou que ela tivesse chegado segundos antes. 

— P-parece que você está fazer boca a boca. — Ela murmurou ofegante de tanto correr. 

— Oh, então é exatamente o que parece.

Aurora balançou a cabeça, sem tempo para conversa.

— Você está fazendo e-errado! Mexa-se!

A garota entrou rapidamente em ação, substituindo o espaço anterior do namorado enquanto começava a se mover, inclinando o queixo da morena e beliscando seu nariz adequadamente.

Os olhos de Stiles estavam arregalados e selvagens, observando sua doce garota colocar seu ciúme de lado e tentar o seu melhor para salvar uma vida, apesar de tudo que tinha acontecido.

Ela se movia como uma profissional, empurrando o ar para os pulmões de Cora até que a loba finalmente recuperasse o fôlego, o suor escorrendo de sua testa pálida. A garotinha não conseguiu evitar um colapso de alívio, caindo no colo do namorado.

Stiles Stilinski estava radiante, apesar da garota meio morta na maca diante dele e de sua namorada arfando em seus braços. Isso era tudo que ele precisava, sua doce garotinha sã e salva.

Ele agarrou sua garota com força, elogiando-a em silêncio pelo bom trabalho.

E ele finalmente disse a ela o quanto ele realmente senria muito, por tudo.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐅 𝐘𝐎𝐔, 𝘴𝘵𝘪𝘭𝘦𝘴 𝘴𝘵𝘪𝘭𝘪𝘯𝘴𝘬𝘪Where stories live. Discover now