Meus extremos

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Ela era a água que molha o papel
O relâmpago a cruzar o céu

Era tudo e nada
Era mar e escassez
Ventania e calmaria

Era tudo o que não devia ser
E deixava de ser tudo o que devia

Ela não entendia a complexidade
De alguém hoje covarde

Ela não entendia o branco no preto
A luz no escuro

Que onde há calmaria,
Já foi lar da ventania
Que onde há dor,
Já houve amor
Que onde há morte,
Já houve vida

E não há vida mais bonita,
Do que aquela poesia,
Onde há vírgulas, há pontos,
Há história e ousadia,
Onde há gargalhadas,
Mas também há lágrimas,

Como o planeta ela era completa,
Sendo nada, ou sendo tudo,
Mas não deixava de ser o seu mundo

𝐎𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐫𝐨 - Poesias e Pensamentos Onde histórias criam vida. Descubra agora